Morreu, ontem, dia 1 de Junho, Grégor Marchand. Arqueólogo, Pré-historiador, membro da Comissão de Acompanhamento Externo da UNIARQ, amigo de muitos dos investigadores do Centro de Arqueologia, depois de uma batalha longa com uma doença que devia ter sido fatal no imediato, mas que com uma coragem admirável - e é impossível aqui não lembrar o Rui - conseguiu controlar durante mais de uma década.
Não é agora o momento de referir as obras, as intervenções, homenagear o legado. Para tudo isso existirão outras ocasiões em que a personagem cientifica é lembrada, em que o seu contributo para a Ciência se refere e analisa. Agora, é sobretudo da tristeza dos amigos que queremos dar testemunho, usando as suas palavras; Adieu mon ami, on a passé des bons moments ensemble depuis 23 ans. Até sempre, Grégor. |
Mariana Diniz
Editorial
Catarina Viegas, Subdirectora da UNIARQ
Na Newsletter da UNIARQ do Mês de Junho encontram-se boas e más notícias.
Comecemos pelas más notícias que chegam do Palácio da Ajuda, com o encerramento da Biblioteca de Arqueologia e a incerteza quanto às datas previstas para a sua reabertura. Vale a pena reforçar o papel essencial que esta Biblioteca tem na nossa investigação, como nos recorda Carlos Fabião, mesmo se cada vez mais documentação se encontra disponível em acesso aberto.
Mas são felizmente várias as boas notícias que se trazem ao conhecimento de todos neste nº 76 da UNIARQ Digital. Dizem respeito às inúmeras actividades em que participam os investigadores deste centro de investigação, com destaque para a produção científica que nos permite conhecer novos dados acerca do modo de vida dos caçadores-recolectores do Paleolítico, desta vez através de análises realizadas ao esmalte dentário (sob coordenação de João Zilhão), passando pelos diferentes contextos em que se desenvolve a actividade de formação pós graduada na UNIARQ/FLUL.
Referimo-nos não apenas ao mestrado que contou no mês de Maio com as II Jornadas de Arqueologia, mas também ao doutoramento. Neste último caso, são várias as notícias que exemplificam esta dinâmica: com a obtenção do doutoramento por parte de estudantes bolseiros como foi o caso da recém-doutorada Sílvia Teixeira; com a obtenção de prémios relativos às teses apresentadas o ano passado, como sucedeu com a tese de João Pimenta distinguida pela AAP; com a participação dos doutorandos da UNIARQ/DGPC no Dia Internacional dos Museus que decorreu no MNA; ou ainda com a selecção de Daniel Carvalho (bolseiro de doutoramento) para a final da competição da Universidade de Lisboa intitulada 3 Minutos de Tese. Independentemente das temáticas ou cronologias tão diversas, como denominador comum a todos encontra-se o trabalho e o rigor científico aliado a bases teórias e metodológicas sólidas, onde a preocupação com a comunicação da ciência está sempre presente. Este é também o ADN da UNIARQ e outros exemplos se poderiam dar como o espírito de partilha dos TechDays ou a visita de estudantes do secundário à UNIARQ.
A organização de eventos científicos constitui também uma das nossas prioridades que adquire especial significado quando integrada num projecto internacional como é a Ação COST “EuroWeb – Europe Through Textiles”. Tal foi o caso do workshop internacional “Making, Earing, Displaying: Textiles and the Body in Pre-Modern Societies” realizado entre 3 e 5 de maio. Ainda no âmbito deste projecto, o lançamento do Atlas Digital do Património Têxtil Europeu constitui outro um marco importante desta rede de investigação.
Enriquece-nos sempre o contacto com investigadores de outros países e Sonia López Chamizo, da Universidade de Málaga, fala-nos do seu estágio na UNIARQ, no âmbito do doutoramento “Morir en Malaka. Génesis y desarrollo de las Necrópolis de la Bahía de Málaga entre los siglos VIII a.C y el siglo VII d.C.”
Por fim, a Peça do Mês é um biface acheulense, com mais de 400 000 anos da Gruta da Aroeira. Alexandre Varanda descreve criteriosamente este artefacto mostrando ainda o potencial do registo criterioso com recurso a novas tecnologias.
A partir deste mês de Junho retoma-se o trabalho de campo e as actividades de laboratório um pouco por todo o país e na UNIARQ/FLUL, mas sobre esses trabalhos daremos conta oportunamente. Muitos motivos para continuar a seguir-nos.
Já estava fechada a edição deste número da UNIARQ Digital quando recebemos, essa sim verdadeiramente triste, notícia da morte do nosso colega e amigo Grégor Marchand.
Comecemos pelas más notícias que chegam do Palácio da Ajuda, com o encerramento da Biblioteca de Arqueologia e a incerteza quanto às datas previstas para a sua reabertura. Vale a pena reforçar o papel essencial que esta Biblioteca tem na nossa investigação, como nos recorda Carlos Fabião, mesmo se cada vez mais documentação se encontra disponível em acesso aberto.
Mas são felizmente várias as boas notícias que se trazem ao conhecimento de todos neste nº 76 da UNIARQ Digital. Dizem respeito às inúmeras actividades em que participam os investigadores deste centro de investigação, com destaque para a produção científica que nos permite conhecer novos dados acerca do modo de vida dos caçadores-recolectores do Paleolítico, desta vez através de análises realizadas ao esmalte dentário (sob coordenação de João Zilhão), passando pelos diferentes contextos em que se desenvolve a actividade de formação pós graduada na UNIARQ/FLUL.
Referimo-nos não apenas ao mestrado que contou no mês de Maio com as II Jornadas de Arqueologia, mas também ao doutoramento. Neste último caso, são várias as notícias que exemplificam esta dinâmica: com a obtenção do doutoramento por parte de estudantes bolseiros como foi o caso da recém-doutorada Sílvia Teixeira; com a obtenção de prémios relativos às teses apresentadas o ano passado, como sucedeu com a tese de João Pimenta distinguida pela AAP; com a participação dos doutorandos da UNIARQ/DGPC no Dia Internacional dos Museus que decorreu no MNA; ou ainda com a selecção de Daniel Carvalho (bolseiro de doutoramento) para a final da competição da Universidade de Lisboa intitulada 3 Minutos de Tese. Independentemente das temáticas ou cronologias tão diversas, como denominador comum a todos encontra-se o trabalho e o rigor científico aliado a bases teórias e metodológicas sólidas, onde a preocupação com a comunicação da ciência está sempre presente. Este é também o ADN da UNIARQ e outros exemplos se poderiam dar como o espírito de partilha dos TechDays ou a visita de estudantes do secundário à UNIARQ.
