Editorial
Mariana Diniz, Directora da UNIARQ
A acabar o primeiro quartel do séc. XXI, os balanços sobre o Passado e o inventário das perspetivas de Futuro assumem um peso distinto porque ao Tempo introduzimos cortes menores e maiores que o tornam concreto, inteligível, quase material. Neste tempo que decorreu desde os inícios do século, a Arqueologia portuguesa sofreu transformações profundas, e os centros de investigação, como a UNIARQ, atingiram outra dimensão, outros números como o banner desta edição demonstra de forma clara.
Nestes meados da década de 20, do século XXI, a UNIARQ fecha o ano com um saldo imensamente positivo que esta newsletter reflecte. Ao lado das organizações e participações em colóquios e congressos, ao lado das provas académicas e da publicação de artigos, os números dos Estudos & Memórias, lançados neste fim de ano de 2024, constituem uma efectiva demonstração da vitalidade da investigação desenvolvida na UNIARQ e de uma sistemática politica de divulgação de resultados, sem a qual a ciência não existe e o conhecimento não avança. É também nesse quadro que o lançamento de mais um número da, agora indexada, Revista Ophiussa acontece. Com a saída deste oitavo número da Ophiussa, e porque novos desafios profissionais se colocaram a Ana Catarina Sousa que, desde 2017, havia assumido a coordenação do Serviço de Publicações da UNIARQ, este cargo passa agora para as mãos de Elisa Sousa. A Ana Catarina Sousa, o nosso mais sincero agradecimento pelo trabalho feito, a Elisa Sousa, votos dos maiores sucessos.
2025 será também o ano em que o novo Programa Estratégico da UNIARQ e um novo quadro de financiamento entrarão em vigor. Como acontece com todos os organismos vivos, os quadros e os cenários de acção da UNIARQ ampliam-se, diversificam-se, ramificam-se, num crescimento que responde às novas questões, às novas metodologias, às novas plataformas onde se faz e se pensa a Ciência e a Arqueologia. Reconstruir as dinâmicas das sociedades passadas, nos territórios que ocuparam e nas materialidades que geraram, reflectir sobre as circunstâncias em que se produziram e produzem os discursos sobre o Passado e sobre os seus redatores, preservar e fazer chegar o conhecimento a diferentes públicos e a partir de diferentes plataformas são os nossos propósitos comuns e, neste ano em que se comemora Camões, que não nos falte o engenho e a arte, para estas tarefas maiores.
Para todos, um excelente 2025!
Nestes meados da década de 20, do século XXI, a UNIARQ fecha o ano com um saldo imensamente positivo que esta newsletter reflecte. Ao lado das organizações e participações em colóquios e congressos, ao lado das provas académicas e da publicação de artigos, os números dos Estudos & Memórias, lançados neste fim de ano de 2024, constituem uma efectiva demonstração da vitalidade da investigação desenvolvida na UNIARQ e de uma sistemática politica de divulgação de resultados, sem a qual a ciência não existe e o conhecimento não avança. É também nesse quadro que o lançamento de mais um número da, agora indexada, Revista Ophiussa acontece. Com a saída deste oitavo número da Ophiussa, e porque novos desafios profissionais se colocaram a Ana Catarina Sousa que, desde 2017, havia assumido a coordenação do Serviço de Publicações da UNIARQ, este cargo passa agora para as mãos de Elisa Sousa. A Ana Catarina Sousa, o nosso mais sincero agradecimento pelo trabalho feito, a Elisa Sousa, votos dos maiores sucessos.
2025 será também o ano em que o novo Programa Estratégico da UNIARQ e um novo quadro de financiamento entrarão em vigor. Como acontece com todos os organismos vivos, os quadros e os cenários de acção da UNIARQ ampliam-se, diversificam-se, ramificam-se, num crescimento que responde às novas questões, às novas metodologias, às novas plataformas onde se faz e se pensa a Ciência e a Arqueologia. Reconstruir as dinâmicas das sociedades passadas, nos territórios que ocuparam e nas materialidades que geraram, reflectir sobre as circunstâncias em que se produziram e produzem os discursos sobre o Passado e sobre os seus redatores, preservar e fazer chegar o conhecimento a diferentes públicos e a partir de diferentes plataformas são os nossos propósitos comuns e, neste ano em que se comemora Camões, que não nos falte o engenho e a arte, para estas tarefas maiores.
Para todos, um excelente 2025!
ESPECIAL BALANÇO 2024
NOTÍCIAS
Encontro Final do Projeto B-Roman: Animais e Plantas da Lusitânia
No passado dia 28 de novembro, realizou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa o encontro final do Projeto B-Roman, intitulado "Animais e Plantas da Lusitânia". Este evento marcou o encerramento formal do projeto, que terminou no final do mês, mas também serviu como um ponto de partida para futuras investigações, com a esperança de que os resultados apresentados venham a gerar mais resultados nos próximos anos.
A sessão de abertura contou com intervenções de Catarina Viegas, Vice-Diretora da FLUL, e de Mariana Diniz, Diretora da UNIARQ, bem como do investigador responsável pelo projeto, João Tereso, e da co-investigadora principal, Cleia Detry. De seguida, João Tereso e Cleia Detry fizeram um balanço dos resultados alcançados pelo projeto. O programa incluiu apresentações de destaque, abrangendo diversos temas de interesse:
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O evento também incluiu o lançamento de duas publicações relevantes:
- Maria Martín Seijo apresentou o Manual de Boas Práticas em Arqueobotânica, um importante resultado do projeto que promete beneficiar a comunidade científica.
