Editorial
Mariana Diniz, Directora da UNIARQ
Como acontece a cada mês, a escrita do Editorial permite ao Director/a da UNIARQ partilhar com todos os que leem esta Newsletter questões, acções, preocupações e aspirações que marcam a vida deste Centro de Investigação e dos seus Investigadores.
Em Maio de 2024, o tópico parece óbvio e é sobre o Contrato de Cooperação assinado entre a CCDR-LVT, e a FLUL, ADFLUL que tem a UNIARQ como elemento central, ou mais exactamente sobre a polémica que se lhe segue, que quero escrever.
Sem comentar o tom e a forma da polémica, é sobre o cerne da questão e sobre os seus elementos centrais que, creio, se deve reflectir.
A questão arranca com uma reformulação da tutela da Arqueologia que, já pré-anunciada em momentos anteriores, arranca a 1 de Janeiro de 2024. Do impacto dessa reformulação e da discordância profunda dos seus moldes dão conhecimentos alguns arqueólogos que expressam grandes reservas à capacidade de uma anterior instituição – a CCDR-LVT, agora com responsabilidades concretas na actividade arqueológica, fazer face, dada a escassez de recursos humanos, às suas novas competências. Esta é a história publica deste caso do qual a UNIARQ – FLUL –ADFLUL passam a fazer parte quando é solicitado à Universidade de Lisboa, colaboração nesta etapa de transição.
A resposta positiva que é dada pela UNIARQ à CCDR-LVT – na sequência de muitas outras cooperações entre a Universidade de Lisboa e os diferentes organismos que foram assumindo a tutela da Arqueologia – gera descontentamento severo entre alguns arqueólogos, indigna o STARQ, e coloca em jornais – que não pediram informações para qualquer contraditório – envolvido no que parece um escândalo, o nome da UNIARQ –FLUL.
Causa da acusação é o contrato de cooperação entre uma universidade pública e um serviço público.
Parece assim ter sido criado um cordão sanitário em torno da CCDR-LVT, instituição vitima de uma fátua que tornou este organismo público, de um Estado de direito, livre e democrático, uma instituição condenada com a qual se não pode cooperar – ainda que as causas deste opróbrio não sejam absolutamente claras.
Por isso, e como escrevi à comunidade UNIARQ:
“Ao contrário do que circulou nas redes, esta cooperação curta da UNIARQ não limita/dispensa/evita que a tutela continue com a sua politica de contratação para fazer face às suas responsabilidades, como demonstra a abertura recente de um concurso de recrutamento por mobilidade.
Ao contrário do que circulou nas redes e, sendo tão óbvio é quase ofensivo escrevê-lo, não há qualquer “transferência de competências”, nem “perigo de incompatibilidades” e em nenhuma circunstância, como aconteceu sempre com todos os organismos com quem temos cooperado – DGPC, FCT, etc.,- , existiram ou existirão avaliadores em causa, e casa, própria.
Irá sim acontecer, e como está previsto por todos os organismos que coordenam a Investigação, uma colaboração efectiva, articulada pela ADFLUL, entre instituições públicas – UL-FLUL-UNIARQ e um outro organismo público - CCDR-LVT - para resolução de uma questão pública.
O papel activo da Universidade e dos seus Centros de Investigação na esfera do Presente, indo para além do seu isolamento, indo para além das sempre invocadas e condenadas torres de marfim, parece-me um caminho a seguir. Que a Universidade tenha acção no espaço público parece-me mesmo decisivo.
Porquê a UL-FLUL-UNIARQ? Porque temos na UNIARQ, Conhecimento e Massa Critica, que têm em muitos momentos ultrapassado as portas da Universidade, e que nos permitem colaborar com outras instituições, em particular com instituições públicas, realizando um trabalho de qualidade inquestionável.
Assim será desta vez.”
Mas desta newsletter devem destacar-se outros aspectos. A investigação desenvolvida pelos nossos estudantes de doutoramento que se apresenta na sessão do mês de Abril do Arqueologia em Construção, a celebração do Dia Internacional de Monumentos e Sítios que levou estudantes dos três ciclos da FLUL ao Museu Municipal da Azambuja e ao povoado de Vila Nova de São Pedro, as visitas ao Museu Aberto para Obras, a apresentação num certame internacional do Projecto Euroweb, a colocação dos primeiros pontos portugueses na base de dados Cartosílex, a realização, em 2026, do PZAF, em Lisboa conseguida pelos jovens doutorandos da UNIARQ, ou outros eventos como a participação no Dia Aberto da FLUL, ou a iniciativa em torno do documentário que retrata Suzanne Daveau demonstram o dinamismo e a qualidade da Investigação que se desenvolve na UNIARQ.
Em Maio de 2024, o tópico parece óbvio e é sobre o Contrato de Cooperação assinado entre a CCDR-LVT, e a FLUL, ADFLUL que tem a UNIARQ como elemento central, ou mais exactamente sobre a polémica que se lhe segue, que quero escrever.
Sem comentar o tom e a forma da polémica, é sobre o cerne da questão e sobre os seus elementos centrais que, creio, se deve reflectir.
A questão arranca com uma reformulação da tutela da Arqueologia que, já pré-anunciada em momentos anteriores, arranca a 1 de Janeiro de 2024. Do impacto dessa reformulação e da discordância profunda dos seus moldes dão conhecimentos alguns arqueólogos que expressam grandes reservas à capacidade de uma anterior instituição – a CCDR-LVT, agora com responsabilidades concretas na actividade arqueológica, fazer face, dada a escassez de recursos humanos, às suas novas competências. Esta é a história publica deste caso do qual a UNIARQ – FLUL –ADFLUL passam a fazer parte quando é solicitado à Universidade de Lisboa, colaboração nesta etapa de transição.
A resposta positiva que é dada pela UNIARQ à CCDR-LVT – na sequência de muitas outras cooperações entre a Universidade de Lisboa e os diferentes organismos que foram assumindo a tutela da Arqueologia – gera descontentamento severo entre alguns arqueólogos, indigna o STARQ, e coloca em jornais – que não pediram informações para qualquer contraditório – envolvido no que parece um escândalo, o nome da UNIARQ –FLUL.
Causa da acusação é o contrato de cooperação entre uma universidade pública e um serviço público.
Parece assim ter sido criado um cordão sanitário em torno da CCDR-LVT, instituição vitima de uma fátua que tornou este organismo público, de um Estado de direito, livre e democrático, uma instituição condenada com a qual se não pode cooperar – ainda que as causas deste opróbrio não sejam absolutamente claras.
Por isso, e como escrevi à comunidade UNIARQ:
“Ao contrário do que circulou nas redes, esta cooperação curta da UNIARQ não limita/dispensa/evita que a tutela continue com a sua politica de contratação para fazer face às suas responsabilidades, como demonstra a abertura recente de um concurso de recrutamento por mobilidade.
Ao contrário do que circulou nas redes e, sendo tão óbvio é quase ofensivo escrevê-lo, não há qualquer “transferência de competências”, nem “perigo de incompatibilidades” e em nenhuma circunstância, como aconteceu sempre com todos os organismos com quem temos cooperado – DGPC, FCT, etc.,- , existiram ou existirão avaliadores em causa, e casa, própria.
Irá sim acontecer, e como está previsto por todos os organismos que coordenam a Investigação, uma colaboração efectiva, articulada pela ADFLUL, entre instituições públicas – UL-FLUL-UNIARQ e um outro organismo público - CCDR-LVT - para resolução de uma questão pública.
O papel activo da Universidade e dos seus Centros de Investigação na esfera do Presente, indo para além do seu isolamento, indo para além das sempre invocadas e condenadas torres de marfim, parece-me um caminho a seguir. Que a Universidade tenha acção no espaço público parece-me mesmo decisivo.
Porquê a UL-FLUL-UNIARQ? Porque temos na UNIARQ, Conhecimento e Massa Critica, que têm em muitos momentos ultrapassado as portas da Universidade, e que nos permitem colaborar com outras instituições, em particular com instituições públicas, realizando um trabalho de qualidade inquestionável.
Assim será desta vez.”
Mas desta newsletter devem destacar-se outros aspectos. A investigação desenvolvida pelos nossos estudantes de doutoramento que se apresenta na sessão do mês de Abril do Arqueologia em Construção, a celebração do Dia Internacional de Monumentos e Sítios que levou estudantes dos três ciclos da FLUL ao Museu Municipal da Azambuja e ao povoado de Vila Nova de São Pedro, as visitas ao Museu Aberto para Obras, a apresentação num certame internacional do Projecto Euroweb, a colocação dos primeiros pontos portugueses na base de dados Cartosílex, a realização, em 2026, do PZAF, em Lisboa conseguida pelos jovens doutorandos da UNIARQ, ou outros eventos como a participação no Dia Aberto da FLUL, ou a iniciativa em torno do documentário que retrata Suzanne Daveau demonstram o dinamismo e a qualidade da Investigação que se desenvolve na UNIARQ.
NOTÍCIAS
"Arqueologia em Construção" em Abril, projectando Setembro

