Editorial
Mariana Diniz, Directora da UNIARQ
Como é propósito de uma newsletter, o número da uniarq digital de Junho de 2024 reúne algumas das actividades que constituem o plano de acção deste centro de investigação. Envolvendo investigadores de diferentes gerações, jovens estudantes de pós-graduação e professores jubilados eméritos, cruzando diferentes instituições, cenários nacionais e internacionais, saídas de campo, prémios recebidos, provas académicas, o arranque dos trabalhos de campo e laboratório, encontros científicos entre os quais se deve destacar o VII Congresso Internacional da SECAH (Sociedad de Estudios de la Cerámica Antigua en Hispania), que reuniu na Faculdade de Letras mais de uma centena de investigadores de toda a Península Ibérica, presentes também na homenagem a Adília Alarcão, feita na abertura desta reunião, esta newsletter reflecte, mas não esgota o que aconteceu ao longo deste mês na vida deste Unidade e dos seus investigadores.
Neste Editorial, quero destacar um tópico que é também aqui abordado e que decorre dos elementos anteriormente citados: o dos Arquivos, da produção, gestão e conservação dos dados que a actividade cientifica produz, dados que crescem ao mesmo tempo que se desenrola a percurso de cada Investigador, de cada Equipa, de cada Centro de Investigação. Ainda em suporte de papel, de forma crescente, galopante mesmo, em formato digital, a informação que produzimos durante o trabalho de campo e de laboratório, na construção de bases de dados, muitas vezes individuais, no âmbito das publicações, no quadro dos eventos que organizamos, em que participamos ou que assistimos é para cada um, e para cada instituição, em simultâneo, a prova do trabalho feito, e um corpus, difícil de gerir, de armazenar e preservar para usos futuros. Acumulem-se dossiers com folhas de papel, negativos, provas impressas ou florestas de gigabytes, a constituição do Arquivo da UNIARQ, que tem, como todos, a difícil missão de organizar, (selecionar?), e conservar contra a entropia natural do Tempo, o material que gerámos e que geramos a cada nova actividade é um propósito central do Centro de Arqueologia, mobilizando-se para o efeito recursos humanos, equipamentos e espaços de armazenagem na construção do que se pretende que venha a ser não só um lugar onde está reunida a memória da UNIARQ e do trabalho dos seus investigadores, mas também uma plataforma aberta para consulta e uso da documentação cientifica aqui produzida.
Falamos aqui de um Arquivo documental, que está em construção, porque sobre os materiais arqueológicos, fica a reflexão para um outro momento.
Neste Editorial, quero destacar um tópico que é também aqui abordado e que decorre dos elementos anteriormente citados: o dos Arquivos, da produção, gestão e conservação dos dados que a actividade cientifica produz, dados que crescem ao mesmo tempo que se desenrola a percurso de cada Investigador, de cada Equipa, de cada Centro de Investigação. Ainda em suporte de papel, de forma crescente, galopante mesmo, em formato digital, a informação que produzimos durante o trabalho de campo e de laboratório, na construção de bases de dados, muitas vezes individuais, no âmbito das publicações, no quadro dos eventos que organizamos, em que participamos ou que assistimos é para cada um, e para cada instituição, em simultâneo, a prova do trabalho feito, e um corpus, difícil de gerir, de armazenar e preservar para usos futuros. Acumulem-se dossiers com folhas de papel, negativos, provas impressas ou florestas de gigabytes, a constituição do Arquivo da UNIARQ, que tem, como todos, a difícil missão de organizar, (selecionar?), e conservar contra a entropia natural do Tempo, o material que gerámos e que geramos a cada nova actividade é um propósito central do Centro de Arqueologia, mobilizando-se para o efeito recursos humanos, equipamentos e espaços de armazenagem na construção do que se pretende que venha a ser não só um lugar onde está reunida a memória da UNIARQ e do trabalho dos seus investigadores, mas também uma plataforma aberta para consulta e uso da documentação cientifica aqui produzida.
Falamos aqui de um Arquivo documental, que está em construção, porque sobre os materiais arqueológicos, fica a reflexão para um outro momento.
NOTÍCIAS
TechDay e Field TechDay 2024
No mês de maio, novamente e como no ano de 2023, decorreram dois dias de encontro dos membros da UNIARQ para utilização de equipamentos de laboratório e de campo (TechDay e Field TechDay).
Estes encontros possuem uma dupla finalidade: se, por um lado, são excelentes para que a mole de investigadores fique actualizada acerca das potencialidades da tecnologia disponível e que não deixe de manter o contacto interpessoal; por outro, a inclusão de alguns alunos nesta aprendizagem permite igualmente cumprir uma das funções prioritárias do nosso Centro, a da Formação.
No dia 8, investigadores da UNIARQ e alguns alunos de Arqueologia da FLUL juntaram-se no "Gabinete Verde" e no átrio da Faculdade para trocar impressões sobre o funcionamento de algumas tecnologias aplicadas no laboratório, mas também no campo, onde a microscopia, por Rafael Lima e Patrícia Jordão, e a topografia, por André Texugo, marcaram presença.
Sob a batuta de André Texugo e com o apoio da Câmara Municipal de Alenquer para o transporte, três semanas volvidas, no dia 29, bolseiros de doutoramento e alunos rumaram a oeste para, na Estação Arqueológica da Pedra de Ouro (Alenquer), partilhar experiências em relação aos usos para o registo arqueológico de drone e IPad com LidarScan, mas também reincidindo em tarefas de topografia, com a utilização de estação total e GPS diferencial.
Estes encontros possuem uma dupla finalidade: se, por um lado, são excelentes para que a mole de investigadores fique actualizada acerca das potencialidades da tecnologia disponível e que não deixe de manter o contacto interpessoal; por outro, a inclusão de alguns alunos nesta aprendizagem permite igualmente cumprir uma das funções prioritárias do nosso Centro, a da Formação.
No dia 8, investigadores da UNIARQ e alguns alunos de Arqueologia da FLUL juntaram-se no "Gabinete Verde" e no átrio da Faculdade para trocar impressões sobre o funcionamento de algumas tecnologias aplicadas no laboratório, mas também no campo, onde a microscopia, por Rafael Lima e Patrícia Jordão, e a topografia, por André Texugo, marcaram presença.
Sob a batuta de André Texugo e com o apoio da Câmara Municipal de Alenquer para o transporte, três semanas volvidas, no dia 29, bolseiros de doutoramento e alunos rumaram a oeste para, na Estação Arqueológica da Pedra de Ouro (Alenquer), partilhar experiências em relação aos usos para o registo arqueológico de drone e IPad com LidarScan, mas também reincidindo em tarefas de topografia, com a utilização de estação total e GPS diferencial.
André Pereira
III Jornadas de Arqueologia da FLUL
Nos dias 13 e 14 de maio, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) recebeu as III Jornadas de Arqueologia, um evento destinado aos alunos de mestrado em Arqueologia. Com o objetivo de promover o intercâmbio de conhecimentos e discutir os trabalhos em andamento. A organização ficou a cargo de Carolina Paulino - aluna do 1º ano de Mestrado, Rui do Rosário - aluno do 2º ano de Mestrado, e Mariana Diniz - Coordenadora do Mestrado em Arqueologia.