- Carlos Fabião encerrou o dia com a apresentação de um livro que compila os artigos das conferências realizadas, oferecendo uma descrição detalhada dos trabalhos reunidos na publicação, correspondente ao volume 26 da colecção de monografias da UNIARQ "Estudos & Memórias" (em acesso aberto no repositório da UL, em hdl.handle.net/10400.5/95722).
Cleia Detry
Lançamento Vila Nova de São Pedro e o Calcolítico no Ocidente Peninsular. Estudos & Memórias 22 e 23
No passado dia 10 de Dezembro, foram lançados na Faculdade de Letras de Lisboa, os dois números dos Estudos & Memórias da UNIARQ, editados por Mariana Diniz, Andrea Martins, César Neves e José Arnaud que, com o apoio da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Câmara Municipal da Azambuja, publicam as actas do Encontro Vila Nova de São Pedro e o Calcolítico no Ocidente Peninsular, realizado em 2021.
A apresentação dos dois números desta obra, onde se reúnem mais de 30 artigos sobre o Calcolítico do Ocidente Peninsular, foi realizada por Rafael Garrido Pena, da Universidade Autónoma de Madrid, e fez-se perante um anfiteatro cheio. Para além do Director da Faculdade de Letras e do Presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses, também membro do projecto VNSP3000, a presença da Câmara Municipal da Azambuja, representada pelo seu Vereador da Cultura e a presença do Presidente da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de S. Pedro e Maçussa foi mais um testemunho dos laços construídos em torno deste projecto, onde se reúnem, com um propósito comum, diferentes instituições que permitiram colocar Vila Nova de São Pedro, de novo no 3º milénio.
A apresentação dos dois números desta obra, onde se reúnem mais de 30 artigos sobre o Calcolítico do Ocidente Peninsular, foi realizada por Rafael Garrido Pena, da Universidade Autónoma de Madrid, e fez-se perante um anfiteatro cheio. Para além do Director da Faculdade de Letras e do Presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses, também membro do projecto VNSP3000, a presença da Câmara Municipal da Azambuja, representada pelo seu Vereador da Cultura e a presença do Presidente da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de S. Pedro e Maçussa foi mais um testemunho dos laços construídos em torno deste projecto, onde se reúnem, com um propósito comum, diferentes instituições que permitiram colocar Vila Nova de São Pedro, de novo no 3º milénio.
Editores, autores, voluntários e muitos outros, alguns amigos vindos de longe, reuniram-se também, nesta cerimónia, para prestar uma homenagem a Andrea Martins, membro da equipa de coordenação do projecto VNSP3000, responsável por esta iniciativa e que tragicamente nos deixou em 2024.
Os dois números de Vila Nova de São Pedro e o Calcolítico no Ocidente Peninsular estão já disponíveis, em acesso aberto, no Repositório da UL, Estudos & Memórias, 22 (doi.org/10.51427/10451/63412) e Estudos & Memórias, 23. (doi.org/10.51427/chi.2024.23). |
Mariana Diniz
Lançamento do número 8 da revista Ophiussa
No passado dia 17 de dezembro, foi lançado o volume de 2024 da revista Ophiussa, cuja apresentação esteve a cargo de Catarina Costeira, investigadora da UNIARQ e arqueóloga da Câmara Municipal de Sintra.
Este oitavo número da revista reúne 12 artigos e duas recensões bibliográficas, produzidos por 28 investigadores de diferentes instituições académicas nacionais e internacionais. Esta edição traz ainda uma importante novidade: o seu primeiro dossier temático, organizado por Francisco B. Gomes, Ricardo Basso e Francesco Meo, que se debruça sobre o tema “Produção, consumo e intercâmbio de têxteis na Europa da Idade do Ferro”. O volume inclui também uma homenagem especial à memória de Andrea Martins (1979-2024), investigadora da UNIARQ, que nos deixou repentinamente no início deste verão. |
A versão digital, de acesso aberto, encontra-se disponível para leitura no site da revista: https://ophiussa.letras.ulisboa.pt/index.php/ophiussa. Como de costume, a Ophiussa mantém também uma edição impressa, destinada à extensa rede de permutas promovida pela UNIARQ.
A revista Ophiussa está indexada em importantes bases de dados, incluindo: Latindex (desde 2018), Erihplus (desde 2022), Sherpa Romeo (desde 2022) e Scopus - Elsevier (desde 2023): https://www.scopus.com/sourceid/21101184723. Por fim, já se encontra aberta a fase de submissão de novos artigos para o volume 9, referente a 2025. Mais informações sobre o processo de submissão podem ser consultadas em: https://ophiussa.letras.ulisboa.pt/index.php/ophiussa/about/submissions. |
Elisa de Sousa
Última sessão de "Arqueologia em Construção 9"
No passado dia 17 de dezembro, realizou-se a última sessão do ciclo “Arqueologia em Construção” de 2024. Este evento contou com a apresentação de projetos de doutoramento de três jovens investigadores da UNIARQ.
