Retorno ao Sado
Retorno ao Sado - Um caso entre os últimos caçadores-recolectores e a emergência das sociedades agro-pastoris no Sul de Portugal – (PTDC/HIS-ARQ/121592/2010), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), para o triénio 2012-2014.
Direcção : Mariana Diniz. O Projecto SADO-MESO foi desenhado em 2010, numa parceria entre os investigadores Mariana Diniz, do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa – UNIARQ, e Pablo Arias Cabal, do Instituto Internacional de Investigaciones Prehistóricas de Cantabria, da Universidade da Cantábria. A investigação a desenvolver no quadro do SADO-MESO decorre no âmbito de dois projectos fundamentais: - RETORNO AO SADO - Um caso entre os últimos caçadores-recolectores e a emergência das sociedades agro-pastoris no Sul de Portugal – (PTDC/HIS-ARQ/121592/2010), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), para o triénio 2012-2014; - DOMATLANTICA - La implantación de las especies domésticas en la Europa atlántica: Cronología e impacto en la dieta humana – (HAR2008-06477-C03-01), financiado pelo Ministerio de Educación y Ciencia (Espanha), para o trienio 2008-2011. O projecto SADO-MESO tem como principal objectivo o estudo das últimas comunidades de caçadores-recolectores e dos processos de implantação dos primeiros grupos agro-pastoris, no baixo vale do Sado. Este projecto contempla diferentes frentes de trabalho, a desenvolver por uma equipa transdisciplinar, nomeadamente: estudo e publicação das antigas colecções arqueológicas, antropológicas e faunísticas, recolhidas por Manuel Heleno, ainda inéditas, depositadas no MNA; realização de intervenções arqueológicas no terreno – já iniciadas no concheiro das Poças de S. Bento e no concheiro do Cabeço do Pez; reconstituição da paleopaisagem e da antiga dinâmica do estuário do Sado, com particular destaque para as vertentes ambiente e recursos. Os primeiros resultados deste projecto, provenientes das intervenções de terreno já realizadas, apontam para uma complexidade efectiva na organização do espaço interno dos concheiros, que se constata pela presença de estruturas negativas, como a escavada em 2010, nas Poças de S. Bento, e que pode ter funcionado como fossa de armazenamento. Ao mesmo tempo, a identificação, na campanha de 2011, de uma sepultura de cão doméstico, neste concheiro, confirma o carácter polimórfico das necrópoles mesolíticas que combinam, num mesmo espaço, humanos e alguns animais seleccionados, que participam num ritual conjunto de apropriação dos territórios. |