A conferência de abertura foi proferida por António Valera, renomado arqueólogo da ERA Arqueologia e investigador do ICArEHB da Universidade do Algarve. Com o título “Da Beira Alta ao Alentejo em diálogo com Neolíticos: construindo (auto) conhecimento”, o investigador trouxe uma perspectiva inovadora sobre as interações culturais e o desenvolvimento do conhecimento durante o Neolítico em Portugal. Ao longo dos dois dias de evento, 12 alunos do 2º ciclo de Arqueologia da FLUL apresentaram as suas investigações, cobrindo uma vasta gama de cronologias, desde o Neolítico antigo até ao período moderno. As apresentações destacaram a natureza multidisciplinar da Arqueologia contemporânea, abordando temas que variavam desde a Zooarqueologia até a análise de Cerâmica, bem como estudos de caráter mais teórico. O evento não só proporcionou um ambiente de aprendizagem e debate académico, mas também incentivou a colaboração entre estudantes e profissionais da área, reforçando a importância da investigação arqueológica para a compreensão do passado humano. As III Jornadas de Arqueologia da FLUL confirmaram-se como uma plataforma essencial para a disseminação do conhecimento e dos avanços dos trabalhos académicos de Arqueologia da FLUL. |
Cleia Detry
VII Congresso Internacional SECAH (Lisboa, 2024)
Entre 15 e 18 de Maio, realizou-se, em Lisboa, o VII Congresso Internacional da SECAH (Sociedad de Estudios de la Cerámica Antigua en Hispania), dedicado ao tema Cerâmica nos complexos portuários marítimos da Península Ibérica: séculos IV a.C. a VIII a.C.
Este evento foi organizado conjuntamente pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa / UNIARQ e pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa / CHAM, tendo reunido mais de uma dezena de voluntários de ambas as instituições, que foram essenciais para o êxito deste congresso. Foi a segunda vez que este importante encontro se realizou em território português, onze anos depois do II Congresso, que teve lugar em Braga (3 a 6 de Abril de 2013). Reuniu cerca de uma centena de especialistas em cerâmica antiga, abrangendo distintos âmbitos geográficos da Península Ibérica e uma extensa cronologia, desde o final da Idade do Ferro até à Antiguidade Tardia, e que se distribuíram por mais de quarenta comunicações orais e cinquenta pósteres. O último dia deste encontro foi destinado a uma visita à Lisboa Romana, integrando os núcleos arqueológicos mais importantes da cidade (Castelo de São Jorge, Teatro Romano, Hotel Aurea Museum e Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros). O próximo congresso será realizado em 2026, em Lugo/Ourense. |
Elisa de Sousa
Prémios ECS: Carlos Ferreira e Patrícia Jordão
No âmbito da 9ª edição do Prémio Eduardo da Cunha Serrão, promovido pela Associação dos Arqueólogos Portugueses, foi distinguida a dissertação de Mestrado, da autoria de Carlos Filipe Ferreira, intitulada Variabilidade vs. homogeneidade no tecno-complexo Acheulense e a importância do suporte: uma abordagem baseada nos Large Cutting Tools do território português (entre os rios Lis e Tejo) (http://hdl.handle.net/10451/56777), defendida da Faculdade de Letras de Lisboa, pelo, hoje, bolseiro de doutoramento da UNIARQ, e atribuída uma menção honrosa, na categoria de Doutoramento ao trabalho intitulado A proveniência de sílex e a mobilidade no Calcolítico da Estremadura: uma abordagem geológica e petroarqueológica, (http://hdl.handle.net/10451/57794), de Patrícia Jordão, defendido na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pela investigadora da UNIARQ.
Aos dois, os nossos sinceros parabéns por este justo reconhecimento do trabalho desenvolvido. Que o prémio sirva de estímulo para os que o receberam e de inspiração para os que têm dissertações e teses em construção. Parabéns, Carlos e Patrícia |
Mariana Diniz
3º Colóquio Internacional "História das Ideias e dos Conceitos em Arqueologia"
Com comissariado cientifico de João Luís Cardoso e de Ana Catarina Sousa, decorreu, em Oeiras, no passado dia 24 de Maio, o 3º Colóquio Internacional "História das Ideias e dos Conceitos em Arqueologia" dedicado ao tema O Povoado Pré-Histórico de Leceia e o seu enquadramento no Calcolítico do sul peninsular, e que contou com a participação, para além dos comissários, de vários investigadores da UNIARQ: Mariana Diniz, Andrea Martins, César Neves, André Texugo, Victor S. Gonçalves, Catarina Costeira e Marco Andrade, sobre Vila Nova de São Pedro, as paisagens da Estremadura e São Pedro, no Redondo, apresentaram o estado da arte dos projectos em curso, num Encontro que permitiu uma discussão alargada sobre contextos do Sul e Sudeste peninsular, dos finais do 4º aos finais do 3º milénio AC, sistematizada por Joaquina Soares.
Técnicas e cronologias de construção de muralhas e de escavação de fossos, circulação ampla de objectos e de ideias, como justificação subjacente à dispersão campaniforme, lugares centrais, como Valencina de la Concepcion (Sevilha), sítios clássicos, como Los Millares (Almeria), e novos dados, como o sítio de La contextos como o sítio de Villavieja (Granada) foram alguns dos tópicos de uma reunião científica que dará depois origem a mais um volume dos Estudos Arqueológicos de Oeiras.
Mariana Diniz
Seminário CIART – Vale do Tejo e a Arte rupestre, 50 anos depois
2024 é um ano especial, celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos, do dia da Liberdade, leva, inevitavelmente à celebração de outros momentos especiais em Portugal. Há 50 anos, ao longo de 40km, as margens do rio Tejo, onde grandes bancadas de xisto mostravam a passagem de homens e mulheres em períodos pré-históricos, ficaram submersas pelas águas represadas da Barragem do Fratel. Há 53 anos um grupo de jovens estudantes percorreu toda a área a ser submersa, encontrando, registando, estudando aquelas gravuras ímpares e inéditas na Arqueologia Portuguesa.
