Editorial
Mariana Diniz, Directora da UNIARQ
Disse-me muitas vezes o Professor Victor Gonçalves que queria ter na sua lápide funerária a célebre frase de Boris Vian: Le plus clair de mon temps, je le passe à l'obscurcir, parce que la lumière me gêne. Nos tempos em que conversávamos com frequência, perguntava-me se me lembrava do epitáfio e se tinha registado essa sua última vontade. Respondi sempre que sim, sorrindo, porque tal incumbência pelas mais diferentes razões, nunca me viria a incumbir. Pelas ironias da História, de que o Professor Victor Gonçalves era um extraordinário apreciador, compete-me, neste boletim oficial da UNIARQ, centro de investigação que fundou e de que foi Director até 2016, dar a notícia da sua morte, acontecida na madrugada de ontem.
O Tempo das coisas é finito, bem sabemos, e o fio de Ariadne, de que tantas vezes falámos a propósito dos pesos de tear de Santa Justa, tem que ser cortado nalgum momento. Não será inesperada a notícia, porque o estado de saúde muito frágil já o fazia prever, não re-escrevo agora a história das divergências que tantas vezes nos puseram em confronto, mas pelo desaparecimento do Professor Victor Gonçalves, a UNIARQ está de luto.
Escrevo o último dos Editoriais do ano de 2024 quando, por coincidência do calendário eleitoral do Centro de Arqueologia, se completa também um ano desta nova direcção da UNIARQ, parecendo assim óbvio um balanço duplo das actividades desenvolvidas, dos desafios enfrentados e do que está em execução.
Acaba o ano quando está ainda em curso o processo de avaliação da UNIARQ, por parte da Fundação para a Ciência e Tecnologia, processo fundamental para todos os centros de investigação dado que deste exercício decorre a atribuição do financiamento à investigação que, como sabemos, em qualquer uma das suas múltiplas etapas, aquisição de dados, processamento de informação, apresentação de resultados, se tende a tornar cada vez mais dispendiosa, ao mesmo tempo que se anunciam cortes no Orçamento de Estado para a Ciência. O Futuro é, por isso, e como faz parte da sua ontologia, incerto. Cortes nos orçamentos exigem dos Centros de Investigação, resiliência, financiamentos adequados exigem a imensa responsabilidade de usar adequadamente as verbas recebidas, promovendo a formação de jovens investigadores, apoiando carreiras em fase inicial ou já consolidadas, disponibilizando, em acesso aberto, os resultados da investigação em curso, contribuindo para a construção de sociedades do conhecimento, que se esperam mais democráticas, mais reflexivas e mais inclusivas.
Neste ano que agora acaba, a actividade dos Investigadores da UNIARQ mede-se num balanço positivo (muito positivo mesmo, diria, se fosse possível o elogio em causa própria); trabalhos de terreno, apresentação de comunicações em congressos nacionais e internacionais, publicação de resultados, organização de encontros científicos, acolhimento de investigadores estrangeiros, redes e parcerias nacionais e internacionais, reforço de equipamentos, re-organização de espaços de trabalho e de arquivo/inventário, participação em eventos de divulgação do conhecimento, são alguns desses indicadores e os números anteriores da UNIARQ digital reflectem as diferentes esferas de acção em que a equipa da UNIARQ esteve envolvida.
Por todo este trabalho feito, por aquele que está em curso, estamos todos de parabéns, e será neste sentido que o caminho se deve continuar a fazer. Que nos traga o novo ano, sucessos e conquistas.
Mas o ano de 2024, será sempre também o ano em que a Andrea partiu e para estas perdas, não há balanços.
O Tempo das coisas é finito, bem sabemos, e o fio de Ariadne, de que tantas vezes falámos a propósito dos pesos de tear de Santa Justa, tem que ser cortado nalgum momento. Não será inesperada a notícia, porque o estado de saúde muito frágil já o fazia prever, não re-escrevo agora a história das divergências que tantas vezes nos puseram em confronto, mas pelo desaparecimento do Professor Victor Gonçalves, a UNIARQ está de luto.
Escrevo o último dos Editoriais do ano de 2024 quando, por coincidência do calendário eleitoral do Centro de Arqueologia, se completa também um ano desta nova direcção da UNIARQ, parecendo assim óbvio um balanço duplo das actividades desenvolvidas, dos desafios enfrentados e do que está em execução.