A terceira sessão do ciclo “Arqueologia em Construção 9” decorreu no dia 24 de Abril, contando, como tem sido habitual, com a presença de vários alunos, docentes e investigadores da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Esta última sessão promoveu a apresentação de dois ulteriores projectos de doutoramento que estão actualmente em curso na UNIARQ.
O primeiro está a ser desenvolvido por Íris Dias, tendo como objecto de estudo o “Quotidiano e comensalidade em época romana: a cerâmica comum de Monte Molião (Lagos, Portugal)”. Trata-se do estudo detalhado da cerâmica romana de uso quotidiano deste importante sítio algarvio, englobando quer o período republicano (século II e I a.C.), quer o período alto imperial (século I e II d.C.), procurando reconstruir as actividades quotidianas, práticas de comensalidade, dietas alimentares e ainda das esferas económicas e comerciais destas antigas comunidades.
A segunda apresentação, de Alexandre Sarrazola, teve como tema “Autor, Texto e Circunstâncias na Contemporânea Arqueologia Portuguesa XIX-XXI (Teoria, História e Narratologia)”. Incide, entre outros aspectos, na análise e influência de conceitos e contextos históricos, sociais e narratológicos na produção de textos arqueológicos em Portugal, utilizando como casos de estudo personagens emblemáticas como João Almeida Carvalho, Francisco Martins Sarmento ou Irisalva Moita.
Este ciclo de "Arqueologia em Construção" terá continuidade durante o primeiro semestre de 2024/2025, que será divulgada atempadamente em http://www.uniarq.net/arqueologiaconstrucao9.html
O primeiro está a ser desenvolvido por Íris Dias, tendo como objecto de estudo o “Quotidiano e comensalidade em época romana: a cerâmica comum de Monte Molião (Lagos, Portugal)”. Trata-se do estudo detalhado da cerâmica romana de uso quotidiano deste importante sítio algarvio, englobando quer o período republicano (século II e I a.C.), quer o período alto imperial (século I e II d.C.), procurando reconstruir as actividades quotidianas, práticas de comensalidade, dietas alimentares e ainda das esferas económicas e comerciais destas antigas comunidades.
A segunda apresentação, de Alexandre Sarrazola, teve como tema “Autor, Texto e Circunstâncias na Contemporânea Arqueologia Portuguesa XIX-XXI (Teoria, História e Narratologia)”. Incide, entre outros aspectos, na análise e influência de conceitos e contextos históricos, sociais e narratológicos na produção de textos arqueológicos em Portugal, utilizando como casos de estudo personagens emblemáticas como João Almeida Carvalho, Francisco Martins Sarmento ou Irisalva Moita.
Este ciclo de "Arqueologia em Construção" terá continuidade durante o primeiro semestre de 2024/2025, que será divulgada atempadamente em http://www.uniarq.net/arqueologiaconstrucao9.html
Elisa de Sousa
Museu Nacional de Arqueologia - Um Museu Aberto para Obras

Os alunos do 3º ano da licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e alguns familiares e amigos, realizaram uma visita de estudo muito participada ao Museu Nacional de Arqueologia no passado dia 6 de Abril.
Esta visita, conduzida por António Carvalho, coincide com o momento do ano escolar em que é lecionado no programa da unidade curricular de História e Arqueologia de Portugal um ponto específico dedicado à vida e obra de Bernardino Machado e José Leite de Vasconcelos, ambos com especiais responsabilidades na fundação deste Museu.
O primeiro como patrono político da ideia, subscritor do Decreto-régio de criação e “protector do Museu”, segundo as palavras de José Leite de Vasconcelos. Este último, figura de referência da Arqueologia portuguesa que concebeu, reuniu os acervos, organizou e desenvolveu o Museu, tendo sido o primeiro director da instituição entre 1893 e 1929, e data da sua aposentação.
Como é sobejamente do conhecimento público, o Museu, que este ano celebra 130 anos, encontra-se a executar um programa de remodelação integral e completa reprogramação expositiva financiada no quadro do PRR, o que constitui o maior investimento financeiro num Museu português e um dos maiores a par com a reabilitação do Teatro Nacional de S. Carlos.
Esta visita, conduzida por António Carvalho, coincide com o momento do ano escolar em que é lecionado no programa da unidade curricular de História e Arqueologia de Portugal um ponto específico dedicado à vida e obra de Bernardino Machado e José Leite de Vasconcelos, ambos com especiais responsabilidades na fundação deste Museu.
O primeiro como patrono político da ideia, subscritor do Decreto-régio de criação e “protector do Museu”, segundo as palavras de José Leite de Vasconcelos. Este último, figura de referência da Arqueologia portuguesa que concebeu, reuniu os acervos, organizou e desenvolveu o Museu, tendo sido o primeiro director da instituição entre 1893 e 1929, e data da sua aposentação.
Como é sobejamente do conhecimento público, o Museu, que este ano celebra 130 anos, encontra-se a executar um programa de remodelação integral e completa reprogramação expositiva financiada no quadro do PRR, o que constitui o maior investimento financeiro num Museu português e um dos maiores a par com a reabilitação do Teatro Nacional de S. Carlos.
A empreitada de remoção integral de construções espúrias e das antigas museografias está praticamente terminada, o que permite nesta fase uma visita em segurança ao Museu, possibilitando uma leitura única e irrepetível da integralidade da evolução do edificado entre os séculos XIX e XX. Assim que uma nova fase de obras tiver início esta imagem será substituída por outra.
Ao longo da visita, e com base na História do Museu, dos protagonistas e das equipas, discorreu-se sobre matérias relevantes para a Arqueologia e História Contemporânea de Portugal.
Ao longo da visita, e com base na História do Museu, dos protagonistas e das equipas, discorreu-se sobre matérias relevantes para a Arqueologia e História Contemporânea de Portugal.

Esta visita de estudo constituiu ainda um pretexto para a apresentação aos alunos do conceito da futura exposição do MNA “fora de portas” que se intitula “Energias. Perpétuo Movimento” que inaugurou dia 23 de Abril, às 18h00, no MAAT/Central e que resulta de uma parceria virtuosa com a Fundação EDP e o seu Museu, com a Museus e monumentos de Portugal, EPE e o MNA, bem como a apresentação do programa para o Dia Internacional dos Museus que este ano tem como tema: Museus, Educação e Investigação e que já será celebrado na galeria poente do Museu. Para ambas as iniciativas toda a comunidade educativa presente foi convidada.
Visitas como esta têm também uma outra dimensão: convocar os alunos para a vida na polis através de um exercício vivo de afirmação de valores fundamentais como a importância da partilha do conhecimento, a responsabilidade social e o são convívio, a transparência e a participação cívica.
Visitas como esta têm também uma outra dimensão: convocar os alunos para a vida na polis através de um exercício vivo de afirmação de valores fundamentais como a importância da partilha do conhecimento, a responsabilidade social e o são convívio, a transparência e a participação cívica.
António Carvalho
Vila Nova de São Pedro: acompanhamento arqueológico da obra de Contenção dos Taludes do Reduto Central

Em Dezembro de 2023, tiveram lugar os trabalhos de acompanhamento arqueológico decorrentes da obra de Contenção dos Taludes do Reduto Central, realizados no sítio arqueológico Vila Nova de São Pedro, Azambuja (CNS 190 - Monumento Nacional).
Esta intervenção, promovida pela Câmara Municipal da Azambuja e executada pela EON/Irmãs Moreira Caetano Lda., foi acompanhada pelos responsáveis científicos e membros da UNIARQ César Neves, Mariana Diniz, Andrea Martins, e por José M. Arnaud, da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do projecto de investigação Vila Nova de São Pedro – de novo, no 3º milénio – VNSP 3000.
Com o objectivo central de criar um sistema de protecção, ainda que provisório, mas que contivesse os efeitos dos agentes meteorológicos sobre as estruturas arqueológicas do “Reduto Central”, nomeadamente no interior do pano de muralha, foi adoptada pela autarquia a solução proposta pela empresa executante que garantindo a integridade física das estruturas de pedra e de argamassa que limitam este espaço, não condicionando a intervenção – obrigatória - de conservação e restauro que o sítio exige.
O acompanhamento arqueológico consistiu na observação directa de todas as acções da empreitada que revolvessem o solo ou pudessem colocar em risco físico qualquer uma das realidades arqueológicas presentes no “Reduto Central” de Vila Nova de São Pedro, como as muralhas ou a estruturas negativas aí presentes.
Esta intervenção, promovida pela Câmara Municipal da Azambuja e executada pela EON/Irmãs Moreira Caetano Lda., foi acompanhada pelos responsáveis científicos e membros da UNIARQ César Neves, Mariana Diniz, Andrea Martins, e por José M. Arnaud, da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do projecto de investigação Vila Nova de São Pedro – de novo, no 3º milénio – VNSP 3000.
Com o objectivo central de criar um sistema de protecção, ainda que provisório, mas que contivesse os efeitos dos agentes meteorológicos sobre as estruturas arqueológicas do “Reduto Central”, nomeadamente no interior do pano de muralha, foi adoptada pela autarquia a solução proposta pela empresa executante que garantindo a integridade física das estruturas de pedra e de argamassa que limitam este espaço, não condicionando a intervenção – obrigatória - de conservação e restauro que o sítio exige.
O acompanhamento arqueológico consistiu na observação directa de todas as acções da empreitada que revolvessem o solo ou pudessem colocar em risco físico qualquer uma das realidades arqueológicas presentes no “Reduto Central” de Vila Nova de São Pedro, como as muralhas ou a estruturas negativas aí presentes.