No final de 1971 foram pisadas e visualizadas pela primeira vez tendo sido imediatamente reconhecida a sua importância científica e patrimonial, bem como a necessidade urgente de proteger/registar/estudar face à construção da barragem. 24 anos depois a história repetiu-se, o desfecho foi diferente e a barragem do Côa não foi construída levando à preservação do complexo artístico do Vale do Côa. Mas, voltando ao Tejo e a 1972, um grupo de jovens, a maioria fazendo parte do GEPP – Grupo para o Estudo do Paleolítico Português e alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, inicia os trabalhos de salvamento pelo registo do maior complexo de arte rupestre conhecido até à data. Partilham responsabilidade científica com Eduardo da Cunha Serrão e procuram adquirir conhecimento em levantamentos de arte rupestre em França e em Itália, países com larga tradição de estudo e registo de pinturas e gravuras. As novas metodologias, como os moldes em látex, são utilizadas no Vale do Tejo, produzindo um corpus hoje disponível para novos investigadores e novas abordagens metodológicas e interpretativas. Por tudo isto, e muito mais que não é possível aqui referir, esta geração – denominada como a Geração do Tejo – ficou para sempre ligada com a arte rupestre em Portugal, apesar de apenas dois investigadores terem prosseguido a sua investigação nesta área. As homenagens feitas com os protagonistas são, fundamentalmente e felizmente, momentos de recordação e de desenrolar de estórias que a historiografia oficial não tem acesso, memórias pessoais que muitas vezes divergem de pessoa para pessoa, peças de um puzzle que não será terminado. |
O seminário “CIART – Vale do Tejo e a arte rupestre, 50 anos depois”, organizado pela Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão e pela Associação de Estudos do Alto Tejo, nos dias 24 a 26 de Maio, conseguiu juntar vários arqueólogos e arqueólogas que trabalharam no salvamento da Arte Rupestre do Vale do Tejo, bem como uma nova geração de investigadores de arte rupestre nacionais e internacionais. Com comunicações de cariz historiográfico, como a de Francisco Sande Lemos e a de Andrea Martins – investigadora da UNIARQ, comunicações sobre novos projectos para esta região como a encabeçada por Telmo Pereira – investigador da UNIARQ, e ainda sobre novos sítios com arte rupestre. Destaca-se o projecto LandCraft, de responsabilidade científica de Lara Bacelar Alves e João Muralha e do qual Andrea Martins faz parte da equipa de investigação da arte rupestre, apresentando o Abrigo das Lapas Cabreiras. Este sítio tem vários painéis decorados, destacando-se o existente no interior do abrigo que mostra uma sequência de motivos pintados, com sobreposições e variedade cromática, que revelam imediatamente diversas fases de execução. A variedade tipológica remete-nos para, possivelmente, três períodos específicos, mostrando, uma vez mais, a pervivência e revisitação destes locais onde acções seriam levadas a cabo. Estas ficaram também plasmadas nos níveis ocupacionais escavados na base do abrigo, que revelaram uma larga diacronia, abrangendo diversos períodos da pré-história, cronologia atribuída, até ao momento, pela análise de diversas categorias artefactuais. Deposições, ocupações, visitas ou regressos periódicos, são momentos efémeros que certamente estarão relacionados com o reportório iconográfico, com aquelas figuras que ficaram para sempre (pelo menos até hoje) pintadas na rocha. Nesta comunicação foram apresentados os diversos contextos já escavados, mostrando dados ainda preliminares, mas que poderão ser também comparados com outros abrigos, com ocupação associada a pinturas, como a Fraga d’Aia ou o Abrigo Pinho Monteiro.
Ao final do primeiro dia do seminário foi apresentado o livro de António Martinho Baptista, intitulado “Memórias Arqueológicas do Vale do Tejo”, obra que será referência para a historiografia dos trabalhos realizados no complexo artístico do Vale do Tejo. No sábado, último dia do seminário, foi realizada a visita ao núcleo do Cachão de S. Simão, um dos poucos núcleos de gravuras visitáveis actualmente.
No entanto, apesar do cariz científico deste seminário, e sendo esta uma nota pessoal, mais do que revelar descobertas ou novos projectos, estes dias foram de reencontros, com uma nostalgia feliz, ansiosa por (re)contar “velhas” histórias, momentos – a maioria bons, mas também os mais incómodos – trazendo novamente os jovens da Geração Tejo àqueles anos que marcaram as suas vidas. Na foto que ilustra este texto estão alguns destes jovens, e apesar de não ter pedido autorização aos protagonistas para a sua disponibilização online, acredito que esta imagem traz consigo sorrisos associados a1001 histórias e, que a minha ousadia será rapidamente perdoada. A historiografia da arqueologia portuguesa faz-se através de textos, imagens, artefactos, mas escutar a fonte primária, os agentes directos, possibilita uma recolha de memórias que urge preservar. E este foi o maior contributo deste seminário.
No entanto, apesar do cariz científico deste seminário, e sendo esta uma nota pessoal, mais do que revelar descobertas ou novos projectos, estes dias foram de reencontros, com uma nostalgia feliz, ansiosa por (re)contar “velhas” histórias, momentos – a maioria bons, mas também os mais incómodos – trazendo novamente os jovens da Geração Tejo àqueles anos que marcaram as suas vidas. Na foto que ilustra este texto estão alguns destes jovens, e apesar de não ter pedido autorização aos protagonistas para a sua disponibilização online, acredito que esta imagem traz consigo sorrisos associados a1001 histórias e, que a minha ousadia será rapidamente perdoada. A historiografia da arqueologia portuguesa faz-se através de textos, imagens, artefactos, mas escutar a fonte primária, os agentes directos, possibilita uma recolha de memórias que urge preservar. E este foi o maior contributo deste seminário.
Andrea Martins
Provas Académicas de Hugo Morais e Alexandre Varanda
Sendo um dos pilares da missão da UNIARQ, a formação pós-graduada e a iniciação das novas gerações às práticas científicas, as provas académicas que acompanham este percurso são também uma das actividades recorrentes na agenda do Centro de Arqueologia.
Em Maio, no dia 6, a defesa da dissertação do Mestrado em Arqueologia, de Hugo Morais, intitulada O Monte da Ramada 1 (Ervidel, Aljustrel). Contributo para a caracterização do povoamento Calcolítico no Baixo Alentejo defendida perante um júri constituído por Mariana Diniz, Catarina Costeira, Elena Morán Hernández, e Ana Catarina Sousa, Orientadora e, no dia 20, a realização da Prova Intermédia do Doutoramento em Arqueologia e Pré-História de Alexandre Varanda intitulada O Acheulense no Ocidente da Península Ibérica Estudo tecnológico e morfogeométrico 3D das indústrias líticas para uma análise diacrónica do Acheulense no Sudoeste da Europa, apresentada a um júri de que faziam parte Mariana Diniz, João Pedro Ribeiro, João Luís Cardoso e João Zilhão, Co-Orientador, constituem testemunhos desse programa de trabalhos, em que estudantes, orientadores e instituições de acolhimento se reúnem para a produção de um trabalho que, definitivamente, contribua para o avanço do conhecimento. |
Mariana Diniz
9 de Junho: Dia Internacional dos Arquivos e o Arquivo UNIARQ
Dia 9 de junho é o Dia Internacional dos Arquivos, que procura vindicar a importância dos arquivos e do trabalho dos profissionais da ciência da informação, mais especificamente da arquivística. Esta data foi escolhida para comemorar o dia que, em 1948, ficou marcado pela criação do Conselho Internacional de Arquivos (CIA), com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Os arquivos, seja qual for o seu cariz, têm como objetivo representar histórias, contá-las e recontá-las, para poderem servir como “garantia dos direitos dos cidadãos, para a transparência da atuação pública e da democracia e para a preservação da memória individual e coletiva” (Cultura Portugal, 2022).
Os arquivos, seja qual for o seu cariz, têm como objetivo representar histórias, contá-las e recontá-las, para poderem servir como “garantia dos direitos dos cidadãos, para a transparência da atuação pública e da democracia e para a preservação da memória individual e coletiva” (Cultura Portugal, 2022).
Para além disso, os objetivos da criação do Dia Internacional dos Arquivos, divulgados pelo Conselho Internacional de Arquivos (CIA), passam por:
- Aumentar a sensibilização do público para a importância dos registos e arquivos;
- Sensibilizar os principais decisores políticos para as vantagens da gestão dos arquivos para a boa governação e desenvolvimento;
- Sensibilizar o público em geral e os setores público e privado para a necessidade de preservação e acesso aos arquivos a longo prazo;
- Dar a conhecer os documentos únicos, extraordinários e raros conservados nas instituições arquivísticas; e
- Melhorar a imagem dos registos e arquivos e aumentar a sua visibilidade em todo o mundo.