O projeto de Miguel Rodrigues foca-se no estudo da fauna ictiológica do Estuário do Tejo ao longo de um vasto período cronológico, com o objetivo de aprofundar o entendimento das relações entre as comunidades humanas e o ambiente aquático. Na sessão intitulada “Como um peixe fora de água: dados preliminares do estudo dos peixes da Quinta do Almaraz”, foram divulgados os primeiros resultados da análise dos restos de peixes recolhidos neste sítio emblemático da Idade do Ferro da Estremadura.
Margarida Rodrigues apresentou o projeto intitulado “A ocupação romana da Baía de Lagos: leituras através da Terra Sigillata”, que investiga a evolução da ocupação humana nesta região algarvia durante as primeiras centúrias do 1º milénio d.C. O seu estudo baseia-se na análise de vários conjuntos de terra sigillataprovenientes de escavações realizadas no âmbito de projetos de investigação e de intervenções arqueológicas de caráter empresarial.
O projeto de Miguel Rodrigues foca-se no estudo da fauna ictiológica do Estuário do Tejo ao longo de um vasto período cronológico, com o objetivo de aprofundar o entendimento das relações entre as comunidades humanas e o ambiente aquático. Na sessão intitulada “Como um peixe fora de água: dados preliminares do estudo dos peixes da Quinta do Almaraz”, foram divulgados os primeiros resultados da análise dos restos de peixes recolhidos neste sítio emblemático da Idade do Ferro da Estremadura.
Margarida Rodrigues apresentou o projeto intitulado “A ocupação romana da Baía de Lagos: leituras através da Terra Sigillata”, que investiga a evolução da ocupação humana nesta região algarvia durante as primeiras centúrias do 1º milénio d.C. O seu estudo baseia-se na análise de vários conjuntos de terra sigillataprovenientes de escavações realizadas no âmbito de projetos de investigação e de intervenções arqueológicas de caráter empresarial.
A última apresentação, intitulada “Os bens culturais em movimento no MNA: novos desafios”, foi realizada por Paula Nascimento. O seu projeto de doutoramento dedica-se ao desenvolvimento de métodos inovadores para inventariação, classificação, caracterização e consulta dos espólios arqueológicos e documentais do Museu Nacional de Arqueologia. Este trabalho representa um passo crucial e com elevado potencial no contexto do processo de remodelação atualmente em curso nesta instituição.
Com esta sessão, encerrou-se o ciclo “Arqueologia em Construção” de 2024, que teve como objetivo principal promover a interação entre alunos de licenciatura e mestrado em Arqueologia da FLUL e os investigadores da UNIARQ. O foco esteve na divulgação dos múltiplos projetos de doutoramento em curso, permitindo conhecer e contrastar diferentes metodologias analíticas e abordagens conceptuais aplicadas ao registo arqueológico. |
Elisa de Sousa
I Curso de Introdução às Línguas e Epigrafias Paleo-Hispânicas
Nos dias 4 e 5 de dezembro de 2024, decorreu na Faculdade de Letras o I Curso de Introdução às Línguas e Epigrafias Paleo-Hispânicas. O evento teve como objetivo proporcionar uma panorâmica geral sobre as línguas e escritas pré-romanas da Península Ibérica a um público não especializado. O curso contou com cerca de 30 participantes, cujo perfil variou entre estudantes do primeiro ano da licenciatura e profissionais de património externos à Universidade. Os conteúdos foram organizados em cinco blocos temáticos, correspondentes aos grandes espaços linguístico-epigráficos paleo-hispânicos: Sudoeste, Ibérico, Celtibérico, Lusitano, bem como aquelas áreas com escasso registo escrito (com destaque para o Turdetano e o Vascónico).
O curso foi organizado por Javier Herrera e Amílcar Guerra, contando com a participação de José Cardim, colaborador da UNIARQ, e de dois professores espanhóis: Víctor Sabaté Vidal, da Universidade de Valência, que abordou as epigrafias paleo-hispânicas, e María José Estarán Tolosa, da Universidade de Saragoça, que apresentou a sessão dedicada aos celtiberos. Procurou-se, ao longo de toda a iniciativa, um equilíbrio entre a solidez científica e a acessibilidade dos conteúdos, tratando-se de temas simultaneamente atrativos e complexos. Pretende-se dar continuidade a esta iniciativa, promovendo a divulgação desta área de investigação em epigrafia desenvolvida no Centro de Arqueologia. Aproveitando a sua presença em Lisboa, a professora Estarán proferiu, no dia 6 de dezembro, a conferência-aula aberta intitulada “Encuentros de lenguas y culturas: el multilingüismo en el Occidente mediterráneo antiguo”, no âmbito da unidade curricular História de Roma Antiga do mestrado em História. Além dos estudantes de mestrado, a conferência contou com a presença de alunos da unidade curricular Introdução à Epigrafia da licenciatura em Arqueologia. Aproveitando igualmente a sua participação no curso, o professor Sabaté lecionou uma interessante aula aos estudantes de epigrafia sobre a epigrafia ibérica e a sua contextualização nos âmbitos mediterrâneo e hispânico. |
Javier Herrera Rando
III Côa Symposium: Alteração climática e adaptação humana. A transição do Pleistocénico para o Holocénico
Nos dias 5 e 6 de dezembro decorreu, no Museu do Côa, o III Côa Symposium. A edição deste ano, subordinada ao tema a Alteração climática e adaptação humana, foi centrada no período de transição do Pleistocénico para o Holocénico.