A organização de eventos científicos constitui também uma das nossas prioridades que adquire especial significado quando integrada num projecto internacional como é a Ação COST “EuroWeb – Europe Through Textiles”. Tal foi o caso do workshop internacional “Making, Earing, Displaying: Textiles and the Body in Pre-Modern Societies” realizado entre 3 e 5 de maio. Ainda no âmbito deste projecto, o lançamento do Atlas Digital do Património Têxtil Europeu constitui outro um marco importante desta rede de investigação.
Enriquece-nos sempre o contacto com investigadores de outros países e Sonia López Chamizo, da Universidade de Málaga, fala-nos do seu estágio na UNIARQ, no âmbito do doutoramento “Morir en Malaka. Génesis y desarrollo de las Necrópolis de la Bahía de Málaga entre los siglos VIII a.C y el siglo VII d.C.”
Por fim, a Peça do Mês é um biface acheulense, com mais de 400 000 anos da Gruta da Aroeira. Alexandre Varanda descreve criteriosamente este artefacto mostrando ainda o potencial do registo criterioso com recurso a novas tecnologias.
A partir deste mês de Junho retoma-se o trabalho de campo e as actividades de laboratório um pouco por todo o país e na UNIARQ/FLUL, mas sobre esses trabalhos daremos conta oportunamente. Muitos motivos para continuar a seguir-nos.
Já estava fechada a edição deste número da UNIARQ Digital quando recebemos, essa sim verdadeiramente triste, notícia da morte do nosso colega e amigo Grégor Marchand.
NOTÍCIAS
Esmalte dentário fornece pistas sobre o modo de vida e a territorialidade dos caçadores-recolectores do Paleolítico
Foi publicado, no início de Maio, na revista PNAS (doi.org/10.1073/pnas.2204501120), um estudo desenvolvido por uma equipa internacional de investigadores das Universidades de Lisboa (UNIARQ), Trento (Itália) e Southampton (Reino Unido) que recorreu a uma tecnologia inovadora para chegar a conclusões precisas sobre o modo de vida, a territorialidade e a subsistência das populações que habitaram o território português durante a última glaciação, entre há cerca de 100 000 e há cerca de 10 000 anos.
A análise da composição química do esmalte dos dentes fósseis de humanos e animais provenientes das escavações no sistema de jazidas arqueológicas associado à nascente do rio Almonda, perto de Torres Novas, levou a conclusões precisas sobre o modo de vida, a territorialidade e a subsistência das populações que habitaram o território português durante a última glaciação.
A análise da composição química do esmalte dos dentes fósseis de humanos e animais provenientes das escavações no sistema de jazidas arqueológicas associado à nascente do rio Almonda, perto de Torres Novas, levou a conclusões precisas sobre o modo de vida, a territorialidade e a subsistência das populações que habitaram o território português durante a última glaciação.
Nas rochas, os isótopos do estrôncio mudam gradualmente ao longo de milhões de anos devido a processos radioactivos. Por isso, o teor em estrôncio dos solos varia de lugar para lugar em função da antiguidade do substrato geológico. Essa “impressão digital” isotópica passa dos solos para as plantas que neles crescem e através delas para a cadeia alimentar, acabando por ficar registada no esmalte dos dentes.
Na região envolvente, o teor em estrôncio dos solos varia de modo significativo ao longo de distâncias relativamente curtas, pelo que a comparação com o teor em estrôncio dos dentes permite reconstituir o território percorrido pelo indivíduo, humano ou animal, durante o período de formação do esmalte — para os dentes humanos analisados, entre os cinco e os quinze anos.
Na região envolvente, o teor em estrôncio dos solos varia de modo significativo ao longo de distâncias relativamente curtas, pelo que a comparação com o teor em estrôncio dos dentes permite reconstituir o território percorrido pelo indivíduo, humano ou animal, durante o período de formação do esmalte — para os dentes humanos analisados, entre os cinco e os quinze anos.
Analisaram-se dois dentes de neandertais do Paleolítico Médio, com cerca de 95 000 anos, e um do final do Paleolítico Superior, com cerca de 13.000 anos, e ainda dentes de rinoceronte, cavalo, veado e cabra-montesa. No caso dos restos de caça, mediram-se também os teores em isótopos de oxigénio, os quais variam sazonalmente, do Verão para o Inverno.
Os resultados obtidos mostram que, no caso dos neandertais de há cerca de 95 000 anos, a cabra-montesa era caçada no Verão, ao passo que o cavalo, o veado e o rinoceronte estavam presentes num raio de 30 km ao redor onde puderam ser caçados ao longo de todo o ano. No caso do indivíduo magdalenense, a subsistência era obtida numa área mais restrita — os cerca de 20 km da margem direita do rio Almonda, entre a nascente e a confluência com o Tejo, e o lugar de residência alternava sazonalmente entre estes dois pontos extremos do território. A caça principal era o veado, mas também a cabra-montesa; em quantidade importante, apanhavam-se ainda pequenas presas como o coelho e peixes de água doce, como o sável. A diferença no tamanho do território entre os neandertais do Paleolítico Médio e os magdalenenses do final do Paleolítico Superior relaciona-se com a demografia. No Magdalenense, devido a uma densidade populacional mais elevada, os grupos humanos tinham de extrair a sua subsistência no interior de territórios mais pequenos, e daí o facto de passarem a ter sido explorados de forma mais intensiva as pequenas presas e o peixe de rio. O estudo representa um marco de grande importância para a Arqueologia, demonstrando como, mesmo para épocas muito remotas, existem hoje técnicas científicas que permitem abordar a vida das pessoas à escala do indivíduo, não apenas à da população. |
João Zilhão
Acerca do encerramento da Biblioteca de Arqueologia da DGPC
No início desta semana fomos surpreendidos pela notícia do encerramento da Biblioteca de Arqueologia da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), sem previsão de data de reabertura.
A Biblioteca de Arqueologia da DGPC nasceu da permanência em Portugal da biblioteca da delegação portuguesa do Instituto Arqueológico Alemão (DAI), quando esta foi encerrada, por contrato de comodato celebrado entre ambos Estados. A sua riqueza e relevância é extraordinária, fazendo desta biblioteca um equipamento de excelência, servido por excelentes profissionais, como bem sabem várias gerações de estudantes e investigadores que se habituaram a encontrar aqui um lugar ideal para o desenvolvimento do seu trabalho, com diligentes bibliotecárias, sempre prontas e disponíveis para ajudar os utilizadores.