A partir deste ano a UNIARQ começou a desenvolver o seu próprio arquivo e, por isso, não fica indiferente a este dia! O arquivo digital da UNIARQ contará com milhares de imagens de coleções de projetos arqueológicos e a sua respetiva descrição, incluindo mapas, diagramas, fotografias de estruturas e artefactos, como peças de cerâmica e de zooarqueologia.
Estas representações estarão no programa designado para arquivo digital da Universidade de Lisboa, no software Archeevo, tal como se pode ver nas imagens 1 e 2. A importância das peças físicas não se perde com a sua digitalização, e é também um objetivo da UNIARQ efetuar uma conservação eficaz dos materiais provenientes de projetos arqueológicos, que contarão com formas de armazenamento duradouro. Acreditamos que esta será mais uma vertente que permitirá desenvolver no próximo ano letivo várias iniciativas, juntando a Arqueologia com a Ciência da Informação. |
Referências Bibliográficas:
Cultura Portugal. (2022, June 9). Dia Internacional dos Arquivos – DGLAB. Retrieved May 22, 2024, from https://culturaportugal.gov.pt/pt/saber/2022/06/dia-internacional-dos-arquivos/
International Council on Archives (ICA). (n.d.). About International Archives Week. Retrieved May 22, 2024, from https://www.ica.org/international-archives-week/about-international-archives-week/
Cultura Portugal. (2022, June 9). Dia Internacional dos Arquivos – DGLAB. Retrieved May 22, 2024, from https://culturaportugal.gov.pt/pt/saber/2022/06/dia-internacional-dos-arquivos/
International Council on Archives (ICA). (n.d.). About International Archives Week. Retrieved May 22, 2024, from https://www.ica.org/international-archives-week/about-international-archives-week/
Matilde Seca
Conferência final da Acção COST EuroWeb
Decorreu nos passados dias 20 e 21 de maio a Conferência Final da Ação COST, com o título “After EuroWeb. Expanding Horizons in Textile Studies and European Networking”. O evento, que decorreu em Varsóvia (PL), foi organizado pela instituição de acolhimento da Ação, a Faculdade de Arqueologia da Universidade de Varsóvia, com o apoio do Instituto Polaco de Arqueologia Mediterrânea, e do Museu da Universidade de Varsóvia, que acolheu @s participantes nas suas instalações. A comissão organizadora desta conferência contava com diversos membros da liderança do projeto, incluindo @s investigador@s da UNIARQ Francisco B. Gomes e Catarina Costeira.
A poucos meses do final oficial da Ação, que terá lugar em outubro deste ano, este evento pretendeu estabelecer um balanço da atividade e dos resultados da rede ao longo dos últimos quatro anos. Neste âmbito em particular, deve destacar-se a apresentação de uma comunicação sobre o impacto da EuroWeb na investigação sobre o Património Têxtil em Portugal, apresentado pel@s investigador@s já citad@s em conjunto com Paula Nabais (LAQV-Requimte/ FCT – NOVA) e Joana Sequeira (Lab2PT – Universidade do Minho). |
Esta intervenção permitiu salientar o papel pró-ativo da equipa portuguesa no desenvolvimento dos trabalhos da Ação, na qual @s investigador@s portugues@s assumiram diversas posições de liderança, quer no âmbito dos Grupos de Trabalho (WG2 – Clothing Identities; WG3 – Textile and Clothing Terminologies; WG5 – Internal and External Communication), quer no desenvolvimento do Atlas Digital do Património Têxtil, quer ainda na gestão da comunicação de ciência. O último evento presencial da Ação decorrerá, aliás, no Museu do Oriente, em Lisboa, entre 20 e 21 de junho, e versará sobre a influência dos têxteis asiáticos na indústria têxtil europeia entre a Idade Média e o Período Contemporânea.
A Conferência agora realizada serviu também para refletir sobre o futuro da rede após o término formal da Ação, tendo-se discutido diversas formas de manter a comunicação fluída e as sinergias geradas no âmbito da EuroWeb. As perspetivas do grupo representado neste encontro são muito positivas, e espera-se que a dinâmica e o momento criado no âmbito da Ação se prolonguem no tempo, dando origem a novas colaborações, novos projetos e novas sinergias no sentido de continuar a desenvolver e a aprofundar a investigação transdisciplinar sobre o Património Têxtil.
A Conferência agora realizada serviu também para refletir sobre o futuro da rede após o término formal da Ação, tendo-se discutido diversas formas de manter a comunicação fluída e as sinergias geradas no âmbito da EuroWeb. As perspetivas do grupo representado neste encontro são muito positivas, e espera-se que a dinâmica e o momento criado no âmbito da Ação se prolonguem no tempo, dando origem a novas colaborações, novos projetos e novas sinergias no sentido de continuar a desenvolver e a aprofundar a investigação transdisciplinar sobre o Património Têxtil.
Francisco B. Gomes
Diálogos, a Norte
Nos passados dia 10 e 11 de Maio, a plataforma Diálogos no 3º Milénio reuniu-se a Norte, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto para, com o novo projecto-parceiro, discutir a partir de três sítios decisivos nas paisagens do 3º milénio AC, questões de organização e complexidade social. As intervenções sobre Vila Nova de São Pedro, Perdigões e Castanheiro do Vento, da responsabilidade de Mariana Diniz, Andrea Martins, César Neves, José Arnaud, António Valera, João Muralha e Ana Vale, trouxeram ao debate questões relativas às arquitecturas positivas e negativas, erguidas em pedra ou escavadas na rocha, ao significado e ao esforço social que lhes subjaz e reflectiram sobre territórios, áreas de obtenção de recursos e de circulação preferencial. Do debate à visita de campo, realizada no dia 11, ao sítio do Castanheiro do Vento, foi possível, mais uma vez, dialogar sobre registos complexos, discutir interpretações e metodologias de abordagem e – é fundamental dizê-lo também – assumir o espanto perante a filigrana de estruturas pétreas que, quase como demonstração de um horror ao vazio, definem o recinto do Castanheiro do Vento. Oportunamente serão divulgados outros eventos promovidos pelos Diálogos no 3º Milénio onde se cruzam agora investigadores da UNIARQ - Faculdade de Letras de Lisboa, do NIA - Era Arqueologia, do CITCEM - Faculdade de Letras do Porto e do CHAM - Universidade Nova de Lisboa.
Mariana Diniz
Os 40 Anos da publicação de IRCP
A passagem dos 40 anos da publicação e defesa da tese de doutoramento de José d’Encarnação, Inscrições Romanas do Conventus Pacensis, serviu de tema ao “Congresso Internacional Escritas e Leituras do Passado Romano: 40º aniversário do IRCP, de José d’Encarnação”. O evento decorreu em Beja, nos dias 24 e 25 de Maio, tendo sido organizado pelo Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património em colaboração com o Museu Rainha Dona Leonor. Esta reunião científica sublinhou, em primeiro lugar, a importância da obra e o seu carácter pioneiro. Por outro lado, pôs em evidência a excepcional relevância do autor no domínio da epigrafia. O encontro contou com a participação de Amílcar Guerra, da UNIARQ, que apresentou uma comunicação subordinada ao tema “Perspectivas sobre a onomástica do conventus Pacensis: do IRCP à actualidade”.
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Amílcar Guerra
INVESTIGAÇÃO NA UNIARQ
ESPECIAL CAMPANHAS DE VERÃO 2024
Iniciaram-se, em Maio, as campanhas de investigação de campo e de laboratório dos investigadores da UNIARQ, que se prolongarão até ao mês de Setembro.