Estas acções não permitiram a observação de níveis ou estruturas preservadas, como expectável, tendo, no entanto, num sector sido observada parte da área interna da muralha, ainda in situ, e que antes não estava visível.
Este trabalho, provisório e parcial, justifica-se dado o mau estado de conservação da muralha do denominado “Reduto Central” de VNSP, em particular na sua face interna.
Desde os primeiros trabalhos do projecto VNSP3000, em 2017, que foi dado o alerta para a rápida deterioração da estrutura e do seu, a continuar assim, risco de colapso total.
A estabilidade da estrutura tem vindo a ser influenciada por diversos factores, de ordem natural e antrópica. O seu tempo, a exposição a agentes atmosféricos adversos, nomeadamente a erosão, a acção nefasta das raízes da vegetação espontânea (carrascos), a que se acrescem factores antrópicos directos (a ausência de um percurso pedestre definido que leva à utilização da muralha central como miradouro por parte das centenas de visitantes anuais que por aí passam), e indirectos (fruto das escavações arqueológicas realizadas nas décadas passadas, que ajudaram à fragilização das estruturas, face à ausência de medidas conservativas e preventivas imediatas), têm sido as principais causas do avançado estado de degradação que apresenta.
A situação mais urgente encontrava-se nas áreas Norte e Este, desde a zona do rasgão na muralha realizado por Afonso do Paço para a instalação dos carris dos vagonetes, até à área onde se localiza a estrutura semi-circular onde as argamassas expostas estavam em risco crescente de degradação.
Este trabalho enquadrou-se num Pedido de Autorização de Categoria B do Regulamento de Trabalhos Arqueológicos – “ações de valorização decorrentes de projetos de investigação a desenvolver em monumentos, conjuntos e sítios que visem essencialmente a divulgação e fruição pública do património arqueológico, com vista à sensibilização e educação patrimonial”, e insere-se no PNTA VNSP3000.2, que se encontra actualmente em vigor. Esta intervenção realiza-se também após visita ao local da técnica da DGPC, cuja recomendação técnica visava a intervenção agora realizada, com estes trabalhos provisórios de minimização.
Foi assim colocada uma estrutura de madeira de contenção da parede, com cobertura de geotêxtil em toda a área intervencionada, e colocado material de enchimento do tipo rachão para preenchimento do vazio entre o sistema de contenção e a estrutura arqueológica, permitindo a drenagem de águas. Com estes trabalhos, a parede interna do “Reduto Central”, ficou protegida dos elementos atmosféricos (fenómenos de erosão, chuva e escorrimento de água), e da ação nefasta das raízes da vegetação espontânea, impedindo que a argamassa continue a ser naturalmente removida e, consequentemente, a fragilizar o aparelho pétreo que ainda se encontra no topo da muralha.
Este trabalho, provisório e parcial, justifica-se dado o mau estado de conservação da muralha do denominado “Reduto Central” de VNSP, em particular na sua face interna.
Desde os primeiros trabalhos do projecto VNSP3000, em 2017, que foi dado o alerta para a rápida deterioração da estrutura e do seu, a continuar assim, risco de colapso total.
A estabilidade da estrutura tem vindo a ser influenciada por diversos factores, de ordem natural e antrópica. O seu tempo, a exposição a agentes atmosféricos adversos, nomeadamente a erosão, a acção nefasta das raízes da vegetação espontânea (carrascos), a que se acrescem factores antrópicos directos (a ausência de um percurso pedestre definido que leva à utilização da muralha central como miradouro por parte das centenas de visitantes anuais que por aí passam), e indirectos (fruto das escavações arqueológicas realizadas nas décadas passadas, que ajudaram à fragilização das estruturas, face à ausência de medidas conservativas e preventivas imediatas), têm sido as principais causas do avançado estado de degradação que apresenta.
A situação mais urgente encontrava-se nas áreas Norte e Este, desde a zona do rasgão na muralha realizado por Afonso do Paço para a instalação dos carris dos vagonetes, até à área onde se localiza a estrutura semi-circular onde as argamassas expostas estavam em risco crescente de degradação.
Este trabalho enquadrou-se num Pedido de Autorização de Categoria B do Regulamento de Trabalhos Arqueológicos – “ações de valorização decorrentes de projetos de investigação a desenvolver em monumentos, conjuntos e sítios que visem essencialmente a divulgação e fruição pública do património arqueológico, com vista à sensibilização e educação patrimonial”, e insere-se no PNTA VNSP3000.2, que se encontra actualmente em vigor. Esta intervenção realiza-se também após visita ao local da técnica da DGPC, cuja recomendação técnica visava a intervenção agora realizada, com estes trabalhos provisórios de minimização.
Foi assim colocada uma estrutura de madeira de contenção da parede, com cobertura de geotêxtil em toda a área intervencionada, e colocado material de enchimento do tipo rachão para preenchimento do vazio entre o sistema de contenção e a estrutura arqueológica, permitindo a drenagem de águas. Com estes trabalhos, a parede interna do “Reduto Central”, ficou protegida dos elementos atmosféricos (fenómenos de erosão, chuva e escorrimento de água), e da ação nefasta das raízes da vegetação espontânea, impedindo que a argamassa continue a ser naturalmente removida e, consequentemente, a fragilizar o aparelho pétreo que ainda se encontra no topo da muralha.

Esta intervenção, fundamental para sustentação da muralha central, não coloca em causa os necessários trabalhos de conservação futuros e este trabalho corresponde, apenas, ao início de uma acção maior que procurará salvaguardar e valorizar este Monumento Nacional. Tendo-se iniciados os trabalhos por aquelas estruturas que apresentavam risco evidente, estão identificadas as necessidades deste Monumento que carece de novos cuidados e de outro tipo de trabalhos em distintas áreas, nomeadamente em todos os panos de muralhas conhecidos. É para isso fundamental, desenhar um plano integrado, que articule as autoridades locais, a tutela, os responsáveis científicos e, claro, os técnicos/equipas especializadas neste tipo de projecto.
Vila Nova de São Pedro é o único Monumento Nacional do concelho da Azambuja e um dos monumentos com maior idade no território nacional. A sua preservação virá, como sempre, do conhecimento aí adquirido, da partilha do mesmo e da reunião de esforços de todas as entidades responsáveis.
Vila Nova de São Pedro é o único Monumento Nacional do concelho da Azambuja e um dos monumentos com maior idade no território nacional. A sua preservação virá, como sempre, do conhecimento aí adquirido, da partilha do mesmo e da reunião de esforços de todas as entidades responsáveis.
César Neves, Andrea Martins, Mariana Diniz e José M. Arnaud
Explorando o Passado: Dia Aberto na FLUL Motiva Futuros Arqueólogos

No dia 18 de Abril, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa abriu as suas portas para receber alunos de diversas escolas do país. Este evento proporcionou aos jovens a oportunidade única de explorar os variados cursos oferecidos pela Faculdade e de se familiarizarem com as suas instalações.
A UNIARQ, ciente da importância de atrair novos talentos para o campo da Arqueologia, participou activamente neste evento, promovendo diversas actividades direcionadas aos alunos do ensino secundário.
No átrio principal da Faculdade de Letras, no stand da Licenciatura em Arqueologia, estudantes do primeiro ano fizeram uma primeira abordagem aos alunos interessados.
Sob a orientação da Ana Catarina Sousa, os alunos foram convidados a participar numa aula aberta sobre as Estruturas e Materiais das Antigas Sociedades Camponesas, proporcionando-lhes uma visão fascinante sobre o passado.
Além disso, Catarina Viegas e Elisa Sousa deram uma aula prática de Desenho de Campo e Noções Básicas de Topografia, permitindo que os alunos se familiarizassem com as técnicas utilizadas pelos arqueólogos no terreno.
A UNIARQ, ciente da importância de atrair novos talentos para o campo da Arqueologia, participou activamente neste evento, promovendo diversas actividades direcionadas aos alunos do ensino secundário.
No átrio principal da Faculdade de Letras, no stand da Licenciatura em Arqueologia, estudantes do primeiro ano fizeram uma primeira abordagem aos alunos interessados.
Sob a orientação da Ana Catarina Sousa, os alunos foram convidados a participar numa aula aberta sobre as Estruturas e Materiais das Antigas Sociedades Camponesas, proporcionando-lhes uma visão fascinante sobre o passado.
Além disso, Catarina Viegas e Elisa Sousa deram uma aula prática de Desenho de Campo e Noções Básicas de Topografia, permitindo que os alunos se familiarizassem com as técnicas utilizadas pelos arqueólogos no terreno.
Nos espaços da UNIARQ, os grupos de alunos foram também recebidos e tiveram a oportunidade de visitar as instalações, onde puderam testemunhar em primeira mão o trabalho dos arqueólogos, desde a recuperação até ao estudo meticuloso dos artefactos provenientes das escavações. Destacou-se a participação de Cleia Detry e do mestrando João Monte, que demonstraram o processo de análise zooarqueológica, focando-se na reconstrução de esqueletos descobertos em contextos rituais da Idade do Ferro. O aluno de mestrado João Poiares também partilhou a sua experiência, explicando detalhadamente o seu trabalho de desenho de cerâmica pré-histórica.
Decorreram também visitas livres à colecção de Arqueologia do Museu Nacional de História Natural e da Ciência na Faculdade de Letras, a cargo de Paula Nascimento.
Decorreram também visitas livres à colecção de Arqueologia do Museu Nacional de História Natural e da Ciência na Faculdade de Letras, a cargo de Paula Nascimento.
A UNIARQ esteve ainda, no período da manhã, através de Francisco B. Gomes, a apresentar materiais e modos relacionados com actividade têxtil.
Todas estas atividades foram concebidas com o propósito de proporcionar aos alunos uma visão do que os aguarda num curso de Arqueologia e de lhes oferecer uma perspetiva sobre a profissão de arqueólogo. O Dia Aberto na FLUL não só inspirou os jovens a explorar novos horizontes académicos, mas também plantou as sementes para futuros arqueólogos apaixonados pelo estudo do passado humano. |
Cleia Detry
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2024 – Vila Nova de São Pedro

Celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é, principalmente, dar visibilidade e conhecimento de espaços, locais, edifícios, sítios, entre tantos outros, à sociedade civil. Divulgar para conhecer, mas também para proteger através desse próprio conhecimento. O projecto VNSP3000, de responsabilidade de Mariana Diniz, Andrea Martins, César Neves e José M. Arnaud, tem participado nas várias edições deste evento, celebrado a 18 de Abril, realizando visitas guiadas ao sítio, a estudantes de arqueologia, mas também a tod@s que queiram participar.
Este ano a actividade foi constituída por duas partes: a primeira com a visita ao Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque na Azambuja e, a segunda, com a visita ao povoado calcolítico de Vila Nova de São Pedro.
No museu, os alunos do 1º ano da licenciatura, alunos de mestrado e alunos de doutoramento em Arqueologia, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tiveram contacto com usos e costumes desaparecidos, quase totalmente ausentes do conhecimento das novas gerações, através da visita guiada pela Dr° Carina Pereira, às salas dedicadas às várias profissões.
Na sala de Vila Nova de São Pedro, a visita mostrou, num discurso museográfico contemporâneo, materiais, contextos e historiografia do povoado calcolítico, fazendo assim uma introdução à visita ao povoado.
Já no sítio arqueológico os alunos percorreram os caminhos do 3º milénio, reconhecendo o que já sabiam em teoria, mas compreendendo agora no terreno.
Este ano a actividade foi constituída por duas partes: a primeira com a visita ao Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque na Azambuja e, a segunda, com a visita ao povoado calcolítico de Vila Nova de São Pedro.
No museu, os alunos do 1º ano da licenciatura, alunos de mestrado e alunos de doutoramento em Arqueologia, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tiveram contacto com usos e costumes desaparecidos, quase totalmente ausentes do conhecimento das novas gerações, através da visita guiada pela Dr° Carina Pereira, às salas dedicadas às várias profissões.
Na sala de Vila Nova de São Pedro, a visita mostrou, num discurso museográfico contemporâneo, materiais, contextos e historiografia do povoado calcolítico, fazendo assim uma introdução à visita ao povoado.
Já no sítio arqueológico os alunos percorreram os caminhos do 3º milénio, reconhecendo o que já sabiam em teoria, mas compreendendo agora no terreno.
Em simultâneo realizaram-se visitas guiadas a diversas pessoas que se deslocaram ao povoado.
Trazer pessoas ao sítio é manter o povoado de Vila Nova de São Pedro vivo, e a divulgação permite também a sua conservação.
Agradecemos ao Município da Azambuja a disponibilização do transporte, bem como a tod@s que quiseram connosco celebrar este dia.
Trazer pessoas ao sítio é manter o povoado de Vila Nova de São Pedro vivo, e a divulgação permite também a sua conservação.
Agradecemos ao Município da Azambuja a disponibilização do transporte, bem como a tod@s que quiseram connosco celebrar este dia.
Andrea Martins, Mariana Diniz, César Neves e José M. Arnaud
EuroWeb no Festival da Nova Bauhaus Europeia

A Ação COST EuroWeb – Europe through Textiles esteve representada na segunda edição do Festival da Nova Bauhaus Europeia. Este evento, organizado conjuntamente pela Comissão Europeia e pela Presidência Belga do Conselho da União Europeia, teve lugar entre 9 e 13 de Abril no Parque do Cinquentenário e no Museu de Arte e História, em Bruxelas. Após um processo competitivo de seleção, a EuroWeb foi selecionada para integrar os sessenta projetos destacados na Feira organizada no âmbito deste evento, e considerados representativos dos valores de sustentabilidade, inclusão e criatividade da Nova Bauhaus Europeia.
A representação da Ação foi assegurada pelo investigador da UNIARQ Francisco B. Gomes, na qualidade de Gestor de Comunicação de Ciência da EuroWeb, e por Audrey Gouy, da Universidade de Lille. No seu posto, a EuroWeb propôs aos visitantes uma reflexão sobre o potencial do estudo do Património Têxtil como inspiração para repensar os padrões de produção e consumo de produtos têxteis no presente. Para potenciar esse diálogo, os visitantes foram convidados a conhecer uma série de fibras e corantes naturais historicamente utilizados na produção têxtil, e também a interagir com o Atlas Digital do Património Têxtil Europeu.
No âmbito das cerimónias de abertura do Festival, o posto da EuroWeb foi também selecionado para receber a visita oficial da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acompanhada pela Comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, pela Comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Iliana Ivanova, pelo Primeiro Ministro da Bélgica, Alexander de Croo, e pelo Secretário de Estado Belga para a Recuperação Económica e para os Investimentos Estratégicos, encarregue das Políticas Científicas, Thomas Dermine.
A representação da Ação foi assegurada pelo investigador da UNIARQ Francisco B. Gomes, na qualidade de Gestor de Comunicação de Ciência da EuroWeb, e por Audrey Gouy, da Universidade de Lille. No seu posto, a EuroWeb propôs aos visitantes uma reflexão sobre o potencial do estudo do Património Têxtil como inspiração para repensar os padrões de produção e consumo de produtos têxteis no presente. Para potenciar esse diálogo, os visitantes foram convidados a conhecer uma série de fibras e corantes naturais historicamente utilizados na produção têxtil, e também a interagir com o Atlas Digital do Património Têxtil Europeu.
No âmbito das cerimónias de abertura do Festival, o posto da EuroWeb foi também selecionado para receber a visita oficial da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acompanhada pela Comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, pela Comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Iliana Ivanova, pelo Primeiro Ministro da Bélgica, Alexander de Croo, e pelo Secretário de Estado Belga para a Recuperação Económica e para os Investimentos Estratégicos, encarregue das Políticas Científicas, Thomas Dermine.
Ao longo de quatro dias, entre 10 e 13 de abril, o posto da EuroWeb recebeu aproximadamente 400 visitantes, que mostraram o seu grande interesse em conhecer melhor o trabalho da Ação e em refletir em conjunto sobre os possíveis caminhos para uma indústria têxtil e da moda mais sustentável. A EuroWeb teve também a possibilidade de organizar uma atividade prática sob o lema ‘Natural Fibres and Dyes: Exploring Traditional Materials for a More Sustainable Fashion Industry’, dando oportunidade aos participantes de contatarem com as matérias-primas naturais utilizadas historicamente na produção têxtil e com algumas das técnicas tradicionais utilizadas nessa produção.
O Festival da Nova Bauhaus Europeia constituiu uma ocasião excecional de promoção da Ação e de disseminação do trabalho e dos resultados da EuroWeb, mas também uma plataforma para refletir sobre os novos projetos que seguramente surgirão agora que a Ação se encontra na sua reta final. Estas reflexões serão agora partilhadas e discutidas na Conferência final da EuroWeb, “After EuroWeb. Expanding Horizons in Textile Studies and European Networking”, que decorrerá na Universidade de Varsóvia a 20 e 21 de maio.
O Festival da Nova Bauhaus Europeia constituiu uma ocasião excecional de promoção da Ação e de disseminação do trabalho e dos resultados da EuroWeb, mas também uma plataforma para refletir sobre os novos projetos que seguramente surgirão agora que a Ação se encontra na sua reta final. Estas reflexões serão agora partilhadas e discutidas na Conferência final da EuroWeb, “After EuroWeb. Expanding Horizons in Textile Studies and European Networking”, que decorrerá na Universidade de Varsóvia a 20 e 21 de maio.
Francisco B. Gomes
Pedra sobre pedra III: a dimensão espacial da ARQUEOLit

Desde Abril de 2024 o sílex da litoteca da UNIARQ está no mapa do mundo.
Onde? No sítio web Cartosilex (Figura 1). Desenvolvida por uma equipa de investigadores franceses – Christophe Tufféry, Vincent Delvigne, Paul Fernandes, Céline Bressy-Lénadri, Stephane Renault et Jérémy Garniaux – é uma aplicação cartográfica de consulta de dados georreferenciados para silicitos, produzidos inicialmente pelo grupo francês de investigação dedicado à caracterização e proveniência de sílex (GDR), suportado pelo CNRS e pelo ministério da Cultura, com coordenação por Céline Bressy-Léandri (Ministère de la Culture, UMR TRACES).
A plataforma Cartosilex compila informação harmonizada através de uma metodologia comum de produção e validação, fornecida por diversos colaboradores que actuam em redes de litotecas regionais francesas (PCR’s), integradas e geridas pelo GDR. Os resultados da recente colaboração com este grupo que a ARQUEOLit da Uniarq tem vindo a desenvolver podem agora ser acompanhados também através da Cartosilex.
Onde? No sítio web Cartosilex (Figura 1). Desenvolvida por uma equipa de investigadores franceses – Christophe Tufféry, Vincent Delvigne, Paul Fernandes, Céline Bressy-Lénadri, Stephane Renault et Jérémy Garniaux – é uma aplicação cartográfica de consulta de dados georreferenciados para silicitos, produzidos inicialmente pelo grupo francês de investigação dedicado à caracterização e proveniência de sílex (GDR), suportado pelo CNRS e pelo ministério da Cultura, com coordenação por Céline Bressy-Léandri (Ministère de la Culture, UMR TRACES).
A plataforma Cartosilex compila informação harmonizada através de uma metodologia comum de produção e validação, fornecida por diversos colaboradores que actuam em redes de litotecas regionais francesas (PCR’s), integradas e geridas pelo GDR. Os resultados da recente colaboração com este grupo que a ARQUEOLit da Uniarq tem vindo a desenvolver podem agora ser acompanhados também através da Cartosilex.
O quê? Dados pontuais assinalam a localização dos locais de colecta de amostras, aos quais estão associadas tabelas informativas e uma ligação ao repositório Nakala com acesso a imagens, ao abrigo de uma licença de utilização temporária francesa (Etalab 2.0.). Estes pontos de colecta de silicitos inserem-se em formação geológicas circunscritas por polígonos, também com informação associada. Ainda em modo experimental, os dados portugueses organizam-se em duas camadas: “Points de collecte en dehors de la france” e “Formation_Portugal: Torres Vedras”. Os pontos de colecta “piloto” situam-se na Bacia do rio Sizandro (Torres Vedras), em formações primárias do Mesocenozoico e em formações secundárias do Cenozóico (Figuras 2 e 3). Para cada ponto vai sendo disponibilizada mais informação através da ligação ao repositório Nakala, em constante actualização (exemplos nas Figuras 4 e 5).
Como? Nas diversas etapas de construção de uma litoteca, desde a recolha de amostras, passando pela georreferenciação, descrição, caracterização (petrográfica, físico-química,…), até à catalogação e alocação da colecção a última é, em teoria e finalmente, a disponibilização à comunidade de toda a informação coligida e normalizada. No caso da litoteca da UNIARQ, o compromisso assumido para com os princípios FAIR(1) traduz-se na divulgação da informação à medida que vão sendo concluídas as várias fases, através de um processo de construção partilhada, ainda que todo o processo não esteja finalizado.
A ARQUEOLit conta com colecções de silicitos a nível regional, no contexto da Bacia Lusitânica, que adquirem agora uma nova dimensão espacial de âmbito global.
A ARQUEOLit conta com colecções de silicitos a nível regional, no contexto da Bacia Lusitânica, que adquirem agora uma nova dimensão espacial de âmbito global.
(1) Findable (localizáveis), Accessible (acessíveis), Interoperable (interoperáveis), Reusable (reutilizáveis).
Patrícia Jordão
"Suzanne Daveau" na Faculdade de Letras de Lisboa