Acaba o ano quando está ainda em curso o processo de avaliação da UNIARQ, por parte da Fundação para a Ciência e Tecnologia, processo fundamental para todos os centros de investigação dado que deste exercício decorre a atribuição do financiamento à investigação que, como sabemos, em qualquer uma das suas múltiplas etapas, aquisição de dados, processamento de informação, apresentação de resultados, se tende a tornar cada vez mais dispendiosa, ao mesmo tempo que se anunciam cortes no Orçamento de Estado para a Ciência. O Futuro é, por isso, e como faz parte da sua ontologia, incerto. Cortes nos orçamentos exigem dos Centros de Investigação, resiliência, financiamentos adequados exigem a imensa responsabilidade de usar adequadamente as verbas recebidas, promovendo a formação de jovens investigadores, apoiando carreiras em fase inicial ou já consolidadas, disponibilizando, em acesso aberto, os resultados da investigação em curso, contribuindo para a construção de sociedades do conhecimento, que se esperam mais democráticas, mais reflexivas e mais inclusivas.
Neste ano que agora acaba, a actividade dos Investigadores da UNIARQ mede-se num balanço positivo (muito positivo mesmo, diria, se fosse possível o elogio em causa própria); trabalhos de terreno, apresentação de comunicações em congressos nacionais e internacionais, publicação de resultados, organização de encontros científicos, acolhimento de investigadores estrangeiros, redes e parcerias nacionais e internacionais, reforço de equipamentos, re-organização de espaços de trabalho e de arquivo/inventário, participação em eventos de divulgação do conhecimento, são alguns desses indicadores e os números anteriores da UNIARQ digital reflectem as diferentes esferas de acção em que a equipa da UNIARQ esteve envolvida.
Por todo este trabalho feito, por aquele que está em curso, estamos todos de parabéns, e será neste sentido que o caminho se deve continuar a fazer. Que nos traga o novo ano, sucessos e conquistas.
Mas o ano de 2024, será sempre também o ano em que a Andrea partiu e para estas perdas, não há balanços.
NOTÍCIAS
Arqueologia em Construção 9: sessão 5
A penúltima sessão de 2024 do ciclo “Arqueologia em Construção”, concebida para promover um contacto mais sistemático entre os investigadores da UNIARQ e a comunidade académica da FLUL, teve lugar no passado dia 19 de Novembro, com a apresentação de dois projetos de doutoramento atualmente em desenvolvimento.
Mónica Corga apresentou o seu projeto intitulado A construção das paisagens mortuárias no 3º milénio AC, a partir de uma abordagem integrada das práticas de gestão da morte no recinto do Porto Torrão. Primeiras reflexões. A investigação foca-se no estudo interdisciplinar das práticas funerárias deste emblemático sítio alentejano, com o objetivo de compreender a diversidade de comportamentos identificados e as possíveis relações com diferentes escalas de contacto cultural, abrangendo tanto o contexto regional como peninsular. O projecto de Edgar Fernandes, intitulado O comércio norte-africano e mediterrânico oriental na Lusitânia Meridional (séculos IV-VI/VII d.C.): uma visão a partir das cerâmicas finas, centra-se nos contactos comerciais de longa distância durante a fase final do período romano, com especial atenção às importações de cerâmicas como a terra sigillata africana, Late Roman C Ware e Late Roman D Ware. Estava ainda prevista a apresentação de Patrícia Aleixo, intitulada O consumo e a gestão dos recursos animais no território de Conimbriga entre a Idade do Ferro e a Antiguidade Tardia (séculos II a.C. a VIII d.C.), que, por motivos imprevistos, foi adiada para uma das próximas sessões. A última sessão do ciclo deste ano ocorrerá no próximo dia 17 de Dezembro. Mais informações em www.uniarq.net/arqueologiaconstrucao9.html |
Elisa de Sousa
Congresso Internacional «Women and Writing in the Roman West»
Entre os dias 21 e 22 de novembro realizou-se, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o congresso internacional Women and Writing in the Roman West. O encontro foi fruto da colaboração entre a UNIARQ e a Universidade de Saragoça (Espanha). Fizeram parte da comissão organizadora Amílcar Guerra e Javier Herrera (UNIARQ), bem como Francisco Beltrán e Gabriela de Tord (UNIZAR).