CAMPO:
1. Orca da Lapa do Lobo (Nelas). Neolítico. Projecto NeoMEGA3: Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego: Investigação, Recuperação, Integração e Valorização Patrimonial. José Quintã Ventura e Luís Laceiras
2. Orca 1 de Troviscos (Carregal do Sal). Neolítico Final e Bronze Antigo. Projecto NeoMEGA3: Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego: Investigação, Recuperação, Integração e Valorização Patrimonial. José Quintã Ventura e Telma O. Ribeiro
3. Monumento da Víbora (Carregal do Sal). Bronze Final. Projecto NeoMEGA3: Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego: Investigação, Recuperação, Integração e Valorização Patrimonial. José Quintã Ventura e Telma O. Ribeiro
4. Abrigo da Gruta da Buraca da Moira (Leiria). Neolítico Médio - Calcolítico Médio Necrópole; Paleolítico Superior. Projecto EcoPLis - Ecónonos Plistocénicos na Bacia do Rio Lis. Telmo Pereira
5. Abrigo da Senhora das Lapas (Tomar). Projecto ARQEVO2. Alexandre Varanda, Luis Gomes, João Zilhão e Filipa Rodrigues
6. Gruta do Caldeirão (Tomar). Paleolítico Médio/Superior. Projecto ARQEVO: Arqueologia e Evolução dos Primeiros Humanos na Fachada Atlântica da Península Ibérica. Luis Gomes, João Zilhão e Alexandre Varanda
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7. Gruta do Aderno (Torres Novas). Paleolítico Inferior. Projecto Arqueologia e evolução dos primeiros humanos na fachada atlântica da Península Ibérica (ARQEVO 2). Henrique Matias e João Zilhão
8. Villa Cardílio (Torres Novas). Romano (I-V d.C.). Projecto Villa Cardílio: a romanização da bacia hidrográfica do Almonda. Victor Filipe
9. Concheiro - Fortim do Baleal 1 (Peniche). Mesolítico / Neolítico. Projecto Espaço e Tempo. Paleoambiente e Povoamento do 6º ao 3º milénio a.n.e na região de Peniche. Luis Rendeiro
10. Vila Nova de São Pedro (Azambuja). Calcolítico. Projecto Vila Nova de São Pedro (VNSP3000). Mariana Diniz, Andrea Martins e César Neves
11. Cidade Romana de Ammaia (Marvão). Romano. Projecto Anfiteatro da cidade Romana de Ammaia. Carlos Fabião e Amílcar Guerra
12. Tapada de Mafra. Vários. Projecto PATM: Paisagens Antigas da Tapada de Mafra. Ana Catarina Sousa e Marta Miranda
16. Castelo Velho de Safara (Moura). Romano Republicano, Idade do Ferro, Calcolítico. Projecto FOMEGA II. Mariana Nabais e Rui Monge Soares
LABORATÓRIO:
1. Orca da Lapa do Lobo (Nelas). Neolítico. Projecto NeoMEGA3: Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego: Investigação, Recuperação, Integração e Valorização Patrimonial. José Quintã Ventura e Luís Laceiras
2. Orca 1 de Troviscos (Carregal do Sal). Neolítico Final e Bronze Antigo. Projecto NeoMEGA3: Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego: Investigação, Recuperação, Integração e Valorização Patrimonial. José Quintã Ventura e Telma O. Ribeiro
3. Monumento da Víbora (Carregal do Sal). Bronze Final. Projecto NeoMEGA3: Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego: Investigação, Recuperação, Integração e Valorização Patrimonial. José Quintã Ventura e Telma O. Ribeiro
5. Abrigo da Senhora das Lapas (Tomar). Projecto ARQEVO2. Alexandre Varanda, Luis Gomes, João Zilhão e Filipa Rodrigues
4. Abrigo da Gruta da Buraca da Moira (Leiria). Neolítico Médio - Calcolítico Médio Necrópole; Paleolítico Superior. Projecto EcoPLis - Ecónonos Plistocénicos na Bacia do Rio Lis. Telmo Pereira
7. Gruta do Aderno (Torres Novas). Paleolítico Inferior. Projecto Arqueologia e evolução dos primeiros humanos na fachada atlântica da Península Ibérica (ARQEVO 2). Henrique Matias e João Zilhão
8. Villa Cardílio (Torres Novas). Romano (I-V d.C.). Projecto Villa Cardílio: a romanização da bacia hidrográfica do Almonda. Victor Filipe
9. Concheiro - Fortim do Baleal 1 (Peniche). Mesolítico / Neolítico. Projecto Espaço e Tempo. Paleoambiente e Povoamento do 6º ao 3º milénio a.n.e na região de Peniche. Luis Rendeiro
11. Cidade Romana de Ammaia (Marvão). Romano. Projecto Anfiteatro da cidade Romana de Ammaia. Carlos Fabião e Amílcar Guerra
13. Laboratório das Colecções da Arqueologia Colonial Portuguesa / FLUL. Paleolítico. Projecto Colecções da Arqueologia Colonial Portuguesa. João Pedro Cunha-Ribeiro e Paula Nascimento;
14. Práticas de laboratório em Arqueologia - Idade do Ferro e período romano: estudo de materiais faunísticos e cerâmicos / FLUL. Idade do Ferro e Período Romano. Elisa de Sousa, Cleia Detry e Francisco B. Gomes
15. Laboratório Rua de Fran Paxeco, Setúbal. / Museu de Setúbal/Convento de Jesus. Séculos IV-VII d. C. Projecto Setúbal pós-romana e pré-islâmica. Catarina Meira
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Mais uma moedinha, mais uma voltinha por Capangombe Velho
No dia 13 de maio iniciou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa mais uma edição do Laboratório das Coleções da Arqueologia Colonial Portuguesa, que contou com a presença de 7 alunos de Licenciatura em Arqueologia. Estas coleções têm sido alvo de inventário desde 2021, tendo como principal foco as peças provenientes da jazida paleolítica de Capangombe Velho, uma das maiores do sudoeste de Angola. Os trabalhos decorreram nas instalações da FLUL onde se encontram acondicionadas as referidas coleções, sob a orientação da doutoranda Paula Nascimento (UNIARQ | FLUL), com a supervisão de João Pedro Cunha Ribeiro (UNIARQ | FLUL), projeto esse, iniciado pelo saudoso João Carlos Senna-Martínez.
O desenvolvimento do trabalho de Laboratório permite aos alunos familiarizar-se com a industria lítica e conhecer realidades distintas da Península Ibérica. A sua participação possibilita aprofundar os seus conhecimentos sobre este tipo de realidades e criar capacidades de reconhecimento e análise de peças líticas em futuras escavações arqueológicas. Atualmente, encontramo-nos a mais de meio do processo de inventariação, uma vez que já foi analisada cerca de 70% da coleção, podendo dizer-se que estamos perante uma jazida com mais de 100 mil peças líticas, que se destacam pela qualidade morfo-tecnológica. Ao analisarmos a coleção, as características tipo-tecnológicas do espólio permitem-nos constatar que estamos perante uma jazida dos finais de Middle Stone Age e inícios da Late Stone Age. Com a continuação dos trabalhos, pretende-se concluir num futuro próximo o inventário geral desta jazida, para que o estudo possa ser alargado aos restantes materiais que compõem o acervo das Coleções da Arqueologia Colonial Portuguesa, para que no final o objetivo seja cumprido possibilitando novos estudos no âmbito do seminário, dissertações de Mestrado e de Doutoramento, de modo a criar uma melhor perceção do seu valor patrimonial, bem como a partilha dos seus resultados com a comunidade académica e investigadores em geral. |
João Pedro Cunha-Ribeiro e Paula Nascimento
INVESTIGADORES VISITANTES NA UNIARQ
Jakub Nicpon (Universidade de Edimburgo)
Lo Traster-Lee (Universidade do Texas A&M)
Lo Traster-Lee (Universidade do Texas A&M)
Ao longo do mês de Maio, a UNIARQ acolheu os investigadores Jakub Nicpon e Lo Traster-Lee. Os seus estudos têm sido orientados por Mariana Nabais e Rui Monge Soares, incidindo sobre os conjuntos cerâmicos da ocupação Romano Republicana do Castelo Velho de Safara (Moura, Portugal), recuperados nas escavações realizadas pela South-West Archaeology Digs (SWAD) entre 2018 e 2024.