No dia 12 de Abril, a UNIARQ-FLUL promoveu a projecção do documentário Suzanne Daveau de Luísa Homem. Este filme realizado em 2019 pela produtora Terra Treme tem já um extenso percurso por inúmeros festivais em Portugal, Brasil, Equador, Grécia, Países Baixos, Chile, Estados Unidos da América, República Checa, Espanha, Argentina, Indonésia, Bangladesh, Alemanha e distinguido com a selecção de Cannes em 2019.
Finalmente foi possível trazer Suzanne Daveau (o documentário) para a casa onde leccionou como Professora Catedrática convidada entre 1970 e 1993. O próprio edifício da Faculdade de Letras de Lisboa surge no filme como um dos cenários de referência do percurso de vida e obra de Suzanne Daveau: de França ao Senegal e finalmente a Portugal, onde chegou em 1965 com Orlando Ribeiro (n. 1911-f. 1997).
Partindo de um extraordinário acervo de fotografias de Suzanne Daveau e Orlando Ribeiro, este documentário é simultaneamente de índole biográfica e científica. Da cidade de Paris natal (13 de Julho de 1925), às florestas de Fontainebleau e paisagens glaciares dos Alpes (montanhas do Jura) que viriam a ser estudadas no seu doutoramento (1957), até ao Senegal onde leccionou na Universidade de Dakar, a Geografia da Professora Suzanne conheceu uma inflexão para Portugal quando encontra Orlando Ribeiro aos 35 anos. Intitulado exclusivamente como Suzanne Daveau, a figura de Orlando Ribeiro surge aqui profusamente retratada de forma intimista.
A projecção do filme contou com o comentário de Ana Ramos Pereira, professora catedrática aposentada do IGOT e antiga orientanda de Suzanne Daveau. Para além da contextualização da vida e obra de S. Daveau, Ana Ramos Pereira trouxe também ao Anfiteatro III a sua dimensão de professora, tendo marcado indelevelmente uma geração de geógrafos e arqueólogos.
Perante uma audiência constituída por professores da FLUL, investigadores da UNIARQ e estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento de Arqueologia e História, foi largamente discutida a importância da obra de Suzanne Daveau na arqueologia portuguesa. A própria Suzanne refere-se no documentário ser talvez mais citada actualmente em Arqueologia e História do que nas ciências geográficas!
Finalmente foi possível trazer Suzanne Daveau (o documentário) para a casa onde leccionou como Professora Catedrática convidada entre 1970 e 1993. O próprio edifício da Faculdade de Letras de Lisboa surge no filme como um dos cenários de referência do percurso de vida e obra de Suzanne Daveau: de França ao Senegal e finalmente a Portugal, onde chegou em 1965 com Orlando Ribeiro (n. 1911-f. 1997).
Partindo de um extraordinário acervo de fotografias de Suzanne Daveau e Orlando Ribeiro, este documentário é simultaneamente de índole biográfica e científica. Da cidade de Paris natal (13 de Julho de 1925), às florestas de Fontainebleau e paisagens glaciares dos Alpes (montanhas do Jura) que viriam a ser estudadas no seu doutoramento (1957), até ao Senegal onde leccionou na Universidade de Dakar, a Geografia da Professora Suzanne conheceu uma inflexão para Portugal quando encontra Orlando Ribeiro aos 35 anos. Intitulado exclusivamente como Suzanne Daveau, a figura de Orlando Ribeiro surge aqui profusamente retratada de forma intimista.
A projecção do filme contou com o comentário de Ana Ramos Pereira, professora catedrática aposentada do IGOT e antiga orientanda de Suzanne Daveau. Para além da contextualização da vida e obra de S. Daveau, Ana Ramos Pereira trouxe também ao Anfiteatro III a sua dimensão de professora, tendo marcado indelevelmente uma geração de geógrafos e arqueólogos.
Perante uma audiência constituída por professores da FLUL, investigadores da UNIARQ e estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento de Arqueologia e História, foi largamente discutida a importância da obra de Suzanne Daveau na arqueologia portuguesa. A própria Suzanne refere-se no documentário ser talvez mais citada actualmente em Arqueologia e História do que nas ciências geográficas!

Naturalmente que a vasta obra de Suzanne Daveau deixou enorme impacto na Geografia portuguesa, trazendo novas abordagens e metodologias, construindo com Orlando Ribeiro os fundamentos de uma moderna Geografia em Portugal. Numa plateia constituída por arqueólogos, o foco foi direccionado para a relação de Espaço e Tempo, da Geografia Histórica. Neste contexto, referimos o papel de Victor S. Gonçalves na ponte entre Geografia e Arqueologia na Faculdade de Letras de Lisboa. Aluno de Orlando Ribeiro, estabelece com Suzanne Daveau uma relação privilegiada:
“Neste espaço, e no horizonte humano peculiar da Faculdade de Letras de Lisboa, Suzanne Daveau surge com a solidez de um sinclinal, desloca-se cientificamente como uma moreia, não deixando fendas no caminho, e a sua contribuição para a Arqueologia advém afinal de uma leitura integrada da paisagem, do reconhecimento implícito da indispensabilidade dos olhares múltiplos e também, por que não dizê-lo, da infinita curiosidade que o espaço e o tempo lhe provocam." (Gonçalves, 1997).
O convite que Victor Gonçalves endereçou a Suzanne Daveau para colaborar no nº 2 da recém-criada revista Clio, levou à publicação de um dos textos de referência para a Arqueologia pré-histórica portuguesa: Espaço e tempo. Evolução do ambiente geográfico de Portugal ao longo dos tempos pré-históricos (Daveau, 1980) mantém ainda a actualidade e relevância até aos dias de hoje. Também o programa de investigação que Victor S. Gonçalves e Suzanne Daveau iniciam em Coruche em 1983, o projecto ANSOR (Antropização do Vale do Sorraia) se mantém em actividade, já na sua 4º edição.
No seu comentário ao filme, Ana Ramos Pereira começou por dizer que este filme é uma História de amor, a Orlando Ribeiro, à Geografia e à Ciência. No ano em que Suzanne Daveau fará 99 anos, recuperamos uma das frases que mostra a forma como vive e pensa, gratos pelo seu contributo para a Arqueologia:
“Não há ciência, nem progresso no conhecimento, sem amor, sem paixão, sem identificação, mesmo quando se trata de um tema aparentemente desprovido de vida, como a evolução de uma vertente ou a génese de um aguaceiro. Pode-se, talvez, aplicar rotineiramente uma técnica com pura objectividade, não se pode com certeza, descobrir algo de novo sem que o investigador se implique por completo no tema que tenta elucidar.” (Suzanne Daveau, 2019)
“Neste espaço, e no horizonte humano peculiar da Faculdade de Letras de Lisboa, Suzanne Daveau surge com a solidez de um sinclinal, desloca-se cientificamente como uma moreia, não deixando fendas no caminho, e a sua contribuição para a Arqueologia advém afinal de uma leitura integrada da paisagem, do reconhecimento implícito da indispensabilidade dos olhares múltiplos e também, por que não dizê-lo, da infinita curiosidade que o espaço e o tempo lhe provocam." (Gonçalves, 1997).
O convite que Victor Gonçalves endereçou a Suzanne Daveau para colaborar no nº 2 da recém-criada revista Clio, levou à publicação de um dos textos de referência para a Arqueologia pré-histórica portuguesa: Espaço e tempo. Evolução do ambiente geográfico de Portugal ao longo dos tempos pré-históricos (Daveau, 1980) mantém ainda a actualidade e relevância até aos dias de hoje. Também o programa de investigação que Victor S. Gonçalves e Suzanne Daveau iniciam em Coruche em 1983, o projecto ANSOR (Antropização do Vale do Sorraia) se mantém em actividade, já na sua 4º edição.
No seu comentário ao filme, Ana Ramos Pereira começou por dizer que este filme é uma História de amor, a Orlando Ribeiro, à Geografia e à Ciência. No ano em que Suzanne Daveau fará 99 anos, recuperamos uma das frases que mostra a forma como vive e pensa, gratos pelo seu contributo para a Arqueologia:
“Não há ciência, nem progresso no conhecimento, sem amor, sem paixão, sem identificação, mesmo quando se trata de um tema aparentemente desprovido de vida, como a evolução de uma vertente ou a génese de um aguaceiro. Pode-se, talvez, aplicar rotineiramente uma técnica com pura objectividade, não se pode com certeza, descobrir algo de novo sem que o investigador se implique por completo no tema que tenta elucidar.” (Suzanne Daveau, 2019)
Bibliografia:
DAVEAU, S. (1980), "Espaço e tempo. Evolução do ambiente geográfico de Portugal ao longo dos tempos pré-históricos, Clio. Revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, vol. 2: 13-37.
https://repositorio.ul.pt/handle/10451/39597
GONÇALVES, V. S. (1997), Suzanne Daveau e a Arqueologia: Tempo e Espaço. Finisterra. Revista Portuguesa de Geografia. XXII – 63. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos. p. 71-80.
https://www.researchgate.net/publication/28181379_Suzanne_Daveau_e_a_Arqueologia_tempo_e_espaco
DAVEAU, S. (1980), "Espaço e tempo. Evolução do ambiente geográfico de Portugal ao longo dos tempos pré-históricos, Clio. Revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, vol. 2: 13-37.
https://repositorio.ul.pt/handle/10451/39597
GONÇALVES, V. S. (1997), Suzanne Daveau e a Arqueologia: Tempo e Espaço. Finisterra. Revista Portuguesa de Geografia. XXII – 63. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos. p. 71-80.
https://www.researchgate.net/publication/28181379_Suzanne_Daveau_e_a_Arqueologia_tempo_e_espaco
Ana Catarina Sousa
PZAF 2026 (Postgraduate Zooarchaeology Forum) será em Lisboa