O evento foi organizado pela Fundação Côa Parque em colaboração com a UNIARQ (enquadrados respetivamente pela Ciência Viva e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia – FCT), a ACÔA – Amigos do Parque e do Museu do Côa, a Associação dos Arqueólogos Portugueses e contou com o apoio de inúmeros parceiros locais, que apoiaram a logística e oferta de brindes aos congressistas.
O programa científico incluiu especialistas em paleobotânica, como José António López Sáez (CSIS, Madrid); fauna, como é o caso de Laure Fontana (UMR 7041 ArScAn, CNRS, França) ou geoarqueologia, por exemplo, Luca Dimuccio; que apresentaram a reconstituição paleoambiental e paleoclimática possível para o vale do Côa, a península ibérica e/ou a Europa ocidental.
O evento foi organizado pela Fundação Côa Parque em colaboração com a UNIARQ (enquadrados respetivamente pela Ciência Viva e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia – FCT), a ACÔA – Amigos do Parque e do Museu do Côa, a Associação dos Arqueólogos Portugueses e contou com o apoio de inúmeros parceiros locais, que apoiaram a logística e oferta de brindes aos congressistas.
O programa científico incluiu especialistas em paleobotânica, como José António López Sáez (CSIS, Madrid); fauna, como é o caso de Laure Fontana (UMR 7041 ArScAn, CNRS, França) ou geoarqueologia, por exemplo, Luca Dimuccio; que apresentaram a reconstituição paleoambiental e paleoclimática possível para o vale do Côa, a península ibérica e/ou a Europa ocidental.
Ana Cristina Araújo (PC.I.P.; UNIARQ) apresentou uma comunicação sobre os últimos caçadores-recolectores do Sudoeste da Península Ibérica. Sínteses regionais sobre a transição Pleistocénico-Holocénico foram apresentadas por Didac Roman Monroig (Universitat Jaume I, Barcelona) e Inés Domingo (ICREA, Barcelona) relativamente à Ibéria mediterrânica; por Cristina Gameiro (UNIARQ) sobre a fachada ocidental da Península Ibérica; por Thierry Aubry (FCP, UNIARQ) e colegas no que concerne a área do Vale do Côa; Sérgio Monteiro Rodrigues (CITECEM, FLUP) e Thierry Aubry (FCP, UNIARQ) focaram-se no sítio do Prazo; Ludovic Mevel (UMR 8068-TEMPS, CNRS, Paris) e colegas sobre a Bacia parisiense; e Mathieu Langlais (UMR 5199-PACEA, CNRS, Bordéus) e Nicolas Naudinot (Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris) apresentaram dados do projeto TAIHA, relativo ao final do Pleistocénico e momentos iniciais do Holocénico como arco Atlântico francês. A temática relacionada com as manifestações gráficas deste período foi o tema central das comunicações de André Santos (CEAACP) e colegas, sobre o Vale do Côa; Lara Bacelar Alves (CEAACP) e Mário Reis (FCP, CEAACP), sobre o início do Holocénico no Vale do Côa; Tania Mosquera Castro (GEPN-AAT, Santiago de Compostela) e colegas sobre a Cova Eirós e, por fim, Patrick Paillet e Elena Paillet apresentaram uma síntese sobre a arte do laboriense.
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Este evento foi uma excelente ocasião para a apresentação de resultados dos projetos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, através de uma linha de financiamento dedicada ao Vale do Côa: os projetos LandCRAFT, coordenado por Lara Bacelar Alves – IR e João Muralha – co-IR (ref. COA/OVD/0055/2019) e Climate@Coa, coordenado por Luca Dimuccio - IR e Thierry Aubry – co-IR (ref. COA/CAC/0031/2019), que vigoraram, respetivamente, até junho e setembro de 2024.
O evento contou ainda com uma visita guiada ao núcleo de gravuras da Penascosa, seguindo de um faustuoso lanche oferecido por um parceiro local, no dia 5 de dezembro. No mesmo dia foi ainda inaugurada a instalação Depósito de Afetos, que conta com duas esculturas de João Cutileiro (cedidas por Margarida Cutileiro) e poderá ser vista à entrada do Museu do Côa. O Symposium decorreu em modo híbrido, uma vez que Luca Dimuccio e Mathieu Langlais apresentaram remotamente as suas comunicações. Os restantes palestrantes e uma plateia de cerca de 25 participantes animaram presencialmente os debates e as discussões científicas. |
Cristina Gameiro
Apresentação da Investigadora Rose Malik “Archaeology Stinks” na Faculdade de Letras
No dia 11 de dezembro, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa recebeu Rose Malik, doutoranda da Universidade de Durham, Reino Unido, para uma apresentação intitulada "Archaeology Stinks. Finding ancient olfactory molecular evidence in archaeological material remains using Headspace analysis". Durante a sessão, a investigadora abordou o papel do olfato na arqueologia, explorando novas perspetivas sobre a forma como os cheiros podem ser analisados e interpretados em contextos arqueológicos.