Jakub Nicpon é estudante da Universidade de Edimburgo, na Escócia (Reino Unido) e encontra-se a concluir o seu mestrado em Arte e Arqueologia Clássicas. A sua tese centra-se nos conjuntos de cerâmica importada recolhidos no Castelo Velho de Safara. Através da análise dos fragmentos de ânforas e cerâmica fina, o estudo pretende compreender a amplitude das importações de cerâmica em Safara e as suas relações com o resto do Mundo Mediterrâneo.
Lo Traster-Lee concluiu o seu mestrado em Arqueologia Marítima e Conservação na Universidade do Texas A&M (Estados Unidos da América). Encontra-se actualmente a estudar os materiais cerâmicos recuperados nos edifícios residenciais nas escavações de 2024 no Castelo Velho de Safara. O seu trabalho compreende a análise dos recipientes cerâmicos que eram utilizados diariamente em contexto doméstico durante a ocupação Romano Republicana do sítio.
Jakub and Lo têm trabalhado na UNIARQ, inventariando, ilustrando e fotografando as colecções cerâmicas. Ambos os estudos serão publicados até ao final do próximo ano.
Jakub Nicpon é estudante da Universidade de Edimburgo, na Escócia (Reino Unido) e encontra-se a concluir o seu mestrado em Arte e Arqueologia Clássicas. A sua tese centra-se nos conjuntos de cerâmica importada recolhidos no Castelo Velho de Safara. Através da análise dos fragmentos de ânforas e cerâmica fina, o estudo pretende compreender a amplitude das importações de cerâmica em Safara e as suas relações com o resto do Mundo Mediterrâneo.
Lo Traster-Lee concluiu o seu mestrado em Arqueologia Marítima e Conservação na Universidade do Texas A&M (Estados Unidos da América). Encontra-se actualmente a estudar os materiais cerâmicos recuperados nos edifícios residenciais nas escavações de 2024 no Castelo Velho de Safara. O seu trabalho compreende a análise dos recipientes cerâmicos que eram utilizados diariamente em contexto doméstico durante a ocupação Romano Republicana do sítio.
Jakub and Lo têm trabalhado na UNIARQ, inventariando, ilustrando e fotografando as colecções cerâmicas. Ambos os estudos serão publicados até ao final do próximo ano.
Mariana Nabais e Jakub Nicpon
PEÇA DO MÊS
Micrólito geométrico – Trapézio
Proveniência: Cabeço das Amoreiras (Torrão, Portugal)
Cronologia: Mesolítico Final (Final do 7º/Início do 5º milénio cal. BC)
Direcção dos trabalhos: Mariana Diniz e Pablo Arias – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Universidade da Cantábria, respectivamente – Projecto Sado-Meso
Descrição: Micrólito geométrico, do tipo trapézio, com 13,07mm de comprimento, 6,14mm de largura e 2,09mm de espessura.
Produzido sobre suporte lamelar, em cherte e, embora esteja fracturado, aparenta ter uma morfologia assimétrica. Apresenta secção triangular, perfil direito e ambas as truncaturas apresentam retoque directo e abrupto.
A peça encontra-se fracturada em ambas as truncaturas e apresenta algum esquirolamento no gume maior.
Comentário: A classe tipológica dos micrólitos geométricos, formada por triângulos, segmentos e trapézios, constitui um dos elementos mais característicos do Mesolítico Final. Produzidos geralmente sob suporte lamelar, podem ser obtidos através de fractura simples ou recorrendo à técnica do microburil, do qual resulta o aparecimento desse subproduto de talhe característico. Apresentam, no panorama arqueológico do actual território português, uma elevada standardização das suas formas, que pauta também pelo seu reduzido tamanho. Os micrólitos geométricos têm tido sempre um papel de relevo na agenda arqueológica deste período, sendo interpretados como marcadores cronológicos e culturais (e.g. Arias et al., 2021, Diniz, 2007, Marchand, 2001, Manen, Marchand e Carvalho, 2007 e Nukushina, 2012).
Cronologia: Mesolítico Final (Final do 7º/Início do 5º milénio cal. BC)
Direcção dos trabalhos: Mariana Diniz e Pablo Arias – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Universidade da Cantábria, respectivamente – Projecto Sado-Meso
Descrição: Micrólito geométrico, do tipo trapézio, com 13,07mm de comprimento, 6,14mm de largura e 2,09mm de espessura.
Produzido sobre suporte lamelar, em cherte e, embora esteja fracturado, aparenta ter uma morfologia assimétrica. Apresenta secção triangular, perfil direito e ambas as truncaturas apresentam retoque directo e abrupto.
A peça encontra-se fracturada em ambas as truncaturas e apresenta algum esquirolamento no gume maior.
Comentário: A classe tipológica dos micrólitos geométricos, formada por triângulos, segmentos e trapézios, constitui um dos elementos mais característicos do Mesolítico Final. Produzidos geralmente sob suporte lamelar, podem ser obtidos através de fractura simples ou recorrendo à técnica do microburil, do qual resulta o aparecimento desse subproduto de talhe característico. Apresentam, no panorama arqueológico do actual território português, uma elevada standardização das suas formas, que pauta também pelo seu reduzido tamanho. Os micrólitos geométricos têm tido sempre um papel de relevo na agenda arqueológica deste período, sendo interpretados como marcadores cronológicos e culturais (e.g. Arias et al., 2021, Diniz, 2007, Marchand, 2001, Manen, Marchand e Carvalho, 2007 e Nukushina, 2012).
No caso do presente trapézio, além de evidenciar as características morfométricas típicas desta tipologia e que permitem o apoio à caracterização da indústria lítica do concheiro mesolítico do Cabeço das Amoreiras, foi também realizada uma análise traceológica sobre o mesmo que permitiu identificar o potencial uso em que foi empregue (Lima, 2020).
A observação da peça permitiu observar os descritores típicos de fracturas diagnósticas de impacto apresentados por Fischer, Hansen e Rasmussen (1984) e posteriormente desenvolvidos por Yaroshevich (2010). Observa-se, na truncatura superior, uma fracturação do tipo step terminating bending fracture e na truncatura inferior fracturação do tipo feather terminating bending fracture, sendo também observado a presença de esquirolamento, desenvolvido perpendicularmente face ao gume, ao longo de toda a superfície do gume maior (Fig. 2). No reverso do gume menor é observado um ligeiro polido com presença de estrias e brightspots que se desenvolvem paralelamente ao gume (Fig. 3), podendo estes estarem relacionados com a forma de encabamento do geométrico. Assim, a presença destes indicadores permite supôr que se trata de um trapézio empregue como uma ponta oblíqua ou transversal.
