2. GRUPO DE TRABALHO SOBRE AS INTERACÇÕES DINÂMICAS DURANTE A IDADE DO FERRO E A ÉPOCA ROMANA
direcção: Ana Margarida Arruda
Investigadores:
Ana Margarida Arruda, Pedro Albuquerque, Patrícia Bargão, Vera Freitas, Catarina Furtado, Francisco Gomes, Joana Lima, Pedro Lourenço, Carlos Filipe Oliveira, Carlos Pereira, Rui Soares, Vincenzo Soria, Elisa de Sousa, Catarina Viegas, Jorge Vilhena.
O principal objectivo deste Grupo de Trabalho é o estudo das relações que se estabeleceram entre as comunidades indígenas e os grupos humanos que se instalaram no sul de Portugal entre 900 a.n.e. e o século I da nossa Era. O resultado desses contactos inter-culturais, que está materializado em espólios e arquitecturas, é a base da análise.
A forte presença mediterrânea nos territórios meridionais, concretamente no Algarve, justificou a existência de projectos concretos para determinados sítios específicos, concretamente Castro Marim e Monte Molião (Lagos). Outros ainda, como é o caso de Faro, de Tavira e de Balsa, têm também vindo a ser estudados, através dos espólios recolhidos em intervenções de natureza diversa. Os dados já recolhidos apontam para uma Idade do Ferro com fortes ligações com o Oriente mediterrâneo e com a área do Estreito de Gibraltar, primeiro, e com a região gaditana, depois. Esta mesma região foi determinante para o desenvolvimento do território algarvio durante a ocupação romano-republicana. A importação de produtos gaditanos permanece durante com a integração na província da Lusitânia, ainda que a eles se juntem, precocemente, cerâmicas de mesa e de cozinha e alimentos oriundos do norte de África.
Alcácer do Sal, no estuário do Sado, constitui igualmente um sítio chave para a compreensão das relações estabelecidas, durante a Idade do Ferro, entre colonos fenícios e/ou tartéssicos e populações autóctones, o que justificou o desenvolvimento de um projecto autónomo que visa aprofundar a leitura sobre os cenários de vida e de morte e os contextos rituais da antiga Baevipo. A precocidade do processo de romanização verificado em Salacia deverá também ser devidamente enquadrada no processo de integração destes territórios na província da Lusitânia.
O território do estuário do Tejo trata-se de um espaço privilegiado para entender as relações inter-culturais, uma vez que quer em Lisboa propriamente dita, quer em Santarém, e ainda também na área de Vila Franca de Xira há vestígios da instalação de comunidades humanas exógenas ao longo do 1º milénio a.n.e., tendo sido também esta uma região que assistiu à chegada dos exércitos romanos em meados do século II. Por isso mesmo, se construíram os projectos em torno da ocupação antiga de Santarém e se estudam espólios de Lisboa.
A chegada de influências mediterrâneas ao interior alentejano, consubstanciada em espólios e arquitecturas (funerárias e habitacionais) obrigam a um permanente acompanhamento da actividade arqueológica dessa área. Mas os possíveis contributos de grupos humanos com outras origens não podem ser descartados.
A grande maioria dos estudos desenvolvidos pelos investigadores deste Grupo de Trabalho assenta em bases materiais concretas, de que se destacam os artefactos (cerâmicos, metálicos, vítreos, líticos) e as arquitecturas. Mas, os textos clássicos que se referem ao território sobre o qual centramos a nossa atenção não são esquecidos e são sempre equacionados nas análises concretizadas.
Ana Margarida Arruda, Pedro Albuquerque, Patrícia Bargão, Vera Freitas, Catarina Furtado, Francisco Gomes, Joana Lima, Pedro Lourenço, Carlos Filipe Oliveira, Carlos Pereira, Rui Soares, Vincenzo Soria, Elisa de Sousa, Catarina Viegas, Jorge Vilhena.
O principal objectivo deste Grupo de Trabalho é o estudo das relações que se estabeleceram entre as comunidades indígenas e os grupos humanos que se instalaram no sul de Portugal entre 900 a.n.e. e o século I da nossa Era. O resultado desses contactos inter-culturais, que está materializado em espólios e arquitecturas, é a base da análise.
A forte presença mediterrânea nos territórios meridionais, concretamente no Algarve, justificou a existência de projectos concretos para determinados sítios específicos, concretamente Castro Marim e Monte Molião (Lagos). Outros ainda, como é o caso de Faro, de Tavira e de Balsa, têm também vindo a ser estudados, através dos espólios recolhidos em intervenções de natureza diversa. Os dados já recolhidos apontam para uma Idade do Ferro com fortes ligações com o Oriente mediterrâneo e com a área do Estreito de Gibraltar, primeiro, e com a região gaditana, depois. Esta mesma região foi determinante para o desenvolvimento do território algarvio durante a ocupação romano-republicana. A importação de produtos gaditanos permanece durante com a integração na província da Lusitânia, ainda que a eles se juntem, precocemente, cerâmicas de mesa e de cozinha e alimentos oriundos do norte de África.
Alcácer do Sal, no estuário do Sado, constitui igualmente um sítio chave para a compreensão das relações estabelecidas, durante a Idade do Ferro, entre colonos fenícios e/ou tartéssicos e populações autóctones, o que justificou o desenvolvimento de um projecto autónomo que visa aprofundar a leitura sobre os cenários de vida e de morte e os contextos rituais da antiga Baevipo. A precocidade do processo de romanização verificado em Salacia deverá também ser devidamente enquadrada no processo de integração destes territórios na província da Lusitânia.
O território do estuário do Tejo trata-se de um espaço privilegiado para entender as relações inter-culturais, uma vez que quer em Lisboa propriamente dita, quer em Santarém, e ainda também na área de Vila Franca de Xira há vestígios da instalação de comunidades humanas exógenas ao longo do 1º milénio a.n.e., tendo sido também esta uma região que assistiu à chegada dos exércitos romanos em meados do século II. Por isso mesmo, se construíram os projectos em torno da ocupação antiga de Santarém e se estudam espólios de Lisboa.
A chegada de influências mediterrâneas ao interior alentejano, consubstanciada em espólios e arquitecturas (funerárias e habitacionais) obrigam a um permanente acompanhamento da actividade arqueológica dessa área. Mas os possíveis contributos de grupos humanos com outras origens não podem ser descartados.
A grande maioria dos estudos desenvolvidos pelos investigadores deste Grupo de Trabalho assenta em bases materiais concretas, de que se destacam os artefactos (cerâmicos, metálicos, vítreos, líticos) e as arquitecturas. Mas, os textos clássicos que se referem ao território sobre o qual centramos a nossa atenção não são esquecidos e são sempre equacionados nas análises concretizadas.