Rose Malik começou por explicar os fundamentos do olfato, descrevendo os processos neuronais que permitem ao cérebro humano perceber cheiros. A partir dessa base, introduziu as metodologias científicas utilizadas para identificar moléculas olfativas em materiais e solos arqueológicos, uma abordagem que permite reconstruir os aromas que poderiam ter existido no passado. A apresentação destacou, em particular, a análise de amostras de enterramentos, onde se identificam metabolitos humanos e vestígios de plantas associadas ao contexto funerário. Este tipo de investigação não apenas amplia o conhecimento sobre práticas culturais e rituais, mas também contribui para uma reconstrução sensorial dos ambientes históricos. A investigadora colaborou com o projeto Ecofreedom da UNIARQ, analisando amostras de solos de escavações em Cacheu, na Guiné-Bissau, e no Sado, em Portugal. Através destas análises, foi possível identificar novos dados sobre os contextos arqueológicos destes locais, reforçando a importância desta metodologia como uma nova abordagem para compreender as sociedades do passado. Este trabalho pioneiro de Rose Malik não só enriquece o campo da arqueologia, como traz uma perspetiva mais humana e sensorial à interpretação do passado, permitindo-nos imaginar como seriam os cheiros que rodeavam as populações antigas. |
Cleia Detry
INVESTIGAÇÃO NA UNIARQ
Alexandre Sarrazola - Bolseiro de Doutoramento FCT (UI/BD/154340/2023)
Autor, Texto e Circunstâncias na Contemporânea Arqueologia Portuguesa XIX XXI (Teoria.História.Narratologia)
A Arqueologia, no quadro das suas circunstâncias temporais, políticas e epistemológicas, pode – à semelhança das demais ciências sociais e humanas - ser definida desta breve maneira: a abordagem a um colectivo de indivíduos num dado espaço atinente a um determinado intervalo de tempo (Carlos Fabião, 1993).
A ideia de contemporaneidade na Arqueologia é enquadrada nos moldes em que cientificamente opera entre as outras ciências, fazendo incidir o enfoque nos alvores da ruptura com um paradigma bíblico criacionista, a partir dos contributos de Lyell e Darwin ainda na primeira metade do século XIX na geologia e biologia, reveladores de uma antiguidade muito anterior aos padrões cronológicos criacionistas e decorrente complexidade de transformação e mudança, tanto da Terra como na Espécie Humana.
Associa se este impulso fundador à equivalente eclosão de uma Arqueologia Portuguesa laica em moldes contemporâneos desde 1849, com os benefícios de uma interdisciplinaridade ab initio associada ao leque de áreas de formação dos percursores da disciplina no actual território português e sua projecção numa actual deliberada dinâmica de diálogo e reciprocidade com as demais ciências naturais e humanas.
Tal asserção convoca um sujeito-autor, seu enquadramento circunstancial/contextual e objecto de estudo: em última instância o texto (Carlos Reis, 2017; Carlos Reis, A C Lopes, 2000).
Elencadas estão as 3 noções operativas de trabalho: Autor/ Contexto/ Texto na Contemporânea Arqueologia Portuguesa.
Noutro lugar indagou-se a este mote: “lidamos com Memória (colectiva). Se a isto somarmos a seguinte ideia generalizada nos últimos 20 anos pela Neurologia (numa aproximação epistemológica à Narratologia”; a que se pretende aqui juntar a Arqueologia): a nossa memória é um fabulista (Damásio, 2011): “rasura, acrescenta, apaga, troca coisas de lugar: ficciona (Sarrazola, 2020)”, é imperativo expandir agenda e questionário. Mas se, para a Narratologia, a ficção mais não é que o relato de uma história que nunca sucedeu em termos homólogos àqueles em que se contaria uma história real (Peterson, 2013), que papel nos é suposto desempenhar no palco que nos calhou em sorte? (Sarrazola, 2013). O objectivo – aqui e agora - é responder.
A ideia de contemporaneidade na Arqueologia é enquadrada nos moldes em que cientificamente opera entre as outras ciências, fazendo incidir o enfoque nos alvores da ruptura com um paradigma bíblico criacionista, a partir dos contributos de Lyell e Darwin ainda na primeira metade do século XIX na geologia e biologia, reveladores de uma antiguidade muito anterior aos padrões cronológicos criacionistas e decorrente complexidade de transformação e mudança, tanto da Terra como na Espécie Humana.
Associa se este impulso fundador à equivalente eclosão de uma Arqueologia Portuguesa laica em moldes contemporâneos desde 1849, com os benefícios de uma interdisciplinaridade ab initio associada ao leque de áreas de formação dos percursores da disciplina no actual território português e sua projecção numa actual deliberada dinâmica de diálogo e reciprocidade com as demais ciências naturais e humanas.
Tal asserção convoca um sujeito-autor, seu enquadramento circunstancial/contextual e objecto de estudo: em última instância o texto (Carlos Reis, 2017; Carlos Reis, A C Lopes, 2000).
Elencadas estão as 3 noções operativas de trabalho: Autor/ Contexto/ Texto na Contemporânea Arqueologia Portuguesa.
Noutro lugar indagou-se a este mote: “lidamos com Memória (colectiva). Se a isto somarmos a seguinte ideia generalizada nos últimos 20 anos pela Neurologia (numa aproximação epistemológica à Narratologia”; a que se pretende aqui juntar a Arqueologia): a nossa memória é um fabulista (Damásio, 2011): “rasura, acrescenta, apaga, troca coisas de lugar: ficciona (Sarrazola, 2020)”, é imperativo expandir agenda e questionário. Mas se, para a Narratologia, a ficção mais não é que o relato de uma história que nunca sucedeu em termos homólogos àqueles em que se contaria uma história real (Peterson, 2013), que papel nos é suposto desempenhar no palco que nos calhou em sorte? (Sarrazola, 2013). O objectivo – aqui e agora - é responder.
