Sinos e taças. Junto ao Oceano e mais longe.
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Contextos e Objectivos
Em termos estritos, o Campaniforme é a súmula de um estilo decorativo cerâmico com formas cerâmicas específicas. Surge em toda a Europa e Norte de África em finais do Calcolítico, na segunda metade do 3º milénio a.n.e. Contudo, em termos mais abrangentes, a presença desta cerâmica tem profundas implicações no estudo do modelo de sociedade, de eixos de troca e de mudanças tecnológicas das comunidades agro-pastoris.
A temática do Campaniforme tem um longo historial de investigações em toda a Europa. A quantidade e diversidade de campaniforme na Península Ibérica desde cedo levou a colocar esta área no centro de debate da origem e difusão de um estilo cerâmico. Ciclicamente, têm sido efectuados balanços sobre esta temática, sobretudo a propósito de estudos monográficos de sítios com dados especialmente relevantes quanto à estratigrafia, cronologia absoluta, tipologia. Apesar da extensão da bibliografia disponível, escasseiam as leituras transversais e actualizadas reflectindo as recentes descobertas das últimas décadas: os recintos de fossos, os hipogeus do interior da Península, as novas análises arqueométricas. Estes novos dados permitem colocar em perspectiva os contextos «clássicos», alguns dos quais com trabalhos arqueológicos do século 19. O presente workshop constitui um encontro científico especificamente direcionado para a temática do campaniforme à escala peninsular, reunindo um conjunto selecionado de investigadores, com dados relevantes. Para além do conjunto de oradores convidados, será ainda aberta a inscrição para posters, alargando-se assim o leque de participações. Procura-se fazer o levantamento do estado da arte e, simultaneamente, estimular a discussão das diferentes perspectivas teóricas. Organizado na Faculdade de Letras de Lisboa pela UNIARQ (WAPS – Grupo de trabalho sobre as Antigas Sociedades Camponesas), prevê-se que o presente workshop tenha um impacto significativo. |
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Programa
Lisboa, 2016, Maio,12-13, Anfiteatro 3 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
12 de Maio 09:30 – Registo dos participantes 10:00 – Sessão de Abertura Professor Doutor Paulo Farmhouse Alberto, Director da Faculdade de Letras de Lisboa (FL – UL), Professor Doutor Victor S. Gonçalves, Director da UNIARQ. Moderação: Rui Parreira 10:30. Victor S. Gonçalves (UNIARQ – WAPS, FL-UL) – A questão campaniforme. 11:00. Elena Morán (UNIARQ – WAPS) – O Campaniforme de Alcalar no contexto do Sul. Pausa – Café 12:00. Joaquina Soares (MAEDS, UNIARQ – WAPS) – Para uma leitura sociopolítica do campaniforme da margem esquerda do Guadiana. Longas viagens com curta estada no Porto das Carretas. 12:30. António Carlos Valera (NIA-ERA Arqueologia; ICArEHB) – A Expressão Campaniforme nos Recintos dos Perdigões Pausa para almoço Moderação: Joaquina Soares 14:30. Rui Mataloto (Município de Redondo, UNIARQ – WAPS) – As antas com Campaniforme no Alentejo 15:00. Carlos Tavares da Silva (MAEDS - UNIARQ, WAPS) –Entre os estuários do Tejo e do Sado na 2ª metade do III milénio BC. O fenómeno campaniforme 15:30. Ana Catarina Sousa (UNIARQ - WAPS, FL-UL) – Dinâmicas de povoamento e cerâmica campaniforme na área da Ribeira de Cheleiros (Mafra e Sintra, Lisboa) 16:00. Michael Kunst (DAI) –O Campaniforme no Zambujal Pausa – Café 17:30. Victor S. Gonçalves (UNIARQ - WAPS, FL-UL) – Sinos, taças e coisas assim em Alapraia 2 e 4 e de São Pedro do Estoril. 18:00. João Luís Cardoso (UA, UNIARQ - WAPS) – O “fenómeno” campaniforme em torno do estuário do Tejo |
13 de Maio 09:30 – Visita e Comentário aos posters Moderação: Michael Kunst 10:00. Fernando Molina González, Juan Antonio Cámara Serrano, Alberto Dorado Alejos, María Villarroya Arín (Universidad de Granada) – El fenómeno campaniforme en el Sudeste de la Península Ibérica: el caso del Cerro de la Virgen (Orce, Granada) 10:30. Victor S. Gonçalves, Ana Catarina Sousa, Marco Andrade (UNIARQ - WAPS, FL-UL) – O Barranco do Farinheiro e a presença campaniforme na margem esquerda do Tejo Pausa – Café 11:30. Elisa Guerra Doce (Universidade de Valladolid) – Sal y campaniformes en la Península Ibérica: el yacimiento Ciempozuelos de Molino Sanchón II (Zamora) Corina Liesau (Universidad Autonoma de Madrid) – Ciempozuelos e o Campaniforme en Madrid Pausa para almoço Moderação: Corina Liesau 14:30. António Carlos Valera (NIA-ERA Arqueologia; ICArEHB) – O campaniforme na Beira Alta: confluências e estranhas ausências 15:00. Maria de Jesus Sanches (FL-UP e CITCEM); Alexandra Ferreira Vieira (IPB e CITCEM); Maria Helena Barbosa (FL-UP e CITCEM) –Contextos campaniformes no Norte de Portugal 15:30. Nuno Inácio (UNIARQ – WAPS) –La Cerámica campaniforme en Valencina de la Concepción (Sevilla) 16:00. António Monge Soares, Pedro Valério (ITN) –A Metalurgia «Campaniforme» Debate Pausa – Café Moderação: Victor S. Gonçalves 17:00. Rui Boaventura (UNIARQ – WAPS, FCT), Ana Catarina Sousa (UNIARQ – WAPS, FLUL), Rui Mataloto (Município de Redondo, UNIARQ – WAPS) – A Cronologia Absoluta para a cerâmica Campaniforme no Centro e Sul de Portugal. Mesa Redonda - Debate final Victor S. Gonçalves (UNIARQ – WAPS), Corina Liesau (Universidad Autonoma de Madrid), João Luís Cardoso (UA, UNIARQ - WAPS), João Senna-Martínez (UNIARQ – WAPS), Michael Kunst (DAI), Joaquina Soares (UNIARQ, MAEDS) Encerramento |
LocalFaculdade de Letras de Lisboa
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