O objetivo do congresso foi partilhar e debater os diversos testemunhos sobre alfabetização e o uso da escrita em contextos femininos no mundo romano. É a primeira vez que um evento com esta temática se realiza em Portugal. A interdisciplinaridade marcou o encontro, com intervenções sobre temas como epigrafia, literatura, iconografia e o registo arqueológico, com destaque para o material de escrita. Participaram mais de 45 investigadores europeus e americanos, incluindo palestras convidadas e comunicações orais, organizadas em sessões temáticas e regionais. Durante os dois dias do congresso, uma dúzia de pósteres foi exposta ao público, tendo ainda decorrido uma sessão específica para que todos tivessem oportunidade de os apresentar e debater.
No encerramento do congresso, realizou-se uma visita ao Museu de Lisboa, guiada por Amílcar Guerra. Para além da organização, a UNIARQ esteve representado pelas jovens investigadoras Sílvia Teixeira, Sara Reis e Lívia Spinacé, que tiveram a oportunidade de apresentar os resultados dos seus trabalhos.
O objetivo do congresso foi partilhar e debater os diversos testemunhos sobre alfabetização e o uso da escrita em contextos femininos no mundo romano. É a primeira vez que um evento com esta temática se realiza em Portugal. A interdisciplinaridade marcou o encontro, com intervenções sobre temas como epigrafia, literatura, iconografia e o registo arqueológico, com destaque para o material de escrita. Participaram mais de 45 investigadores europeus e americanos, incluindo palestras convidadas e comunicações orais, organizadas em sessões temáticas e regionais. Durante os dois dias do congresso, uma dúzia de pósteres foi exposta ao público, tendo ainda decorrido uma sessão específica para que todos tivessem oportunidade de os apresentar e debater.
No encerramento do congresso, realizou-se uma visita ao Museu de Lisboa, guiada por Amílcar Guerra. Para além da organização, a UNIARQ esteve representado pelas jovens investigadoras Sílvia Teixeira, Sara Reis e Lívia Spinacé, que tiveram a oportunidade de apresentar os resultados dos seus trabalhos.
Javier Herrera Rando
UNIARQ e a participação no World Neolithic Congress
Realizou-se neste mês de Novembro, entre os dias 4 e 8, na cidade de Sanliurfa, na Turquia, o WORLD NEOLITHIC CONGRESS, no qual participaram, em diferentes sessões, Investigadores da UNIARQ, participação que constitui parte fundamental da prática cientifica. Neste congresso, onde se reuniram arqueológos de 63 nacionalidades, foi possível debater, a uma escala global, a emergência das sociedades neolíticas e os trajectos de expansão e complexificação tecnológica, económica, social e ideológica dos primeiros grupos produtores de alimentos, contrastando registos arqueológicos e cenários ambientais, apresentando metodologias de análise e discutindo modelos e quadros explicativos. Fazia ainda parte do programa deste Congresso uma visita ao Museu Arqueológico de Sanliurfa, e a um conjunto de sítios arqueológicos, entre os quais se destacam Göbeklitepe e Karahantepe, sítios-santuários, com uma ocupação centrada no 10º milénio cal AC, e cuja monumentalidade, unanimemente, ultrapassou as expectativas dos congressistas. Das estruturas arquitectónicas, à iconografia, aos depósitos rituais, às extraordinárias paisagens da bacia do Alto Eufrates, mas também aos centros de acolhimento de visitantes, o património arqueológico deste território constitui um lugar de excepção para observar as dinâmicas únicas da Revolução Neolítica, nas suas causas e nas suas consequências.
Mariana Diniz
GEOUNIARQ: Curso de Introdução à Geoarqueologia
Decorreu na FLUL, entre os dias 14 de Outubro e 16 de Novembro de 2024, o Curso de Introdução à Geoarqueologia, promovido pela UNIARQ. Esta iniciativa, de carácter livre e nesta edição sem custos para os participantes, realizou-se em horário pós-laboral, na modalidade presencial e contou com uma participação média de trinta e três alunos, correspondendo a cerca de setenta por cento dos inscritos (num total de 50).
O curso compreendeu um conjunto de onze sessões teóricas (22 horas) e três sessões práticas de microscopia em laboratório e de amostragem no terreno (12 horas), tendo por objectivo a promoção de um enriquecimento curricular recorrendo a conteúdos das Ciências da Terra e Arqueociências. Foram abordados temas fundamentais para o estudo dos materiais e para a interpretação paleoambiental, como fonte de reconstrução dos contextos arqueológicos, à escala macro, meso e micro, inerentes à geomorfologia, sedimentologia, geocronologia, arqueopedologia, arqueometalurgia e arqueopetrologia. O curso versou ainda sobre outros aspectos essenciais na investigação arqueológica, nomeadamente a utilização de técnicas laboratoriais e amostragem.