Após 10 encontros passados em vários pontos da Europa, sendo o último em Zagreb (Croácia), no qual participámos, chegou a vez do PZAF (Postgraduate Zooarchaeology Forum) ser realizado em Lisboa, tendo sido esta a escolha dos últimos anfitriões de entre as demais candidaturas recebidas.
É com grande honra que anunciamos que a próxima conferência será realizada entre os dias 16 e 19 de Junho de 2026 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com o apoio da UNIARQ.
Fundado por Richard Madgwick (Universidade de Cardiff) em 2009, o PZAF oferece a oportunidade para jovens investigadores apresentarem os seus novos projetos num ambiente informal e descontraído, sendo que para muitos estudantes e investigadores em início de carreira, o PZAF representa a sua primeira experiência de interação, troca de informações e aprendizagem, promove o networking académico entre a comunidade mais ampla de futuros zooarqueólogos.
O PZAF é uma conferência organizada por e para estudantes e profissionais em início de carreira na área da zooarqueologia. Serão aceites propostas de trabalhos e posters sobre qualquer tema relacionado com a zooarqueologia. Mais detalhes serão disponibilizados em breve.
A comissão organizadora pode ser contactada por e-mail para [email protected].
A Comissão Organizadora (Patrícia Aleixo, Ana Beatriz Santos, Cátia Delicado e Miguel Rodrigues)
Trabalhos de campo do Seminário de Arqueologia do Território (Mestrado de Arqueologia): investigação e formação avançada
A investigação e a formação são duas componentes complementares, especialmente nos estudos pós-graduados, concretizando-se não apenas nas campanhas de verão, mas também durante as actividades lectivas.
No âmbito do Mestrado de Arqueologia foi organizado um plano de aulas práticas de campo em articulação com projectos de investigação em curso na UNIARQ. Esta iniciativa teve como objectivo aprofundar os conhecimentos de georreferenciação e de métodos de prospecção.
A turma de Seminário de Arqueologia do Território, leccionada por Ana Catarina Sousa, é composta por 27 mestrandos que participaram em trabalhos de campo em Mafra, Torres Vedras e Alcobaça, em Projectos de Investigação Plurianual de Arqueologia (PIPA) actualmente em curso.
No âmbito do Mestrado de Arqueologia foi organizado um plano de aulas práticas de campo em articulação com projectos de investigação em curso na UNIARQ. Esta iniciativa teve como objectivo aprofundar os conhecimentos de georreferenciação e de métodos de prospecção.
A turma de Seminário de Arqueologia do Território, leccionada por Ana Catarina Sousa, é composta por 27 mestrandos que participaram em trabalhos de campo em Mafra, Torres Vedras e Alcobaça, em Projectos de Investigação Plurianual de Arqueologia (PIPA) actualmente em curso.
O projecto PATM (Paisagens Antigas da Tapada de Mafra: carta arqueológica e caracterização paleoambiental) enquadra-se no plano de investigação associado ao Real Edifício de Mafra, património cultural inscrito na Lista do Património Mundial pela UNESCO desde 2019. Desenvolvido desde 2023 sob direcção científica de Ana Catarina Sousa, é promovido pela Câmara Municipal de Mafra e pela UNIARQ, com os parceiros da Unidade de Cooperação do Real Edifício de Mafra (Tapada Nacional de Mafra, Escola das Armas, Palácio Nacional de Mafra, Paróquia de Mafra). Durante a primeira semana de Abril foram realizadas prospecções em vários sítios já identificados em 2023 tendo em vista à sua caracterização. Os trabalhos de campo tiveram a colaboração da Área de Arqueologia da Câmara Municipal de Mafra (Marta Miranda e Carlos Costa) e das entidades que tutelam o território (Tapada Nacional de Mafra e Escola das Armas).
O projecto As práticas funerárias neolíticas e calcolíticas em grutas naturais da Estremadura Portuguesa insere-se no programa de doutoramento de Daniel van Calker (Bolsa FCT 2021.07362.BD). Os trabalhos de campo centraram-se no concelho de Torres Vedras, uma das áreas de estudo de caso do referido projecto. As várias saídas de campo tiveram como objectivo a relocalização de grutas, mas também de outras necrópoles do concelho de Torres Vedras. Foi igualmente realizado o levantamento tridimensional destes espaços da morte através da detecção LiDAR. Os trabalhos contaram com a colaboração de arqueólogos da Câmara Municipal de Torres Vedras (Isabel Luna e Francisco Madeira Lopes) e permitiram revisitar um importante conjunto de sepulcros com trabalhos muito antigos.
Finalmente, o projecto O Calcário, o Rio e a Morte. A ocupação funerária do vale do Carvalhal de Aljubarrota (Carvalhal, Alcobaça) durante o 4º e o 3º milénio (Bolsa FCT 2020.05503.BD) insere-se no programa de doutoramento de Cátia Delicado. Após a campanha de prospecção desenvolvida em 2022, os trabalhos de campo visaram a relocalização e levantamento pontual de algumas das cavidades.
Com diferentes paisagens e tipos de ocupação, cada um dos projectos tem distintos objectivos e metodologias, que os mestrandos puderam conhecer e aplicar. Esta iniciativa permitiu não apenas a formação dos mestrandos, mas também o desenvolvimento destes três projectos de investigação. Os trabalhos de campo continuam no verão... |
Ana Catarina Sousa, Daniel van Calker e Cátia Delicado
25 de Abril de 1974 e a Arqueologia Portuguesa – Encontro na Associação dos Arqueólogos Portugueses

Teve lugar no dia 20 de Abril, o Colóquio intitulado “Arqueologia em Portugal - antes e depois do 25 de Abril de 1974”, organizado pela Associação dos Arqueólogos Portugueses, o qual teve a participação de diversos investigadores da UNIARQ.
Este colóquio, integrado nas comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril de 1974, pretendeu juntar arqueólog@s de diversas gerações, fazendo uma retrospetiva da Arqueologia em Portugal em Portugal, antes do 25 de Abril, bem como das alterações e mudanças que o Dia da Liberdade trouxe. Com algumas intervenções de âmbito mais pessoal, foram ouvidos testemunhos e histórias de situações e momentos, que devido ao seu carácter intimista, não figuram nos (ainda escassos) textos historiográficos que abordam este período revolucionário.
O antes foi recordado nas instituições, associações, meio académico e museus, referindo os diversos investigadores as mudanças trazidas a curto e médio prazo pela alteração de regime. Se em alguns casos houve uma ruptura com instituições, paradigmas e conceitos, noutros verificou-se uma continuidade, por vezes camuflada de ideais de Abril, permanecendo, no entanto, velhos vícios e costumes.
Este colóquio, integrado nas comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril de 1974, pretendeu juntar arqueólog@s de diversas gerações, fazendo uma retrospetiva da Arqueologia em Portugal em Portugal, antes do 25 de Abril, bem como das alterações e mudanças que o Dia da Liberdade trouxe. Com algumas intervenções de âmbito mais pessoal, foram ouvidos testemunhos e histórias de situações e momentos, que devido ao seu carácter intimista, não figuram nos (ainda escassos) textos historiográficos que abordam este período revolucionário.
O antes foi recordado nas instituições, associações, meio académico e museus, referindo os diversos investigadores as mudanças trazidas a curto e médio prazo pela alteração de regime. Se em alguns casos houve uma ruptura com instituições, paradigmas e conceitos, noutros verificou-se uma continuidade, por vezes camuflada de ideais de Abril, permanecendo, no entanto, velhos vícios e costumes.
Dividido em 6 blocos temáticos, o colóquio teve início com o lançamento da obra -“Primeiro Plenário dos Arqueólogos Portugueses - 29 de Junho 1974”, publicação fac-símile, coordenada pela investigadora da UNIARQ Andrea Martins, correspondente à acta deste primeiro plenário. Esta acta foi efectuada pelo arqueólogo Henrique Leonor de Pina, que pormenorizadamente relatou todas as intervenções dos numerosos arqueólogos presentes, sendo notórias as emoções e momentos de maior exaltação que reuniões, até então escassas e controladas, provocariam neste período de revolução. Este documento será, certamente, imprescindível para a construção da historiografia arqueológica nacional contemporânea.
Os investigadores da UNIARQ intervieram em três blocos temáticos: Jacinta Bugalhão com uma intervenção historiográfica e de análise do enquadramento institucional; Mariana Diniz, que partindo da sua própria experiência como filha de Abril, abordou o ensino e a investigação arqueológica no pós-25 de Abril; e, no último painel, João Zilhão falou sobre os desafios para o futuro da arqueologia, lançando ideias para os próximos 50 anos. Este Colóquio ficará disponível online, no site da Associação dos Arqueólogos Portugueses, constituindo-se um documento, que tal como “O Primeiro Plenário dos Arqueólogos Portugueses”, poderá ser analisado e estudado pelas futuras gerações de arqueólog@s. |
Andrea Martins e Mariana Diniz
INVESTIGAÇÃO NA UNIARQ
Carine de Souza - Bolseira de Doutoramento FCT/UNIARQ/MNA (2022.13807.BDANA)
PRR no Museu Nacional de Arqueologia: o lugar da Pré-história na construção crítica do novo discurso museológico do MNA