A notícia do encerramento não é de todo surpreendente para quem frequentava a Biblioteca, mal acomodada, mal equipada em meios informáticos (que os teve, mas deixou de ter) e com deficientes condições, desde a conclusão do Palácio da Ajuda e criação do Museu do Tesouro Real, que a eficiência e profissionalismo das suas bibliotecárias a custo ia disfarçando.
A Biblioteca da DGPC era também o local onde os agentes de intervenções das actividades de Arqueologia de contrato consultavam os processos e relatórios de intervenções arqueológicas, uma vez que a DGPC persiste em ignorar conceitos básicos como a desmaterialização da documentação ou “sociedade digital” – a quem não saiba, explico: cada intervenção arqueológica gera um Relatório, naturalmente, elaborado por meios digitais, uma vez que já ninguém escreve á mão, mas a DGPC insiste em receber os ditos relatórios em formato digital e em formato papel, disponibilizando para consulta somente as versões em papel, que devem ser consultadas no Palácio da Ajuda, no espaço da Biblioteca, retirando pontos de leitura aos utilizadores. Não se sabe onde poderão agora consultar os processos todos os profissionais que o requererem.
Contudo, importa sublinhar a relevância da Biblioteca de Arqueologia da DGPC para todos os profissionais de Arqueologia, para os investigadores e, sobretudo, para todos os estudantes dos diferentes graus de Ensino (Licenciatura, Mestrado e Doutoramento). Os prejuízos deste inopinado encerramento para o bom desenvolvimento dos trabalhos destes diferentes utilizadores são mais do que evidentes, particularmente para estes últimos, agora que se aproxima o final de mais um ano escolar (para os estudantes de Licenciatura) e para os prazos sempre limitados dos estudantes de Mestrado e Doutoramento.
Presentemente, o Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (Uniarq) acolhe três estudantes de Doutoramento internacionais que esperavam naturalmente contar com este importante equipamento nas suas estadas temporárias de investigação.
Assim, na minha condição de docente do Ensino Superior de Arqueologia e de Director de um Centro de Investigação quero expressar a minha perplexidade por este encerramento não anunciado da Biblioteca e fazer votos para que este equipamento de excelência possa reabrir em melhores condições do que aquelas em que se encontrava anteriormente, custava ver a sua progressiva degradação.
A Biblioteca de Arqueologia da DGPC nasceu da permanência em Portugal da biblioteca da delegação portuguesa do Instituto Arqueológico Alemão (DAI), quando esta foi encerrada, por contrato de comodato celebrado entre ambos Estados. A sua riqueza e relevância é extraordinária, fazendo desta biblioteca um equipamento de excelência, servido por excelentes profissionais, como bem sabem várias gerações de estudantes e investigadores que se habituaram a encontrar aqui um lugar ideal para o desenvolvimento do seu trabalho, com diligentes bibliotecárias, sempre prontas e disponíveis para ajudar os utilizadores.
A notícia do encerramento não é de todo surpreendente para quem frequentava a Biblioteca, mal acomodada, mal equipada em meios informáticos (que os teve, mas deixou de ter) e com deficientes condições, desde a conclusão do Palácio da Ajuda e criação do Museu do Tesouro Real, que a eficiência e profissionalismo das suas bibliotecárias a custo ia disfarçando.
A Biblioteca da DGPC era também o local onde os agentes de intervenções das actividades de Arqueologia de contrato consultavam os processos e relatórios de intervenções arqueológicas, uma vez que a DGPC persiste em ignorar conceitos básicos como a desmaterialização da documentação ou “sociedade digital” – a quem não saiba, explico: cada intervenção arqueológica gera um Relatório, naturalmente, elaborado por meios digitais, uma vez que já ninguém escreve á mão, mas a DGPC insiste em receber os ditos relatórios em formato digital e em formato papel, disponibilizando para consulta somente as versões em papel, que devem ser consultadas no Palácio da Ajuda, no espaço da Biblioteca, retirando pontos de leitura aos utilizadores. Não se sabe onde poderão agora consultar os processos todos os profissionais que o requererem.
Contudo, importa sublinhar a relevância da Biblioteca de Arqueologia da DGPC para todos os profissionais de Arqueologia, para os investigadores e, sobretudo, para todos os estudantes dos diferentes graus de Ensino (Licenciatura, Mestrado e Doutoramento). Os prejuízos deste inopinado encerramento para o bom desenvolvimento dos trabalhos destes diferentes utilizadores são mais do que evidentes, particularmente para estes últimos, agora que se aproxima o final de mais um ano escolar (para os estudantes de Licenciatura) e para os prazos sempre limitados dos estudantes de Mestrado e Doutoramento.
Presentemente, o Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (Uniarq) acolhe três estudantes de Doutoramento internacionais que esperavam naturalmente contar com este importante equipamento nas suas estadas temporárias de investigação.
Assim, na minha condição de docente do Ensino Superior de Arqueologia e de Director de um Centro de Investigação quero expressar a minha perplexidade por este encerramento não anunciado da Biblioteca e fazer votos para que este equipamento de excelência possa reabrir em melhores condições do que aquelas em que se encontrava anteriormente, custava ver a sua progressiva degradação.
Carlos Fabião
II Jornadas de Arqueologia da FLUL
Nos dias 15 e 16 de Maio realizaram-se as II Jornadas de Arqueologia da FLUL, pretendendo dar continuidade a um evento iniciado em 2022 com a finalidade de dar a conhecer os projectos de investigação dos alunos de Mestrado em Arqueologia da Faculdade de Letras de Lisboa.
A organização do evento esteve a cargo de João Pedro Cunha-Ribeiro, director deste ciclo de estudos, e dos alunos de mestrado Inês Sofia Silva e Rui do Rosário.
Durante dois dias, os alunos de mestrado Carlos Silva, Ricardo Dourado Santos, Henrique Almeida, Nuno Faria, Mariana Pinto, Petra Pinto, Inês Sofia Silva, Michelle Santos, Rui do Rosário, Ana Francisco, Leandro Borges, Laura Rosado, João Monte Adriano Constantino, Lívia Spinacé e Manuel Fialho Silva apresentaram os seus projectos e os resultados já obtidos, num contexto similar ao que se processa em geral a disseminação do conhecimento, vivência que se espera poderem vir a repetir no futuro de forma cada vez mais profícua e desafiadora.
A abertura dos trabalhos teve a presença de Inês Torres, egiptóloga doutorada pela Universidade de Harvard e antiga aluna de Arqueologia da FLUL, com a conferência “Uma Arqueologia da Memória no Antigo Egipto”.