PEÇA DO MÊS
Arqueologia no Arquivo: As thermae cassiorum de Olisipo nos papéis de Fr. Manoel do Cenáculo Villas-Boas na Biblioteca Pública de Évora
No domínio do que poderíamos chamar “História da Arqueologia”, os arquivos são importantes lugares de conservação e descoberta de informação.
Aqui se apresentam dois desenhos importantes, nem sempre devidamente valorizados, que se conservam entre os papéis de Frei Manoel do Cenáculo Villas-Boas, Bispo de Beja e Arcebispo de Évora (1724-1814), na Biblioteca Pública de Évora, respectivamente, um desenho técnico da parte conservada do edifício das termas ditas dos Cássios, pela inscrição ali encontrada, na parede, em local que o desenho documenta, e o desenho da inscrição propriamente dita. Estes dois documentos, embora constituam partes de um mesmo registo, conheceram sortes desiguais na sua divulgação, como pouco valorizadas foram as descrições que lhes andam associadas.
O desenho da inscrição foi precocemente publicado, por exemplo, por Vieira da Silva, na sua obra Epigrafia de Olisipo (1944) – EO, 22, p. 114), privilegiando a inscrição, sem atender ao contexto, para lá da simples referência de que se encontrara nas ruínas do edifício termal.
Já o outro desenho, um desenho técnico, à pena, com representação do que chamaríamos hoje plano e alçado, com escala, das ruínas observadas não conheceu a mesma sorte. Sobre a ruína prevaleceu o registo em esboceto dos três elementos que comporiam a tripla abside com nichos, que se conserva na Biblioteca Nacional de Portugal, a partir do qual Borges de Figueiredo compôs uma “planta” fantasiosa que não corresponde minimamente à realidade então identificada. O desenho que aqui se apresenta permaneceu esquecido, tanto no estudo de Pilar Reis sobre as termas urbanas da Lusitânia, como em outros lugares onde as conhecidas (pela epígrafe) thermae cassiorum ou termas dos Cássios foram referidas, privilegiando-se o desenho publicado por Figueiredo. Chegou mesmo a supor-se que a inscrição fora somente um rascunho cuja obra final se desconhecia.
Aqui se apresentam dois desenhos importantes, nem sempre devidamente valorizados, que se conservam entre os papéis de Frei Manoel do Cenáculo Villas-Boas, Bispo de Beja e Arcebispo de Évora (1724-1814), na Biblioteca Pública de Évora, respectivamente, um desenho técnico da parte conservada do edifício das termas ditas dos Cássios, pela inscrição ali encontrada, na parede, em local que o desenho documenta, e o desenho da inscrição propriamente dita. Estes dois documentos, embora constituam partes de um mesmo registo, conheceram sortes desiguais na sua divulgação, como pouco valorizadas foram as descrições que lhes andam associadas.
O desenho da inscrição foi precocemente publicado, por exemplo, por Vieira da Silva, na sua obra Epigrafia de Olisipo (1944) – EO, 22, p. 114), privilegiando a inscrição, sem atender ao contexto, para lá da simples referência de que se encontrara nas ruínas do edifício termal.
Já o outro desenho, um desenho técnico, à pena, com representação do que chamaríamos hoje plano e alçado, com escala, das ruínas observadas não conheceu a mesma sorte. Sobre a ruína prevaleceu o registo em esboceto dos três elementos que comporiam a tripla abside com nichos, que se conserva na Biblioteca Nacional de Portugal, a partir do qual Borges de Figueiredo compôs uma “planta” fantasiosa que não corresponde minimamente à realidade então identificada. O desenho que aqui se apresenta permaneceu esquecido, tanto no estudo de Pilar Reis sobre as termas urbanas da Lusitânia, como em outros lugares onde as conhecidas (pela epígrafe) thermae cassiorum ou termas dos Cássios foram referidas, privilegiando-se o desenho publicado por Figueiredo. Chegou mesmo a supor-se que a inscrição fora somente um rascunho cuja obra final se desconhecia.