Considerada uma instituição de referência em Arqueologia, em Portugal, o Museu Nacional de Arqueologia (MNA) encontra-se em fase de profunda reformulação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Com 130 anos de legado, desde a sua fundação por José Leite de Vasconcelos, esta representa a mais significativa reestruturação na trajetória do museu, abrangendo não apenas a renovação das instalações e das exposições, como também uma atualização conceptual. Pretende-se, assim, que o MNA esteja mais alinhado com a realidade e com os paradigmas que se impõem aos Museus Nacionais no século XXI.
Neste sentido, considerando que museus são espaços privilegiados para a divulgação e a reflexão sobre o passado humano e sua memória social, e que o Museu Nacional de Arqueologia detém o maior acervo arqueológico do país, o estudo em questão tem a oportunidade de investigar no terreno as especificidades da comunicação de bens arqueológicos da Pré-história recente e os futuros rumos da Museologia de âmbito arqueológico, em Portugal. Neste contexto, visa a seleção de temáticas e materiais que devem ser patentes nos discursos museológicos sobre as comunidades humanas da Pré-história recente no MNA, a análise da integração equilibrada das novas tecnologias nos museus de Arqueologia, e a reflexão sobre os mecanismos e processos associados ao desenvolvimento de exposições que assegurem a ressonância e a fruição do património arqueológico pelo público.
Neste sentido, considerando que museus são espaços privilegiados para a divulgação e a reflexão sobre o passado humano e sua memória social, e que o Museu Nacional de Arqueologia detém o maior acervo arqueológico do país, o estudo em questão tem a oportunidade de investigar no terreno as especificidades da comunicação de bens arqueológicos da Pré-história recente e os futuros rumos da Museologia de âmbito arqueológico, em Portugal. Neste contexto, visa a seleção de temáticas e materiais que devem ser patentes nos discursos museológicos sobre as comunidades humanas da Pré-história recente no MNA, a análise da integração equilibrada das novas tecnologias nos museus de Arqueologia, e a reflexão sobre os mecanismos e processos associados ao desenvolvimento de exposições que assegurem a ressonância e a fruição do património arqueológico pelo público.

O estudo já contribuiu ativamente para a elaboração do Programa Museológico, documento de planeamento estratégico até então inexistente na instituição. Procurou também definir uma metodologia relativamente à estruturação dos processos de desenvolvimento de narrativas e conceção da vertente interpretativa das exposições, a partir do estudo de caso de uma estação arqueológica de grande relevância para a Pré-história, em Portugal. Atualmente, colabora na elaboração de um Programa Museográfico, fundamentado nos princípios estipulados no novo Programa Museológico, cujo objetivo assenta no desenvolvimento de exposições acessíveis, interativas e envolventes, sobretudo para a Pré-história recente.
Dado que a investigação está inserida no contexto do Doutoramento em ambiente não académico, recentemente criado pela FCT, com o MNA como instituição de acolhimento e a UNIARQ como instituição académica, o estudo está a ser desenvolvido de forma mais direcionada às oportunidades e aos desafios que surgem ao longo do processo de renovação. Esta é, sem dúvidas, uma oportunidade gratificante de acompanhar de perto este momento simbólico de desconstrução do MNA tal como conhecemos e reconstrução de um MNA para o futuro, conforme almejamos.
O projeto de investigação é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), sob orientação de Mariana Diniz (UNIARQ/FLUL) e António Carvalho (MNA/UNIARQ/FLUL).
Dado que a investigação está inserida no contexto do Doutoramento em ambiente não académico, recentemente criado pela FCT, com o MNA como instituição de acolhimento e a UNIARQ como instituição académica, o estudo está a ser desenvolvido de forma mais direcionada às oportunidades e aos desafios que surgem ao longo do processo de renovação. Esta é, sem dúvidas, uma oportunidade gratificante de acompanhar de perto este momento simbólico de desconstrução do MNA tal como conhecemos e reconstrução de um MNA para o futuro, conforme almejamos.
O projeto de investigação é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), sob orientação de Mariana Diniz (UNIARQ/FLUL) e António Carvalho (MNA/UNIARQ/FLUL).
PROTOCOLOS E PARCERIAS
Protocolo de Colaboração CCDR-LVT - FLUL/UNIARQ - ADFLUL