Foi um momento de partilha de experiências, mas também de convívio, da comunidade arqueológica da FLUL, aberto a todos os interessados.
A organização do evento esteve a cargo de João Pedro Cunha-Ribeiro, director deste ciclo de estudos, e dos alunos de mestrado Inês Sofia Silva e Rui do Rosário.
Durante dois dias, os alunos de mestrado Carlos Silva, Ricardo Dourado Santos, Henrique Almeida, Nuno Faria, Mariana Pinto, Petra Pinto, Inês Sofia Silva, Michelle Santos, Rui do Rosário, Ana Francisco, Leandro Borges, Laura Rosado, João Monte Adriano Constantino, Lívia Spinacé e Manuel Fialho Silva apresentaram os seus projectos e os resultados já obtidos, num contexto similar ao que se processa em geral a disseminação do conhecimento, vivência que se espera poderem vir a repetir no futuro de forma cada vez mais profícua e desafiadora.
A abertura dos trabalhos teve a presença de Inês Torres, egiptóloga doutorada pela Universidade de Harvard e antiga aluna de Arqueologia da FLUL, com a conferência “Uma Arqueologia da Memória no Antigo Egipto”.
Foi um momento de partilha de experiências, mas também de convívio, da comunidade arqueológica da FLUL, aberto a todos os interessados.
Comissão Organizadora das II Jornadas de Arqueologia da FLUL (adaptado por André Pereira)
João Pimenta recebe Menção Especial do Prémio Eduardo da Cunha Serrão
Realizou-se no passado dia 26 de Maio, no Museu Arqueológico do Carmo, a cerimónia de entrega da 8º edição dos Prémios Eduardo da Cunha Serrão, promovidos pela Associação dos Arqueólogos Portugueses como forma de distinguir e premiar trabalhos académicos, teses de doutoramento e dissertações de mestrado em Arqueologia, que se distingam pela excelência, originalidade e pertinência dos temas abordados. A tese de doutoramento de João Pimenta, orientada por Carlos Fabião, intitulada “Monte dos Castelinhos e as dinâmicas da conquista romana da Península de Lisboa e Baixo Tejo”, defendida em 2022, foi alvo de uma Menção Especial. A tese, já disponível no repositório da UL - https://repositorio.ul.pt/handle/10451/54143, onde pode ser consultada, torna público um trabalho continuado que foi desenvolvido em torno do sítio do Monte dos Castelinhos (Vila Franca de Xira) e do seu papel na conquista romana do Ocidente peninsular. Este reconhecimento pela qualidade da investigação desenvolvida na UNIARQ constitui, para o autor, um motivo de óbvia satisfação e, para todos, um estímulo.
Parabéns, João!
Parabéns, João!
Mariana Diniz
International Euroweb Workshop "Making, Wearing, Displaying: Textiles and the Body"
Entre os dias 3 e 5 de Maio decorreu em Lisboa o Workshop Internacional “Making, Wearing, Displaying: Textiles and the Body in Pre-Modern Societies”. Este evento, organizado no âmbito da Ação COST “EuroWeb – Europe through Textiles” (CA 19131), reuniu especialistas nas áreas da Arqueologia, da História e da Antropologia oriundos de treze países para discutir as relações entre os têxteis, a moda e o corpo humano ao longo do tempo.
O workshop, que decorreu no Museu Nacional de Etnologia e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, contou não só com o apoio da EuroWeb, mas também da UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, do projecto “Fashioning Sudan” (ERC Starting Grant 101039416). A organização do evento correu a cargo de uma comissão integrada pelos investigadores da UNIARQ, Francisco B. Gomes e Catarina Costeira, bem como por Audrey Gouy (Universidade de Lille), Elsa Yvanez (Centre for Textile Research, Universidade de Copenhaga), Magdalena Wozniak (Centro Polaco de Arqueologia Mediterrânea, Universidade de Varsóvia) e Louise Quillen (CNRS).
O workshop, que decorreu no Museu Nacional de Etnologia e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, contou não só com o apoio da EuroWeb, mas também da UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, do projecto “Fashioning Sudan” (ERC Starting Grant 101039416). A organização do evento correu a cargo de uma comissão integrada pelos investigadores da UNIARQ, Francisco B. Gomes e Catarina Costeira, bem como por Audrey Gouy (Universidade de Lille), Elsa Yvanez (Centre for Textile Research, Universidade de Copenhaga), Magdalena Wozniak (Centro Polaco de Arqueologia Mediterrânea, Universidade de Varsóvia) e Louise Quillen (CNRS).
A Sub-Diretora da UNIARQ, Mariana Diniz, assegurou a conferência inaugural deste evento. As apresentações que se seguiram abordaram as várias formas como o corpo humano tem sido entendido por teóricos e pensadores sociais passados e presentes, e os diversos tipos de fontes – escritas, visuais e arqueológicas – que se podem utilizar para compreender como os têxteis e a forma de vestir influenciaram a imagem e o movimento corporal nas sociedades do passado.
O programa incluiu também abordagens específicas à questão dos corpos e dos gestos das e dos artesãos têxteis, valorizando os saberes manuais como um importante Património Imaterial. Realizou-se ainda uma sessão temática dedicada à relação entre os têxteis e o movimento corporal, na dança, na performance e no culto, completando assim a abordagem transversal a este tema proposta neste evento.
O workshop incluiu também uma forte componente prática. Além de dar a conhecer o património etnográfico conservado no Museu Nacional de Etnologia com uma visita às Galerias da Vida Rural, os participantes tiveram a oportunidade de experimentar réplicas de trajes de diferentes períodos históricos, bem como de participar numa sessão de dança grega antiga dinamizada pela Companhia de Dança Grega Antiga Terpsichore. Os resultados deste evento foram muito positivos. Além de contribuir para dar a conhecer o Património e a investigação nacional a um público que incluiu alguns dos principais expoentes da Arqueologia Têxtil a nível europeu, deve ainda destacar-se a participação ative de um número significativo de colegas portugueses, provenientes de diferentes áreas temáticas (Arqueologia, História, Antropologia, Ciências do Património, Museologia e Design), que contribuíram para intensificar a interdisciplinaridade dos debates e demonstrar o interesse por estas temáticas atualmente existente em Portugal. |
Catarina Costeira e Francisco B. Gomes
Atlas Digital do Património Têxtil Europeu
Foi lançado no passado dia 19 de Maio o Atlas Digital do Património Têxtil Europeu. O lançamento teve lugar no âmbito da conferência “Textiles and War in Europe and the Mediterranean”, realizada em Bucareste. Esta nova plataforma digital foi elaborada pela rede de investigação da Ação COST EuroWeb – Europe Throught Textiles (CA19131), tendo como principal objectivo mapear, sistematizar e disseminar o património têxtil europeu, desde a Pré-história ao século XX, alcançando tanto um público académico alargado como todos os cidadãos interessados.