Esta peça poderá estar associada, enquanto armadura de caça, a práticas de caça e de obtenção de recursos alimentares, tais como a fauna mamalógica identificada neste concheiro. No entanto, os dados presentes não nos permitem mais do que conjecturar acerca das suas potencialidades interpretativas. Ainda assim, estes dados são particularmente relevantes pois permitem compreender melhor a forma de uso, dos gestos e das acções realizadas pelos indivíduos que produziram e utilizaram estes utensílios, componentes essenciais para uma reconstrução paleo-social das últimas comunidades de caçadores-recolectores do vale do Sado.
Local de depósito: Uniarq – Centro de Arqueologia da Faculdade de Lisboa
A observação da peça permitiu observar os descritores típicos de fracturas diagnósticas de impacto apresentados por Fischer, Hansen e Rasmussen (1984) e posteriormente desenvolvidos por Yaroshevich (2010). Observa-se, na truncatura superior, uma fracturação do tipo step terminating bending fracture e na truncatura inferior fracturação do tipo feather terminating bending fracture, sendo também observado a presença de esquirolamento, desenvolvido perpendicularmente face ao gume, ao longo de toda a superfície do gume maior (Fig. 2). No reverso do gume menor é observado um ligeiro polido com presença de estrias e brightspots que se desenvolvem paralelamente ao gume (Fig. 3), podendo estes estarem relacionados com a forma de encabamento do geométrico. Assim, a presença destes indicadores permite supôr que se trata de um trapézio empregue como uma ponta oblíqua ou transversal.
Esta peça poderá estar associada, enquanto armadura de caça, a práticas de caça e de obtenção de recursos alimentares, tais como a fauna mamalógica identificada neste concheiro. No entanto, os dados presentes não nos permitem mais do que conjecturar acerca das suas potencialidades interpretativas. Ainda assim, estes dados são particularmente relevantes pois permitem compreender melhor a forma de uso, dos gestos e das acções realizadas pelos indivíduos que produziram e utilizaram estes utensílios, componentes essenciais para uma reconstrução paleo-social das últimas comunidades de caçadores-recolectores do vale do Sado.
Local de depósito: Uniarq – Centro de Arqueologia da Faculdade de Lisboa
Bibliografia:
Arias, P.; Diniz, M.; Araújo, A. C.; Armendariz, Á. & Teira, L. C. (2021). New perspectives on the Mesolithic Sado valley (southern Portugal): preliminary results of the SADO-MESO project). In D. Borić, D. Antonović, & B. Mihailović (Eds.), Foraging Assemblages: Vol. 1 (pp. 274-280). Serbian Archaeological Society/The Italian Academy for Advanced Studies in America, Columbia University.
Diniz, M. (2007). O Sítio da Valada do Mato (Évora): aspectos da neolitização no Interior/Sul de Portugal. Trabalhos de Arqueologia, 48. Instituto Português de Arqueologia
Fischer, A.; Hansen, P. V. & Rasmussen, P. (1984). Macro and Micro Wear Traces on Lithic Projectile Points. Experimental Results and Prehistoric Examples. Journal of Danish Archaeology, 3, 19-46
Lima, R. (2020). Leitura functional e espacial da indústria lítica dos concheiros mesolíticos do vale do Sado (Torrão). O caso de Arapouco e Cabeço das Amoreiras. [Dissertação de mestrado, Universidade de Lisboa]. Repositório
Manen, C.; Marchand, G. et Carvalho, A. F. (2007). Le Néolithique ancien de la péninsule Ibérique: ver une nouvelle évaluation du mirage africain? In Évin, J (ed.), Un siècle de construction du discours scientifique en préhistoire. Congrès du centenaire de la Société Préhistorique Française (pp. 133-151). Société Préhistorique Française
Marchand, G. (2001). Les traditions techniques du Mésolithique final dans le Sud du Portugal: les industries lithiques des amas coquilliers de Várzea da Mó et Cabeço do Rebolador (fouilles M. Heleno). Revista Portuguesa de Arqueologia, 4(2), 47-110
Nukushina, D. (2012). Tecno-tipologia lítica e cronometria no Mesolítico final do Vale do Sado. O caso do concheiro das Amoreiras (Alcácer do Sal). [Dissertação de mestrado, Universidade de Lisboa]. Repositório
Yaroshevich, A. (2010). Microlithic variability and design and performance of projectile weapons during the Levantine Epipaleolithic: experimental and archaeological evidence. [Dissertação de doutoramento, Universidade de Haifa]. Repositório
Arias, P.; Diniz, M.; Araújo, A. C.; Armendariz, Á. & Teira, L. C. (2021). New perspectives on the Mesolithic Sado valley (southern Portugal): preliminary results of the SADO-MESO project). In D. Borić, D. Antonović, & B. Mihailović (Eds.), Foraging Assemblages: Vol. 1 (pp. 274-280). Serbian Archaeological Society/The Italian Academy for Advanced Studies in America, Columbia University.
Diniz, M. (2007). O Sítio da Valada do Mato (Évora): aspectos da neolitização no Interior/Sul de Portugal. Trabalhos de Arqueologia, 48. Instituto Português de Arqueologia
Fischer, A.; Hansen, P. V. & Rasmussen, P. (1984). Macro and Micro Wear Traces on Lithic Projectile Points. Experimental Results and Prehistoric Examples. Journal of Danish Archaeology, 3, 19-46
Lima, R. (2020). Leitura functional e espacial da indústria lítica dos concheiros mesolíticos do vale do Sado (Torrão). O caso de Arapouco e Cabeço das Amoreiras. [Dissertação de mestrado, Universidade de Lisboa]. Repositório
Manen, C.; Marchand, G. et Carvalho, A. F. (2007). Le Néolithique ancien de la péninsule Ibérique: ver une nouvelle évaluation du mirage africain? In Évin, J (ed.), Un siècle de construction du discours scientifique en préhistoire. Congrès du centenaire de la Société Préhistorique Française (pp. 133-151). Société Préhistorique Française
Marchand, G. (2001). Les traditions techniques du Mésolithique final dans le Sud du Portugal: les industries lithiques des amas coquilliers de Várzea da Mó et Cabeço do Rebolador (fouilles M. Heleno). Revista Portuguesa de Arqueologia, 4(2), 47-110
Nukushina, D. (2012). Tecno-tipologia lítica e cronometria no Mesolítico final do Vale do Sado. O caso do concheiro das Amoreiras (Alcácer do Sal). [Dissertação de mestrado, Universidade de Lisboa]. Repositório
Yaroshevich, A. (2010). Microlithic variability and design and performance of projectile weapons during the Levantine Epipaleolithic: experimental and archaeological evidence. [Dissertação de doutoramento, Universidade de Haifa]. Repositório
Rafael Lima
AGENDA
Inauguração da Exposição
Ossos do nosso ofício, animais da nossa história 1 de Junho | 15h30 Museu de Leiria Entrada Livre |
XXe Congrès International d'Archéologie Classique
«Archéologie des Espaces Vécus» 3 a 9 de Junho Campus de Condorcet (Paris, França) Mais informação AQUI |
Congresso
«Migration and the Making of the Ancient Greek World» 6 a 8 de Junho Institute for Classical Archaeology Universidade de Viena (Áustria) Mais informação AQUI |
LAC 2024: Landscape Archaeology Conference
10 a 14 de Junho Alcalá de Henares (Madrid, Espanha) Mais informação AQUI |
EZI 2024
Iberian Zooarchaeology Meeting 17 a 19 de Junho Museu de Ciències Naturals de Barcelona - Universidade de Barcelona Mais informação AQUI |
ARCHAEOLOGY ROCKS!