Foi assinado, no passado dia 23 de Abril, um Contrato de Cooperação entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), e a Associação para o Desenvolvimento da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (ADFLUL), que tem a UNIARQ como principal destinatária.
Esta Cooperação, como outras que a Universidade promove a partir das suas Faculdades e dos seus Centros de Investigação tem como objectivo fundamental o estabelecimento de sinergias entre estas instituições com diferentes responsabilidades na área da Arqueologia, mas cujas missões especificas permitem acções conjuntas. A colaboração com a CCDR-LVT prevê que, para além da cooperação a curto prazo, acções futuras de divulgação e promoção da Arqueologia possam ser assumidas em conjunto, tendo em vista aumentar a consciência pública e académica sobre a importância da investigação, fruição e conservação do património arqueológico.
Esta Cooperação, como outras que a Universidade promove a partir das suas Faculdades e dos seus Centros de Investigação tem como objectivo fundamental o estabelecimento de sinergias entre estas instituições com diferentes responsabilidades na área da Arqueologia, mas cujas missões especificas permitem acções conjuntas. A colaboração com a CCDR-LVT prevê que, para além da cooperação a curto prazo, acções futuras de divulgação e promoção da Arqueologia possam ser assumidas em conjunto, tendo em vista aumentar a consciência pública e académica sobre a importância da investigação, fruição e conservação do património arqueológico.
Mariana Diniz
AGENDA
Congreso Colombiano de Arqueología 2024
Arqueología, Comunidades, Territorio 2 a 4 de Maio Universidad del Magdalena, Santa Marta, Colômbia Mais informação AQUI |
Mesa Redonda
Catástrofes, Conflitos e Atentados ao Património Cultural 4 de Maio Castelo de Leiria Inscrições: [email protected] |
VII Jornadas de Arqueologia Pré e Proto-histórica da FLUC
8 de Maio Instituto de Arqueologia | Coimbra Programa AQUI |
Conferência
Portugal na Idade do Gelo: do sistema do Almonda à Gruta do Caldeirão, passando pela Furninha por João Zilhão 10 de Maio | 21h Auditório Municipal de Peniche |
Diálogos no 3.º Milénio
Organização e Complexidade Social no 3.º Milénio 10 e 11 de Maio Faculdade de Letras do Porto / Recinto de Castanheiro do Vento Entrada Livre Mais informação AQUI |
Conferência
Dieta Neandertal na Serra da Arrábida e no Ocidente da Península Ibérica por Mariana Nabais 11 de Maio Casa da Baía, Setúbal |
Encontro de Arqueologia:
últimas descobertas arqueológicas em Alcácer do Sal 11 de Maio | Auditório Municipal de Alcácer do Sal Entrada Gratuita Programa completo AQUI |
III Jornadas de Arqueologia da FLUL
13 e 14 de Maio Faculdade de Letras de Lisboa Programa brevemente |
VII Congresso Internacional
Sociedad de Estudios de la Cerámica Antigua en Hispania (SECAH) 15 a 18 de Maio FLUL e FCSH-UNL Mais informação AQUI |
Congresso Feminista e de Educação
100 anos depois: Mulheres, Direitos e Cidadania na Construção das Sociedades Democráticas 16 e 17 de Maio NOVA FCSH, Campus de Campolide | Lisboa Mais informação AQUI |
Conferência
After EuroWeb: Expanding Horizons in Textile Studies and European Networking 20 e 21 de Maio Universidade de Varsóvia Polónia Mais informações AQUI |
Colóquio Internacional
O povoado pré-histórico de Leceia e o seu enquadramento no Calcolítico do sul peninsular 24 de Maio | Templo da Poesia, Parque dos Poetas (Oeiras) Inscrições obrigatórias e gratuitas até 14 de Maio para [email protected] |
Participações em Congressos, Colóquios e Conferências
VII Congresso Internacional "O Camiño do Medievalista: Chronicon mundi"
«O morro da cidade de Viseu antes da Sé: os materiais arqueológicos da Rua das Ameias/Praça D. Duarte» comunicação de Catarina Meira 3 a 5 de Abril | Santiago de Compostela (Espanha) Disciplina "Sociedades de Caçadores Recolectores da Península Ibérica"
(Licenciatura em Arqueologia FLUL) «Dieta Neandertal na Fachada Atlântica Ibérica» Aula Aberta/Conferência de Mariana Nabais 4 de Abril | Faculdade de Letras de Lisboa Assembleia de Investigadores INEP
«Ecologias da Liberdade: Materialidades da Escravidão e Pós-emancipação no Mundo Atlântico. Um projeto em curso em Portugal e na Guiné-Bissau» Conferência de Rui Gomes Coelho 9 de Abril | INEP ICAZ: 4th Roman Period Workgroup Meeting
«Faunal remains from the house of the Amphiteatre in Mérida (Spain): more news from the capital of Lusitania» Comunicação de Cleia Detry, Macarena Bustamante-Álvarez e Ana Bejarano 9 a 12 de Abril | Belgrado (Sérvia) "Society of American Archaeology 89th Annual Meeting"
Participação de Marianne Sallum e Francisco Noelli 17 a 21 de Abril | New Orleans (EUA) |
Congresso "EPoCH 2024. Emerging Perspectives on Conservation and Heritage"
«Tear down this wall! Technology cannot make up for decision procrastination» Comunicação de Thierry Aubry, Miguel Almeida, Luis Luis e Sara Casado Aliácar 18 a 20 de Abril | Universidade Católica do Porto Jornadas de Difusión del Patrimonio Histórico de Granada "Villavieja (Algarinejo) y los primeros assentamientos amurallados de la Prehistoria de la Península Ibérica"
Participação de João Luis Cardoso, Ana Catarina Sousa, Luis Rendeiro e André Texugo 19 e 20 de Abril | Granada (Espanha) Colóquio "A Arqueologia em Portugal antes e depois do 25 de Abril"
Participação de Jacinta Bugalhão, João Zilhão e Mariana Diniz 20 de Abril | Museu Arqueológico do Carmo, Lisboa Disciplina "Sociedades de Caçadores Recolectores da Península Ibérica"
(Licenciatura em Arqueologia FLUL) «O sítio de ar livre da Portela 2 (Leiria) e a transição Gravetense-Solutrense na Península Ibérica» Aula Aberta/Conferência de Cristina Gameiro 23 de Abril | Faculdade de Letras de Lisboa Arqueologia em Construção 9 (2024): Sessão 3
Participação de Íris Dias e Alexandre Sarrazola 24 de Abril | Faculdade de Letras de Lisboa |
Publicações em Acesso Aberto no Repositório da UL
Allentoft, M. E., Sikora, M., Refoyo-Martinez, [...], Silva, A. M., [...], Zilhão, J., [...] (2024). Population genomics of post-glacial western Eurasia. Nature, 625(7994) 301-311. doi: 10.1038/s41586-023-06865-0
hdl.handle.net/10451/64290 Angelucci, D. E., Nabais, M., & Zilhao, J. (2023). Formation processes, fire use, and patterns of human occupation across the Middle Palaeolithic (MIS 5a-5b) of Gruta da Oliveira (Almonda karst system, Torres Novas, Portugal). PLoS One, 18(10) e0292075. doi: 10.1371/journal.pone.0292075
hdl.handle.net/10451/64335 Arruda, A. M. (2022). [Recensão] Clementina Caputo, Julia Lougovaya (edd.), Using ostraca in the ancient world: new discoveries and methodologies, Berlin / Boston, De Gruyter, 2020 (Materiale Textkulturen, 32). VI + 245 pp. ISBN 978-3-11-071286-5, e-ISBN (PDF) 978-3-11-071295-7, e-ISBN (EPUB) 978-3-11-071295-7. in Euphrosyne, 50 362-365. doi: 10.1484/J.EUPHR.5.132025
hdl.handle.net/10451/64185 Audiard, B., Villaverde, V., Zilhao, J., Zapata, J., Angelucci, D., Real, C., Roman, D., & Badal, E. (2024). Environmental changes in eastern Iberia during the Solutrean: Contribution of isotopic analysis (δ13C) of charcoal from l'Abrigo de la Boja and la Cova de les Cendres. Review of Palaeobotany and Palynology, 322 105047. doi: 10.1016/j.revpalbo.2023.105047
hdl.handle.net/10451/64293 Campos, R., Miranda, M., Costa, C. M. e., & Delicado, C. (2023). Em busca de um passado romano: as "cupae" de Mafra. [In Search of a Roman Past: The Cupae from Mafra]. Boletim Cultural da Câmara Municipal de Mafra, 2022-2023 351-379.
hdl.handle.net/10451/64215 Carvalho, A. F., Fernández-Domínguez, E., Arroyo-Pardo, E., Robinson, C., Cardoso, J. L., Zilhão, J., & Gomes, M. V. (2023). Hunter-gatherer genetic persistence at the onset of megalithism in western Iberia: New mitochondrial evidence from Mesolithic and Neolithic necropolises in central-southern Portugal. Quaternary International, 677-678 111-120. doi: 10.1016/j.quaint.2023.03.015
hdl.handle.net/10451/64339 Cunha-Ribeiro, J. P. (2022). O Paleolítico Inferior em Portugal no final do século XX: balanço das investigações e novos desafios. Arqueologia & História, 54 13-24.
hdl.handle.net/10451/64191 d'Errico, F., Doyon, L., Zilhão, J., & Baker, J. (2024). Tooth in the spotlight: exploring the integration of archaeological and genetic data to build multidisciplinary narratives of the Past. [Une dent sous les feux de la rampe : explorer l’intégration des données archéologiques et génétiques pour construire des récits multidisciplinaires du passé.]. Comptes Rendus Palevol, 23(2) 31-43. doi: 10.5852/cr-palevol2024v23a2
hdl.handle.net/10451/64297 Ferreira, C., Cunha-Ribeiro, J. P., & Méndez-Quintas, E. (2023). Os bifaces da estação paleolítica do Casal do Azemel (Leiria, Portugal): uma (re)interpretação. [The Acheulean handaxes from Casal do Azemel (Leiria, Portugal): a new perspective ]. OPHIUSSA. Revista do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, 7 5-29. doi: 10.51679/ophiussa.2023.136
hdl.handle.net/10451/64224 |
Ferreira, C., Cunha-Ribeiro, J. P., & Méndez-Quintas, E. (2023). Revisitando a estação paleolítica do Cabeço da Mina (Muge, Portugal): análise tecno-tipológica dos Large Cutting Tools da coleção do Museu Geológico. [Revisiting the Palaeolithic Site of Cabeço da Mina (Muge, Portugal): Techno-Typological Study of the Large Cutting Tools from the Geological Museum Collection]. Estudos do Quaternário / Quaternary Studies(23) 46-65. doi: 10.30893/eq.v0i23.216
hdl.handle.net/10451/64219 Hoffmann, D. L., García-Diez, M., Zilhão, J., Standish, C. D., Pettitt, P., Milton, A., Cantalejo-Duarte, P., Muñoz, J. R., Weniger, G. C., & Pike, A. W. G. (2023). Datación numérica por la serie de uranio del arte rupestre del estilo paleolítico de la Cueva de Ardales. In J. Ramos-Muñoz & G. C. Weniger (Eds.), Las sociedades prehistóricas (del Paleolítico medio al Neolítico final) en la Cueva de Ardales y Sima de las Palomas de Teba (Málaga, España). Estudio geoarqueológico, cronológico y medioambiental (pp. 255-274). Cádiz: Universidad de Cádiz.
hdl.handle.net/10451/64277 Linscott, B., Pike, A. W. G., Angelucci, D. E., Cooper, M. J., Milton, J. S., Matias, H., & Zilhao, J. (2023). Reconstructing Middle and Upper Paleolithic human mobility in Portuguese Estremadura through laser ablation strontium isotope analysis. Proc Natl Acad Sci U S A, 120(20) e2204501120. doi: 10.1073/pnas.2204501120
hdl.handle.net/10451/64337 Nabais, M., Dupont, C., & Zilhão, J. (2023). The exploitation of crabs by Last Interglacial Iberian Neanderthals: The evidence from Gruta da Figueira Brava (Portugal). Frontiers in Environmental Archaeology, 2. doi: 10.3389/fearc.2023.1097815
hdl.handle.net/10451/64340 Sousa, A. C., & Miranda, M. (2023). As mais antigas cerâmicas do território de Mafra (6.º a 5.º Milénio a.n.e.): Os dados disponíveis. [The Oldest Ceramics from the Territory of Mafra (6th to 5th Millennium B.E.I.): The Available Data]. Boletim Cultural da Câmara Municipal de Mafra, 2022-2023 17-61.
hdl.handle.net/10451/64185 Zilhão, J. (2023). Um artista do Côa. In Dalila Correia & André Tomás Santos (Eds.), Por este rio acima: A arte pré e proto-histórica do Vale do Côa. Estudos em homenagem a António Fernando Barbosa (pp. 9-11). Vila Nova de Foz Côa: Côa Parque, Fundação para a Salvagurada e Valorização do Vale do Côa.
hdl.handle.net/10451/64278 Zilhão, J. (2024). The Palaeolithic archaeology of the Almonda karst system (Portugal): a window into half-a-million years of western Iberian prehistory. In T. Uthmeier & A. Maier (Eds.), STONE AGE. Studying Technologies of Non-analogous Environments and Glacial Ecosystems. Papers in Honor of Jürgen Richter (pp. 117-134). Bona: Dr. Rudolf Habelt GmbH.
hdl.handle.net/10451/64157 Zilhão, J., & Hoffmann, D. L. (2023). 26 Höhlen, 500 Proben. Neandertalerkunst auf der Spur. Archäologie in Deutschland(28) 53-63.
hdl.handle.net/10451/64404 |
Provas Académicas
Tese de Mestrado "Vestígios Dos Espaços Da Morte Na Scallabis Romana: O Caso Da Avenida 5 De Outubro"
por João Pedro Barreto Gomes
6 de Maio | 10h30 | Zoom/Colibri
por João Pedro Barreto Gomes
6 de Maio | 10h30 | Zoom/Colibri
Tese de Mestrado "O Monte da Ramada 1 (Ervidel, Aljustrel). Contributo para a caracterização do povoamento Calcolítico no Baixo Alentejo"
por Hugo Gabriel Gonçalves Miranda de Morais
6 de Maio | 14h00 | Sala C128 (FLUL)
por Hugo Gabriel Gonçalves Miranda de Morais
6 de Maio | 14h00 | Sala C128 (FLUL)
Prova Intermédia e de Qualificação dos Trabalhos no Doutoramento em Arqueologia e Pré-História "O Acheulense no ocidente da Península Ibérica: Estudo tecnológico e morfométrico 3D das indústrias líticas para uma análise diacrónica do Acheulense no Sudoeste da Europa" (2021.05549.BD)
por Luis Alexandre Vieira d'Avó Varanda
20 de Maio | 14h30 | Sala C128 (FLUL)
por Luis Alexandre Vieira d'Avó Varanda
20 de Maio | 14h30 | Sala C128 (FLUL)
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