O evento de lançamento Atlas Digital contou com a participação da líder da Ação COST EuroWeb Agata Ulanowska (Universidade de Varsóvia), das líderes da equipa do Atlas Digital, Alina Iancu (Instituto Nacional do Património da Roménia) e Catarina Costeira (UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa), do responsável técnico Piotr Kasprzyk (Centro para as Competências Digitais, Universidade de Varsóvia), do Coordenador de Comunicação de Ciência da Ação, Francisco B. Gomes (UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa), bem como do responsável pelo Departamento de Digitalização do Património do Instituto Nacional do Património da Roménia, Bogdan Șandric e das delegadas nacionais da Roménia no Comité de Gestão da EuroWeb, Irina Petroviciu e Florica Matau.
O evento de lançamento Atlas Digital contou com a participação da líder da Ação COST EuroWeb Agata Ulanowska (Universidade de Varsóvia), das líderes da equipa do Atlas Digital, Alina Iancu (Instituto Nacional do Património da Roménia) e Catarina Costeira (UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa), do responsável técnico Piotr Kasprzyk (Centro para as Competências Digitais, Universidade de Varsóvia), do Coordenador de Comunicação de Ciência da Ação, Francisco B. Gomes (UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa), bem como do responsável pelo Departamento de Digitalização do Património do Instituto Nacional do Património da Roménia, Bogdan Șandric e das delegadas nacionais da Roménia no Comité de Gestão da EuroWeb, Irina Petroviciu e Florica Matau.
O Atlas Digital do Património Têxtil Europeu encontra-se em desenvolvimento desde o início da Ação COST EuroWeb em 2020, esperando-se que o seu lançamento público permita ainda a realização de melhoramentos e incentive mais investigadoras e investigadores a partilhar os seus dados nesta plataforma, reforçando assim as valências do Atlas para a investigação, a valorização e a disseminação.
O registo da sessão de lançamento encontra-se disponível no Canal de YouTube da EuroWeb.
O registo da sessão de lançamento encontra-se disponível no Canal de YouTube da EuroWeb.
Catarina Costeira
UNIARQ promove TechDays em Maio
Enquanto instituição de acolhimento, oferecer aos jovens investigadores e estudantes de doutoramento um ambiente de excelência, é uma das missões da UNIARQ, que se concretiza em múltiplos eventos de natureza cientifica e metodológica.
No mês de Maio, o Techday, realizado na UNIARQ/FLUL, e o Field TechDay, que teve como cenário o povoado calcolítico de Vila Nova de São Pedro (Azambuja), ocorridos a 8 e a 24 de Maio, respectivamente, foram um excelente pretexto para reunir, em torno de diferentes equipamentos de campo e de laboratório, um conjunto de investigadores da UNIARQ, com distintas temáticas de trabalho, mas que partilham desafios metodológicos comuns. O Techday e o Field TechDay, eventos a repetir, assumem-se assim, como mais uma iniciativa, entre as que a UNIARQ promove regularmente, destinada a criar e/ou reforçar os laços que devem unir os Investigadores de uma mesma unidade. |
Mariana Diniz
Alunos do ensino secundário visitam a UNIARQ
A UNIARQ, como Centro de Investigação activamente envolvido em práticas de disseminação do conhecimento, recebeu no mês de Maio visitas de estudantes do Ensino Secundário que procuram, antes de se candidatarem ao Ensino Superior, saber mais sobre licenciaturas, trajectos académicos e carreiras profissionais. Porque a Arqueologia não faz parte dos curricula do Ensino Secundário, é fundamental abrir as portas a todos os que queiram mais informação sobre o que é estudar Arqueologia, na Faculdade de Letras. A relação constante entre o ensino, na licenciatura e no mestrado, e a investigação de campo e de laboratório, que foi desde sempre uma marca da Arqueologia feita na Faculdade de Letras, explica porque, para além das salas de aula, estes estudantes visitaram a UNIARQ, contactando directamente com a Arqueologia, em construção.
|
Mariana Diniz
Bolseiro de doutoramento da UNIARQ finalista da competição 3MT
Daniel Carvalho, bolseiro de doutoramento FCT/UNIARQ (2020.08612.BD), foi um dos 12 finalistas da competição 3 Minutos de Tese – Universidade de Lisboa.
Daniel concorreu explicando em vídeo e em menos de três minutos o seu projecto de doutoramento "O Teórico Artificial: identificar conceitos, ideias e padrões no discurso arqueológico na Península Ibérica (XX-XXI) com recurso a métodos de Inteligência Artificial e Aprendizagem Automática".
A lista de finalistas encontra-se em www.ulisboa.pt/info/3-minutos-de-tese-universidade-de-lisboa.
No dia 30 de Maio, os 12 finalistas participaram na competição final, com uma apresentação oral perante o júri e o público, na qual foi selecionado o vencedor, bem como os segundo e terceiro classificados, cuja entrega de prémios ocorrerá durante o mês de Junho. A gravação dessas apresentações encontra-se em www.youtube.com/watch?v=py61ZrpoY58.
Mais informação sobre o projecto de doutoramento de Daniel Carvalho em https://www.uniarq.net/danielcarvalho.html
Daniel concorreu explicando em vídeo e em menos de três minutos o seu projecto de doutoramento "O Teórico Artificial: identificar conceitos, ideias e padrões no discurso arqueológico na Península Ibérica (XX-XXI) com recurso a métodos de Inteligência Artificial e Aprendizagem Automática".
A lista de finalistas encontra-se em www.ulisboa.pt/info/3-minutos-de-tese-universidade-de-lisboa.
No dia 30 de Maio, os 12 finalistas participaram na competição final, com uma apresentação oral perante o júri e o público, na qual foi selecionado o vencedor, bem como os segundo e terceiro classificados, cuja entrega de prémios ocorrerá durante o mês de Junho. A gravação dessas apresentações encontra-se em www.youtube.com/watch?v=py61ZrpoY58.