Workshop de Geoarqueologia - do afloramento ao sítio 21 e 22 de Junho Faculdade de Letras de Lisboa Mais informação AQUI |
ARQUEOZOO
Curso de Introdução à Zooarqueologia 8 a 11 de Julho Faculdade de Letras de Lisboa Inscrições e mais informação AQUI |
Participações em Congressos, Colóquios e Conferências
Congreso Colombiano de Arqueología 2024 "Arqueología, Comunidades, Territorio"
«Enfoques Computacionales en la Arqueología de Latinoamérica» Sessão co-organizada por Daniel Sánchez-Gómez 2 a 4 de Maio | Santa Marta (Colômbia) Mesa Redonda "Catástrofes, Conflitos e Atentados ao Património Cultural"
Participação de Carlos Fabião 4 de Maio | Leiria VII Jornadas de Arqueologia Pré e Proto-histórica da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra: "Materialidades Arqueológicas. Explorando a Pré e Proto-história, do Campo ao Laboratório"
Participação de André Tomás Santos e Cristina Gameiro 8 de Maio | Coimbra «Portugal na Idade do Gelo: do sistema do Almonda à Gruta do Caldeirão, passando pela Furninha»
Conferência de João Zilhão 10 de Maio | Peniche «Diálogos no 3.º Milénio. Organização e Complexidade Social no 3.º Milénio: olhares a partir dos Perdições, Vila Nova de São Pedro e Castanheiro do Vento»
Participação de Mariana Diniz 10 e 11 de Maio | Porto e Castanheiro do Vento «Dieta Neandertal na Serra da Arrábida e no Ocidente da Península Ibérica»
Conferência de Mariana Nabais 11 de Maio | Setúbal "Encontro de Arqueologia: últimas descobertas arqueológicas em Alcácer do Sal"
Participação de Carlos Fabião, Fernando Mouta e Sandra Domingues Gomes 11 de Maio | Alcácer do Sal "VII Congresso Internacional da Sociedad de Estudios de la Cerámica Antigua en Hispania (SECAH)"
Participação de Alexandre Gonçalves, Amílcar Guerra, Ana Margarida Arruda, André Gadanho, António Carvalho, Carlos Fabião, Carlos Pereira, Catarina Alves, Catarina Viegas, Edgar Fernandes, Elisa de Sousa, Íris Dias, João Pimenta, Luis Almeida, Macarena Bustamante-Álvarez, Margarida Rodrigues, Rui Roberto de Almeida, Teresa Rita Pereira e Victor Filipe 15 a 18 de Maio | Lisboa |
'European Archaeological Museums Meeting'
«El Museo Nacional de Arqueologia de Lisboa (Portugal)» Comunicação de António Carvalho 16 de Maio | Madrid (Espanha) Congresso Feminista e de Educação. "100 anos depois: Mulheres, Direitos e Cidadania na Construção das Sociedades Democráticas"
«Mulheres na Arqueologia: antes e depois do 25 de abril de 1974» Comunicação de Cristina Gameiro, Jacinta Bugalhão e Sara Cura 16 e 17 de Maio | Lisboa Seminário Internacional "Del Sarq al Garb. Espacios Funerarios, Sociedad y Urbanismo Andalusíes. (Maqbara II)"
«Os espaços cemiteriais da ahl al-dimmah na Lisboa muçulmana» Comunicação de Manuel Fialho 16 a 18 de Maio | Mértola Seminário Internacional "A Guiné-Bissau e a Revolução de Abril: História, Memória e Globalização"
«Entre materialidades e memórias da guerra e da resistência: uma reflexão a partir da região de Cacheu, Guiné-Bissau.» Comunicação de Sara Simões 17 de Maio | Bissau, Guiné-Bissau Conferência: "After EuroWeb: Expanding Horizons in Textile Studies and European Networking"
Organização e participação de Francisco B. Gomes e Catarina Costeira 20 e 21 de Maio | Varsóvia (Polónia) Colóquio Internacional "O povoado pré-histórico de Leceia e o seu enquadramento no Calcolítico do sul peninsular"
Participação de Ana Catarina Sousa, André Texugo, Andrea Martins, Catarina Costeira, César Neves, João Luis Cardoso, Joaquina Soares, Marco Andrade, Mariana Diniz e Victor S. Gonçalves 24 de Maio | Oeiras "Seminário CIART: Vale do Tejo e a arte rupestre, 50 anos depois"
Participação de Andrea Martins 24 a 26 de Maio | Vila Velha de Ródão "Congresso Internacional Escritas e Leituras do Passado Romano: 40º aniversário do IRCP, de José d’Encarnação"
«Perspectivas sobre a onomástica do conventus Pacensis: do IRCP à actualidade» Comunicação de Amílcar Guerra 24 e 25 de Maio | Beja |
Publicações em Acesso Aberto no Repositório da UL
Flores-Muñoz, J., & Sallum, M. (2023). “Arqueologias do Coração”: por uma contribuição das Américas no desenvolvimento de uma “Nova Arqueologia”. Recensão a Archaeologies of the Heart. Kisha Supernant, Jane Eva Baxter Natasha Lyons, Sonya Atalay (eds.). Cham: Springer, 2020. P. XIV, 280. Noctua, 8(2) 185-186. doi: 10.26892/noctua.v1i8p185-190
hdl.handle.net/10451/64810 Lazcano Arce, J. C., & Sallum, M. (2022). Los Ch’iil, Kumche’ Del México Central: Las Prácticas De Los Graneros En Las Comunidades Mayas. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, 20(1) 229-250. doi: 10.18224/hab.v20i1.12065
hdl.handle.net/10451/64819 Noelli, F. S., & Sallum, M. (2023). Archaeologies of Colonialism and the Indigenous Presence in Brazil: The Remarkable Tupí Guaraní Trajectory. Archaeological Review from Cambridge, 38(1) 113-133. doi: 10.17863/CAM.104458
hdl.handle.net/10451/64807 |
Noelli, F. S., & Sallum, M. (2023). O apagamento dos povos indígenas nas narrativas do passado e do presente. Arqueologia e História de São Paulo. [The erasure of indigenous peoples in the narratives of the past and present. Archaeology and History of São Paulo]. Clio Arqueológica, 38(2) 116-144. doi: 10.51359/261436
hdl.handle.net/10451/64806 Sallum, M. (2023). Rethinking Latin American Archaeology: "Affective Alliances" and Traditional Community-Engagement. Papers from the Institute of Archaeology, 34(1). doi: 10.14324/111.444.2041-9015.1392
hdl.handle.net/10451/64815 Sallum, M., Noelli, F. S., & Koffler, M. (2023). Mulheres indígenas e afrodescendentes e a produção de cerâmica paulista nas fotografias de Herta Löell Scheuer, Plácido de Campos Júnior & Mayy Koffler. Cadernos do Lepaarq, 20(40) 72-87. doi: 10.15210/lepaarq.v20i40.26101
hdl.handle.net/10451/64814 |
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