Entre os papéis de Frei Manoel do Cenáculo Villas-Boas conservados na Biblioteca Pública de Évora figuram também algumas descrições da ruína por quem seguramente teve ensejo de a observar, não somente estes dois desenhos. Por exemplo, a carta de Manoel Rodrigues Maya, de 24 de Abril de 1776, onde se descreve o que então se viu do antigo edifício termal, que se encontrava ainda bem conservado em altura:
“Consta de trez casas, Huma maior / tem de alto pela parte posterior atte ao tecto da abobada 36 palmos [cerca de 7, 5 metros]. / He redonda pela dª [ita] parte, e tem hum tanque no fundo, que tem de Norte a Sul / 17 [cerca de 3, 5 metros], e de Nascente a Poente 19 [cerca de 4 metros]. He redondo da mesma sorte q[ue] a caza; porem / he mais estreito doq’ella 2 palmos [c. de 40 cm]; por q[ue] tem em circumferencia huma pa / rede, q[ue] tem de largo 1 e de alto 5 e meyo [c. de 1 metro]. A parede do tanque, q[ue] está pª[ara] a / p[ar]te Do meyo dia, E direita como se pode ver no Risco; no fundo della está / hum cano, por onde sahião as agoas, cujo tem três quartos de hum palmo [c. de 15 cm] em / quadro. He a parede, e fundo do tanque lageado [sic] de lageas de excelen / te pedra, que tem hums veÿos encarnados, sendo as lageas da grossura de hum de / do; assentadas sobre betume de pó de tejolo. Tem duas escadas por onde / se descia pª[ara] elle, ambas da parte do meÿo dia; huma encostada á parede que / fica pª[ara]o Nascente, outra á do Poente. Cada huma tem 5 degráos [sic] de / pedra, e cada hum tem três palmos de comprido [c. 60 cm]; e hum, e hum quarto de Largo [c. 25cm]. §
Dois palmos acima do tanque na parede q fica da p[ar]te. Do Norte, está / hum Nicho, q[ue] tem de alto 11 palmos e meÿo [c. 2,4 metros], e de Largo 6, e 4º [c. 1,30 metros]. E mandando / o Me. Da Obra picar o reboco do Nicho, se descobrio hum cano no meÿo delle entre / o reboco, e a superfície da parede, q’[ue], correndo da p[ar]te. Direita prª[ara] a esquerda / por distancia de 11 palmos [c. 2,3 metros] se recolhe, e vem sahir quasi ao alto da pare / de, que forma o tanque junto a escada da p[ar]te. Do Nascente. Tem a mês / ma medida que o por onde sahião as agoas, q’ julgo entravão p[ara]ª o tan / que por este. Por cima do Nicho em distancia de hum palmo está a / forma de huma Lagea, q’ he feita de cal e arêa, em que está huma inscrip - / ção Latina, que vai no risco fielm.te copiada; tendo as mesmas letras, e as - / mesmas palavras em cada huma como tem o original. Tem a forma da / dita Lagea de comprido 4 palmos, e meÿo [c. 0.90 cm], e de largo 2 [c. 40 cm]. Tem hum ped / daço fora na parte superior, q[ue] fica pª a par.te do Nascente; porem sem / fazer mal á inscripção. Tem á roda della duas linhas em quadro cu / jo vão, e os que ha entre regra, e regra são encarnados”
Assim, no arquivo encontramos uma descrição das ruínas identificadas, por vezes, o seu desenho, a transcrição de algum elemento mais relevante que, neste caso, era uma epígrafe, pintada, conservando ainda as suas cores.
Ironicamente, poderemos dizer que nos arquivos vamos encontrar aquilo que hoje prevalece nas minimizações de impacte na vertente de património arqueológico: uma “conservação pelo registo”.
“Consta de trez casas, Huma maior / tem de alto pela parte posterior atte ao tecto da abobada 36 palmos [cerca de 7, 5 metros]. / He redonda pela dª [ita] parte, e tem hum tanque no fundo, que tem de Norte a Sul / 17 [cerca de 3, 5 metros], e de Nascente a Poente 19 [cerca de 4 metros]. He redondo da mesma sorte q[ue] a caza; porem / he mais estreito doq’ella 2 palmos [c. de 40 cm]; por q[ue] tem em circumferencia huma pa / rede, q[ue] tem de largo 1 e de alto 5 e meyo [c. de 1 metro]. A parede do tanque, q[ue] está pª[ara] a / p[ar]te Do meyo dia, E direita como se pode ver no Risco; no fundo della está / hum cano, por onde sahião as agoas, cujo tem três quartos de hum palmo [c. de 15 cm] em / quadro. He a parede, e fundo do tanque lageado [sic] de lageas de excelen / te pedra, que tem hums veÿos encarnados, sendo as lageas da grossura de hum de / do; assentadas sobre betume de pó de tejolo. Tem duas escadas por onde / se descia pª[ara] elle, ambas da parte do meÿo dia; huma encostada á parede que / fica pª[ara]o Nascente, outra á do Poente. Cada huma tem 5 degráos [sic] de / pedra, e cada hum tem três palmos de comprido [c. 60 cm]; e hum, e hum quarto de Largo [c. 25cm]. §
Dois palmos acima do tanque na parede q fica da p[ar]te. Do Norte, está / hum Nicho, q[ue] tem de alto 11 palmos e meÿo [c. 2,4 metros], e de Largo 6, e 4º [c. 1,30 metros]. E mandando / o Me. Da Obra picar o reboco do Nicho, se descobrio hum cano no meÿo delle entre / o reboco, e a superfície da parede, q’[ue], correndo da p[ar]te. Direita prª[ara] a esquerda / por distancia de 11 palmos [c. 2,3 metros] se recolhe, e vem sahir quasi ao alto da pare / de, que forma o tanque junto a escada da p[ar]te. Do Nascente. Tem a mês / ma medida que o por onde sahião as agoas, q’ julgo entravão p[ara]ª o tan / que por este. Por cima do Nicho em distancia de hum palmo está a / forma de huma Lagea, q’ he feita de cal e arêa, em que está huma inscrip - / ção Latina, que vai no risco fielm.te copiada; tendo as mesmas letras, e as - / mesmas palavras em cada huma como tem o original. Tem a forma da / dita Lagea de comprido 4 palmos, e meÿo [c. 0.90 cm], e de largo 2 [c. 40 cm]. Tem hum ped / daço fora na parte superior, q[ue] fica pª a par.te do Nascente; porem sem / fazer mal á inscripção. Tem á roda della duas linhas em quadro cu / jo vão, e os que ha entre regra, e regra são encarnados”
Assim, no arquivo encontramos uma descrição das ruínas identificadas, por vezes, o seu desenho, a transcrição de algum elemento mais relevante que, neste caso, era uma epígrafe, pintada, conservando ainda as suas cores.