Mais informação sobre o projecto de doutoramento de Daniel Carvalho em https://www.uniarq.net/danielcarvalho.html
André Pereira
Dia Internacional dos Museus no Museu Nacional de Arqueologia
No dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, o Museu Nacional de Arqueologia, parceiro estratégico da UNIARQ, apresentou, em sessão aberta, os trabalhos em curso, nas diferentes vertentes da museologia, para a construção do MNA XXI, em que estão envolvidos os bolseiros de doutoramento da UNIARQ e da DGPC/MNA, Carine de Souza e Rafael Lima. Participar na construção do novo Museu e de uma nova exposição de longa duração constitui uma oportunidade única que só pode ser encarada com o sentido de responsabilidade e abertura cientifica que marca todos os que participam neste projecto. As relações históricas que uniram a Faculdade de Letras ao hoje chamado Museu Nacional de Arqueologia, renovam-se assim através da acção dos jovens investigadores da UNIARQ, que assim completam o ciclo da produção de conhecimento cientifico, da investigação à apresentação, a todos os públicos, dos resultados obtidos.
|
Mariana Diniz
“Nascer Escravo, Morrer Livre: Contributo Para Uma História Social Da Lusitânia Romana”. Sílvia Teixeira defendeu o seu doutoramento
Decorreram na FLUL no passado dia 22 de Maio, as provas de doutoramento de Sílvia Teixeira, uma dissertação subordinada ao tema “Nascer Escravo, Morrer Livre: Contributo Para Uma História Social Da Lusitânia Romana”, que contou com a orientação de Amílcar Guerra (www.letras.ulisboa.pt/pt/component/ohanah/doutoramento-em-arqueologia-1). Trata-se de um estudo aprofundado e sistemático que tem por base a epigrafia e que proporciona uma leitura acerca dos grupos sociais de escravos e libertos no contexto da sociedade romana provincial nas suas múltiplas facetas.
A tese agora apresentada amplia de forma significativa o conhecimento sobre esta realidade social, numa abordagem qualitativa e quantitativa sobre a presença de escravos e libertos na Lusitânia, atendendo à sua distribuição pelos distintos conventus, em meio urbano ou rural, observando a sua ocupação, estrutura familiar, idade, ou género, para referir apenas alguns dos tópicos tratados. Assinala-se assim a vitalidade dos estudos epigráficos na UNIARQ/FLUL, aspecto que foi também reforçado pelo júri que atribuiu a nota máxima ao trabalho apresentado e brilhantemente defendido por Sílvia Teixeira. |
Catarina Viegas
INVESTIGAÇÃO NA UNIARQ
ESPECIAL CAMPANHAS DE VERÃO 2023
Iniciaram-se, em Maio, as campanhas de investigação de campo e de laboratório dos investigadores da UNIARQ, que se prolongarão até ao mês de Setembro.
CAMPO:
1. Orca do Pisão (Nelas). Bronze Final. Projecto NeoMEGA2: Neolitização e Megalitismo da Plataforma do Mondego. José Quintã Ventura e Luís Laceiras;
2. Orca da Lapa do Lobo (Nelas). Neolítico. Projecto NeoMEGA2: Neolitização e Megalitismo da Plataforma do Mondego. José Quintã Ventura e Luís Laceiras;
3. Monumento da Víbora (Carregal do Sal). Bronze Final. Projecto NeoMEGA2: Neolitização e Megalitismo da Plataforma do Mondego. José Quintã Ventura e Telma O. Ribeiro;
4. Orca 1 de Troviscos (Carregal do Sal). Neolítico Final e Bronze Antigo. Projecto NeoMEGA2: Neolitização e Megalitismo da Plataforma do Mondego. José Quintã Ventura e Telma O. Ribeiro;
5. Abrigo da Gruta da Buraca da Moira (Leiria). Gravetense a Calcolítico. Projecto EcoPLis - Ecónonos Plistocénicos na Bacia do Rio Lis. Telmo Pereira;
6. Abrigo da Senhora das Lapas (Tomar). Projecto ARQEVO: Arqueologia e Evolução dos Primeiros Humanos na Fachada Atlântica da Península Ibérica. Alexandre Varanda, Luis Gomes, João Zilhão e Filipa Rodrigues;
7. Gruta do Caldeirão (Tomar). Paleolítico Médio/Superior. Projecto ARQEVO: Arqueologia e Evolução dos Primeiros Humanos na Fachada Atlântica da Península Ibérica. Luis Gomes, João Zilhão e Alexandre Varanda;
8. Gruta do Aderno (Torres Novas). Paleolítico Inferior. Projecto Arqueologia e evolução dos primeiros humanos na fachada atlântica da Península Ibérica (ARQEVO 2). Henrique Matias e João Zilhão;
9. Villa Cardílio (Torres Novas). Romano (I-IV/V d.C.). Projecto Villa Cardílio: a romanização da bacia hidrográfica do Almonda. Victor Filipe;
10. Fortim do Baleal 1 (Peniche). Neolítico antigo. Projecto Espaço e Tempo. Paleoambiente e Povoamento do 6º ao 3º milénio a.n.e na região de Peniche. Luis Rendeiro;
11. Povoado pré-histórico do Paço (Lourinhã / Peniche). Calcolítico. Projecto Espaço e Tempo. Paleoambiente e Povoamento do 6º ao 3º milénio a.n.e na região de Peniche. Luis Rendeiro;
|
12. Grutas nas Cesaredas (Peniche, Lourinhã e Bombarral. Neo-Calcolítico. Projecto O "Megalitismo de gruta" na Estremadura. As práticas funerárias do 4º e 3º milénios a.n.e (2021.07362.BD). Daniel van Calker
13. Vila Nova de São Pedro (Azambuja). Calcolítico. Projecto Vila Nova de São Pedro (VNSP3000). Mariana Diniz, Andrea Martins e César Neves;
14. Cidade Romana de Ammaia (Marvão). Romano e Antiguidade Tardia. Projecto Cidade Romana de Ammaia. Escavação no anfiteatro no âmbito do Projecto de colaboração da Uniarq com o Museo Nacional de Arte Romano (Mérida), financiado pela Fundação “La Caixa”, no âmbito do programa Promove / Regiões Transfronteiriças. Carlos Fabião e Amílcar Guerra;
15. Estremadura Portuguesa. Neo-Calcolítico. Projecto IberAmber: Âmbar local e redes de troca na pré-história da Península Ibérica: caracterização das fontes portuguesas como um caso de estudo global (2022.09207.PTDC). Carlos Odriozola, Ana Catarina Sousa e João Duarte;
16. Tapada de Mafra. Vários. Projecto PATM: Paisagens Antigas da Tapada de Mafra. Ana Catarina Sousa e Marta Miranda
17. Castelo / Paço (Arruda dos Vinhos). Calcolítico, Idade do Ferro, Romano e Idade Contemporânea. Projecto CASTELO. Ana Catarina Sousa e Jorge Lopes;
18. Barranco do Farinheiro (Coruche). Calcolítico e Idade do Bronze. Projecto ANSOR: Antropização do Vale do Sorraia. Victor S. Gonçalves e Ana Catarina Sousa;
19. Alto da Vigia (Sintra). Projecto de Valorização do sítio arqueológico do Alto da Vigia. Romano e Islâmico. Alexandre Gonçalves;
20. Quinta do Almaraz (Almada). Idade do Ferro (VII - V a.C.). Projecto In.QA - Quinta do Almaraz: sociedade, economia e quotidianos durante o 1º milénio a.n.e. Ana Olaio;
21. Megalitismo de Évora. Neo-Calcolítico. Projecto O «território megalítico» de Évora: para uma filosofia da Paisagem e das Arquitecturas (2022.13053.BD). Frederico Agosto
22. São Romão do Sado (Alcácer do Sal). Moderno e Contemporâneo. Projecto ECOFREEDOM: Ecologias da Liberdade: Materialidades da Escravidão e Pós-emancipação no Mundo Atlântico (PTDC/HAR-ARQ/4540/2021). Rui Gomes Coelho;
23. Monte Molião (Lagos). Idade do Ferro e Época Romana (s. IV a.C. a II d.C.) . Projecto Monte Molião na Antiguidade IV (MOLA IV). Ana Margarida Arruda e Elisa de Sousa.
