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Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa / Centre for Archaeology. University of Lisbon
Financiado por fundos nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do Projecto UID/00698
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Projecto Gruta da Figueira Brava

Os trabalhos realizados na gruta da Figueira Brava (Setúbal) em 2010 retomaram aqueles que, na década de 1980, ali foram realizados por uma equipa dirigida por M. Telles Antunes e João Luís Cardoso e tiveram os seguintes objectivos, plenamente atingidos: 1. Levantamento topográfico detalhado, com georreferenciação, da escarpa carsificada e dos depósitos quaternários preservados. 2. Descrição geológica e geomorfológica dos depósitos arqueológicos e seu contexto. 3. Amostragem de uma coluna estratigráfica completa, para subsequente análise laboratorial, na Entrada 3 da jazida (Figura).

Em 2011 os trabalhos prosseguiram entre 2 e 27 de Maio. Tal como no ano anterior, decorreram sob a direcção de João Zilhão com a colaboração de João Luís Cardoso, ao abrigo do projecto PNTA 2011-2014 intitulado “O Paleolítico Médio das Grutas da Oliveira e da Figueira Brava”. Foram financiados através do subsídio da FCT ao projecto 2010-12 intitulado “Middle Palaeolithic Archaeology of the Almonda Karstic System”. Além do apoio pontual de outros técnicos e arqueólogos, e o apoio logístico da empresa CRIVARQUE, em regime de apoio mecenático, sem custos para o projecto, tiveram participação de  Filipa Rodrigues, arqueóloga (CRIVARQUE, Lda.); Maria Watkins, estudante de arqueologia (Universidade Nova de Lisboa); Mariana Nabais, arqueóloga; Pedro Souto, técnico de arqueologia (CRIVARQUE, Lda.); e Sónia Gabriel, arqueóloga (Laboratório de Zooarqueologia, IGESPAR, IP).

O objectivo principal da campanha de 2011 correspondia a iniciar trabalhos de escavação em extensão na zona interna da Entrada 3 (Figura). Esse objectivo foi cumprido com a abertura de uma sondagem de 1 m² escavada até uma cota de ~50 cm abaixo da superfície do preenchimento, tendo-se recolhido importantes testemunhos arqueológicos, incluindo indústrias mustierenses, restos faunísticos e restos humanos, a par do registo completo da sucessão estratigráfica e da obtenção de datações absolutas no laboratório de Oxford, financiadas pela UNIARQ.

Nos próximos anos pretende-se dar continuidade às escavações realizadas, a par da publicação dos resultados entretanto obtidos.
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