Ironicamente, poderemos dizer que nos arquivos vamos encontrar aquilo que hoje prevalece nas minimizações de impacte na vertente de património arqueológico: uma “conservação pelo registo”.
Os documentos que aqui se apresentam estão na Biblioteca Pública de Évora.
Desenhos e manuscritos:
B.P.E. Gaveta 8, Planta 6 (para o desenho à pena das ruínas)
B.P.E. Gaveta 8, nº2_f6_002 (para o desenho da epígrafe)
B.P.E. Gaveta 8, nº 2_f27_003 a 006 (para a carta de Manoel Rodrigues Maya)
Referências:
Figueiredo, B. (1889) As Thermas dos Cassios, em Lisboa, Revista Archeologica, Estudos e Notas, Vol. III, p. 153-154.
Silva, A. V. (1944) Epigrafia de Olisipo (subsídios para o estudo da Lisboa romana). Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa.
Desenhos e manuscritos:
B.P.E. Gaveta 8, Planta 6 (para o desenho à pena das ruínas)
B.P.E. Gaveta 8, nº2_f6_002 (para o desenho da epígrafe)
B.P.E. Gaveta 8, nº 2_f27_003 a 006 (para a carta de Manoel Rodrigues Maya)
Referências:
Figueiredo, B. (1889) As Thermas dos Cassios, em Lisboa, Revista Archeologica, Estudos e Notas, Vol. III, p. 153-154.
Silva, A. V. (1944) Epigrafia de Olisipo (subsídios para o estudo da Lisboa romana). Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa.
Carlos Fabião
AGENDA
SHA 2025 Conference on Historical and Underwater Archaeology
Landscapes in Transition: Looking to the Past to Adapt to the Future 8 a 11 de Janeiro | New Orleans (USA) Mais informação AQUI |
HEIRS - Opening Symposium: Promoting research synthesis in human evolution
28 e 29 de Janeiro | Faro Mais informação AQUI |
Palestra
Do voo de pássaro ao olho de lince: a construção das paisagens mortuárias no 3.º milénio AC no Baixo Alentejo por Mónica Corga 29 de Janeiro | ADECAP (Zoom) |
Participações em Congressos, Colóquios e Conferências
III Côa Symposium: Alteração Climática e Adaptação Humana - A transição do Pleistocénico para o Holocénico
Participação de Ana Cristina Araújo, André T. Santos, Diego Angelucci, Cristina Gameiro, Luca Dimuccio, Luis Luis, Maurizio Zambaldi, Miguel Almeida e Thierry Aubry 5 e 6 de Dezembro | Museu do Côa "Entre maciços: novas abordagens ao estudo do Paleolítico na Estremadura Portuguesa"
Participação de Alexandre Varanda, Ana Costa, Ana Cristina Araújo, Carlos Filipe Ferreira, Cristina Gameiro, Filipa Rodrigues, Joan Daura, João Pedro Cunha-Ribeiro, João Zilhão, Luca Dimuccio, Luis Gomes, Maurizio Zambaldi, Miguel Almeida, Montserrat Sanz, Telmo Pereira e Thierry Aubry 7 de Dezembro | Museu de Leiria Congresso Internacional "Escravaturas de Ontem e de Hoje: Servidões, Rebeliões e Opressões"
Participação de Elena Morán e Sílvia Teixeira 11 a 14 de Dezembro | Lisboa |
«Follow that blade! – Indicadores geoarqueológicos da mobilidade das comunidades humanas de Vila Nova de São Pedro (no concelho de Azambuja) durante o 3º milénio AC»
Conferência de Patrícia Jordão, César Neves, Sofia Soares, Mariana Diniz, Andrea Martins e José M. Arnaud 16 de Dezembro | Museu Arqueológico do Carmo Arqueologia em Construção 9: Sessão #6
Participação de Margarida Rodrigues, Miguel Rodrigues e Paula Nascimento 17 de Dezembro | Faculdade de Letras de Lisboa Lançamento da Revista Ophiussa n.º 8
Apresentação por Catarina Costeira 17 de Dezembro | Faculdade de Letras de Lisboa |
Publicações em Acesso Aberto no Repositório da UL
DINIZ, M.; MARTINS, A.; NEVES, C.; ARNAUD, J. (Eds.) (2024) – Vila Nova de São Pedro e o Calcolítico no Ocidente Peninsular 1. estudos & memórias 22. Lisboa: UNIARQ/FL-UL. 408 p.
hdl.handle.net/10451/63412 |
DINIZ, M.; MARTINS, A.; NEVES, C.; ARNAUD, J. (Eds.) (2024) – Vila Nova de São Pedro e o Calcolítico no Ocidente Peninsular 2. estudos & memórias 23. Lisboa: UNIARQ/FL-UL. 296 p.
hdl.handle.net/10400.5/96204 |
Provas Académicas
Tese de Mestrado "Demografia na Lusitânia romana: uma perspectiva epigráfica"
por Lívia Silva Spinacé
20 de Janeiro | 14h30 | Online (Zoom)
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20 de Janeiro | 14h30 | Online (Zoom)
Tese de Mestrado "O Acheulense da Ribeira da Cardeira: O Monte das Biqueiras (Beja, Portugal). Paleolítico Inferior."
por Henrique da Costa Almeida
22 de Janeiro | 14h30 | Online (Zoom)
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22 de Janeiro | 14h30 | Online (Zoom)
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