LABORATÓRIO:
5. Abrigo da Gruta da Buraca da Moira (Leiria). Gravetense a Calcolítico. Projecto EcoPLis - Ecónonos Plistocénicos na Bacia do Rio Lis. Telmo Pereira;
6. Abrigo da Senhora das Lapas (Tomar). Projecto ARQEVO: Arqueologia e Evolução dos Primeiros Humanos na Fachada Atlântica da Península Ibérica. Alexandre Varanda, Luis Gomes, João Zilhão e Filipa Rodrigues;
7. Gruta do Caldeirão (Tomar). Paleolítico Médio/Superior. Projecto ARQEVO: Arqueologia e Evolução dos Primeiros Humanos na Fachada Atlântica da Península Ibérica. Luis Gomes, João Zilhão e Alexandre Varanda;
8. Gruta do Aderno (Torres Novas). Paleolítico Inferior. Projecto Arqueologia e evolução dos primeiros humanos na fachada atlântica da Península Ibérica (ARQEVO 2). Henrique Matias e João Zilhão;
9. Villa Cardílio (Torres Novas). Romano (I-IV/V d.C.). Projecto Villa Cardílio: a romanização da bacia hidrográfica do Almonda. Victor Filipe;
13. Vila Nova de São Pedro (Azambuja). Calcolítico. Projecto Vila Nova de São Pedro (VNSP3000). Mariana Diniz, Andrea Martins e César Neves;
24. Laboratório das Colecções da Arqueologia Colonial Portuguesa / FLUL. Paleolítico. Projecto Colecções da Arqueologia Colonial Portuguesa. João Pedro Cunha-Ribeiro e Paula Nascimento;
25. Laboratório Cerâmica Romana de Ammaia - Zooarqueologia / FLUL. Romano. Projecto CIdade romana de Ammaia. Carlos Fabião, Catarina Viegas e Cleia Detry;
26. Laboratório de Ciência de Dados, Inteligência Artificial e Arqueologia Contemporânea / FLUL. Vários. Projecto TALOS (2020.08612.BD). Daniel Carvalho,
|
INVESTIGADOR VISITANTE NA UNIARQ
Sonia López Chamizo (Universidade de Málaga)
Sonia López Chamizo, doutoranda da Universidade de Málaga, encontra-se a realizar um estágio de investigação na UNIARQ, que decorrerá na primavera e no outono de 2023, no âmbito da sua tese de doutoramento “Morir en Malaka. Génesis y desarrollo de las Necrópolis de la Bahía de Málaga entre los siglos VIII a.C y el siglo VII d.C. Una lectura diacrónica del mundo funerario desde la bioarqueología, profundizando en las construcciones sociales identitárias”, sob orientação do catedrático de Arqueologia Bartolomé Mora Serrano e do doutor José Suárez Padilla.
Este estudo faz parte dos projectos de investigação “Malaka, Maenoba, Rusaddir: una historia de tres ciudades fenicio-púnica en el Mar de Alborán” (ref. PID2020-114482GB-I00) e "Cerro del Villar: Naturaleza y Temporalidad del Proyecto Territorial Fenicio Arcaico en la Bahía de Málaga " 2022-2025. Com esta estadia na Universidade de Lisboa, graças à tutoria de Carlos Fabião e orientação de Ana Margarrida Arruda, Sonia pretende aprofundar as leituras diacrónicas entre as fases fenícia e romana, os processos de assimilação e construção de identidades, e a procura de processos paralelos na área portuguesa. |
PEÇA DO MÊS
Biface Acheulense em Quartzito (ARO_1783)
Proveniência: Gruta da Aroeira
Cronologia: Paleolítico Inferior, Acheulense. Direcção dos trabalhos: Anthony Marks Descrição Esta peça foi recolhida no ano 2000 nas primeiras escavações da Gruta da Aroeira dirigidas por Anthony Marks. Tem 100 mm de comprimento por 51 mm de largura e 32 mm de espessura. Trata-se de um biface configurado em quartzito, com uma antiguidade de cerca de 400 000 anos. Difere dos restantes artefactos da colecção pela sua ponta finamente retocada; são raros os objectos em quartzito com talhe de tal finura. |
Comentário
O biface é um utensílio pré-histórico utilizado pelos primeiros humanos durante o Paleolítico Inferior e Médio. Com as suas origens há cerca de 1,7 milhões de anos em África, este utensilio continuou a ser utilizado até há cerca de 50 000 anos na Europa. É sumariamente caracterizado pela sua forma simétrica e apontada, com dois bordos de gume cortante. São utensílios normalmente elaborados em rochas mais duras, como quartzito, sílex, quartzo e, mais raramente, basalto. Tinha diversas formas de utilização: corte, raspagem e esquartejamento. O biface representa um importante avanço tecnológico e foi durante mais de milhão e meio de anos o utensílio-base da espécie humana, cuja expansão, de África para a Europa e para o Sudeste asiático, acompanhou.
Dada a especificidade de configuração documentada neste artefacto, o mesmo foi sujeito a uma digitalização 3D. As imagens expostas resultam do processamento do modelo 3d no software AGMT-3D desenvolvido para estudos estatísticos e morfométricos de bifaces, que como resultado secundário da análise, providência as dimensões do objecto e a fotografia das diferentes vistas aqui apresentada. Estas novas abordagens complementam os estudos tecnológicos dos bifaces permitindo uma definição e rigor superior às clássicas metodologias de estudo dos bifaces.
O biface é um utensílio pré-histórico utilizado pelos primeiros humanos durante o Paleolítico Inferior e Médio. Com as suas origens há cerca de 1,7 milhões de anos em África, este utensilio continuou a ser utilizado até há cerca de 50 000 anos na Europa. É sumariamente caracterizado pela sua forma simétrica e apontada, com dois bordos de gume cortante. São utensílios normalmente elaborados em rochas mais duras, como quartzito, sílex, quartzo e, mais raramente, basalto. Tinha diversas formas de utilização: corte, raspagem e esquartejamento. O biface representa um importante avanço tecnológico e foi durante mais de milhão e meio de anos o utensílio-base da espécie humana, cuja expansão, de África para a Europa e para o Sudeste asiático, acompanhou.
Dada a especificidade de configuração documentada neste artefacto, o mesmo foi sujeito a uma digitalização 3D. As imagens expostas resultam do processamento do modelo 3d no software AGMT-3D desenvolvido para estudos estatísticos e morfométricos de bifaces, que como resultado secundário da análise, providência as dimensões do objecto e a fotografia das diferentes vistas aqui apresentada. Estas novas abordagens complementam os estudos tecnológicos dos bifaces permitindo uma definição e rigor superior às clássicas metodologias de estudo dos bifaces.
Alexandre Varanda
AGENDA
Prehistoric Society Europa Conference 2023
Peopling the Past: Reflecting on Prehistoric Europe 2 a 4 de junho | Jesus College, University of Cambridge Mais informação AQUI |
Exposição
The Tale of Be-Archaeo 16 de junho a 7 de julho Sala Athenaeum, Bliblioteca Storica di Ateneo Arturo Graf, Turim |
Participações em Congressos, Colóquios e Conferências
International Euroweb Workshop "Making, Wearing, Displaying: Textiles and the Body"
Participação de Francisco B. Gomes, Catarina Costeira, Mariana Diniz, e Ana Maria Silva 3 a 5 de Maio | Museu Nacional de Etnologia; FLUL - Lisboa "Canis em Ambiente Aquático"
«O que andavam os cães a comer: o que a zooarqueologia nos pode dizer sobre a sua dieta no passado» Comunicação de Cleia Detry 5 de Maio | Universidade Lusófona, Lisboa "2.º ENEARQ - Encontro Nacional de Estudantes de Arqueologia"
«As últimas comunidades de caçadores-recolectores do vale do Sado: cultura material, práticas e gestos» Comunicação de Rafael Lima 5 e 6 de Maio | FCSH-UNL, Lisboa Reunião Científica Internacional "Arqueología en Numisdata / Wondercoins"
Participação de Alice Baeta, Ana Margarida Arruda, Carlos Fabião, Ruth Pliego e Vera Teixeira de Freitas 9 e 10 de Maio | Málaga, Espanha Colóquio "Cidades Romanas Do Conventus Pacensis em Diálogo no Sudoeste Penínsular / Portugal Romano 50 anos"
«Cidades do sul da Lusitânia (Algarve): produção e consumo» Comunicação de Catarina Viegas e Rui Roberto de Almeida 11 e 12 de Maio | Faro e Mértola |
Podcast "Let's Rock - Um podcast da Idade da Pedra"
«O tanto que nos dizem os animais sobre o nosso passado» Entrevista a Nelson J. Almeida 15 de Maio | Online International Conference "Textiles and War in Europe and the Mediterranean from Prehistory to Late Antiquity"
Participação de Francisco B. Gomes, Teresa Rita Pereira, Carlos Pereira, João Pimenta e Catarina Costeira 17 a 19 de Maio | Bucareste, Roménia "Conferencias Invitadas en Arqueología"
«Megalitismo(s) no 3.º milénio a.n.e.: os tholoi do Centro e Sul de Portugal» Conferência de Ana Catarina Sousa 23 de Maio | Universidade de Granada, Espanha "10th PZAF: Postgraduate Zooarchaeology Forum"
Participação de Ana Beatriz Santos e Cátia Delicado 24 a 26 de Maio | Zagreb, Croácia "3 Minutos de Tese – Universidade de Lisboa"
«O Teórico Artificial: identificar conceitos, ideias e padrões no discurso arqueológico na Península Ibérica (XX-XXI) com recurso a métodos de Inteligência Artificial e Aprendizagem Automática» Apresentação de Daniel Carvalho 30 de Maio | MUHNAC «Desafios de Expor o Passado: A musealização das termas medicinais romanas de Chaves»
Palestra de Sérgio Carneiro 31 de Maio | Museu de Lisboa - Teatro Romano |
Provas Académicas
Reltório de Estágio de Mestrado "Organização e Representação da Informação do Projeto “Mesas do Castelinho” no Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa"
por Matilde Isabel Lopes Seca
6 de Junho | 14h30 | Online (Zoom)
por Matilde Isabel Lopes Seca
6 de Junho | 14h30 | Online (Zoom)
Tese de Mestrado "Contributos para a Gestão do Património Histórico-Arqueológico"
por Marina Alexandra Pires dos Santos
15 de Junho | 11h00 | Online (Zoom)
por Marina Alexandra Pires dos Santos
15 de Junho | 11h00 | Online (Zoom)
Subscreva o Boletim uniarq digital
Está a receber a ligação para esta newsletter porque o seu endereço de e-mail se encontra nas nossas bases de dados.
Não está interessado? Pode cancelar a subscrição para o endereço [email protected]. |
Direcção: Carlos Fabião, Catarina Viegas, Mariana Diniz
Edição e Textos: Alexandre Varanda, André Pereira, Carlos Fabião, Catarina Costeira, Catarina Viegas, Comissão Organizadora das II Jornadas de Arqueologia da FLUL, Francisco B. Gomes, João Zilhão, Mariana Diniz e Sónia López Chamizo Copyright © 2023 UNIARQ, Todos os direitos reservados. O nosso endereço: Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ) Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Alameda da Universidade 1600-214 Lisboa PORTUGAL [email protected] Siga as nossas actividades também no facebook, twitter, instagram e youtube |