O curso compreendeu um conjunto de onze sessões teóricas (22 horas) e três sessões práticas de microscopia em laboratório e de amostragem no terreno (12 horas), tendo por objectivo a promoção de um enriquecimento curricular recorrendo a conteúdos das Ciências da Terra e Arqueociências. Foram abordados temas fundamentais para o estudo dos materiais e para a interpretação paleoambiental, como fonte de reconstrução dos contextos arqueológicos, à escala macro, meso e micro, inerentes à geomorfologia, sedimentologia, geocronologia, arqueopedologia, arqueometalurgia e arqueopetrologia. O curso versou ainda sobre outros aspectos essenciais na investigação arqueológica, nomeadamente a utilização de técnicas laboratoriais e amostragem.
A iniciativa foi organizada pelos investigadores Luís Almeida e Maurizio Zambaldi, com a colaboração das investigadoras Ana Costa, Daniela de Matos e Patrícia Jordão e o apoio do gestor de ciência da UNIARQ, André Pereira. O curso juntou no seu painel de formadores diferentes gerações de investigadores, sendo a maioria colaboradores da UNIARQ (Cristina Gameiro, Diego Angelucci, Henrique Matias e João Duarte), mas também professores e investigadores convidados de outras instituições (António Monge Soares, Conceição Freitas, José António Crispim).
Tendo em conta a elevada participação e interesse, ficou uma vez mais demonstrada a importância da geoarqueologia, num sentido mais abrangente, no contexto académico e também na actividade profissional, uma vez que a participação no curso foi diversificada, tendo sido aberta a profissionais de arqueologia e de áreas afins, para além dos estudantes dos vários ciclos do ensino superior. Esta iniciativa permitiu abrir o debate aos profissionais e estudantes presentes, por um lado, sobre a necessidade de uma aproximação da academia com as empresas no âmbito da realização de “formações e aprendizagens ao longo da vida" e, por outro, sobre a necessidade de aumentar a formação nesta área de conhecimento, deficitária nas abordagens curriculares. A promoção de iniciativas semelhantes, que poderá auxiliar a colmatar algumas lacunas, poderá também constituir uma das competências do grupo de trabalho interno do Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, criado para dar resposta aos assuntos de natureza geoarqueológica (GEOUNIARQ). |
Luis Almeida e Maurizio Zambaldi
Apresentação do volume 24 de "Estudos & Memórias"
No dia 22 de Novembro foram lançados no Museu do Neorealismo, em Vila Franca de Xira, os dois volumes do número 24 da Colecção Estudos e Memórias da UNIARQ. A obra, da autoria do Investigador João Pimenta, intitulada Monte dos Castelinhos e as dinâmicas da conquista romana da Península de Lisboa e Baixo Tejo, já em acesso aberto, em
doi.org/10.51427/chi.2024.24 (vol. I) e doi.org/10.51427/chi.2024.25 (vol. II), foi editada com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, parceira fundamental do projecto em torno do Monte dos Castelinhos, na base do doutoramento de João Pimenta, apresentado em 2022, à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A obra foi apresentada, perante uma sala cheia, por Rodrigo Banha da Silva, da Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova, tornando-se, mais uma vez evidente que a excelência do trabalho, orientado por Carlos Fabião, e o papel da autarquia, como referiu o seu Presidente Fernando Paulo Ferreira, são exemplos de como se faz boa ciência.
Parabéns, ao João Pimenta, mais uma vez.
doi.org/10.51427/chi.2024.24 (vol. I) e doi.org/10.51427/chi.2024.25 (vol. II), foi editada com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, parceira fundamental do projecto em torno do Monte dos Castelinhos, na base do doutoramento de João Pimenta, apresentado em 2022, à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A obra foi apresentada, perante uma sala cheia, por Rodrigo Banha da Silva, da Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova, tornando-se, mais uma vez evidente que a excelência do trabalho, orientado por Carlos Fabião, e o papel da autarquia, como referiu o seu Presidente Fernando Paulo Ferreira, são exemplos de como se faz boa ciência.
Parabéns, ao João Pimenta, mais uma vez.
Mariana Diniz
UNIARQ no XIV Congresso AIECM3 Ravenna 2024
Entre os dias 18 e 23 de Novembro decorreu, em Ravenna, Itália, o XIV Congresso AIECM3 Ravenna 2024 organizado pela Associazione Internazionale per lo Studio delle Ceramiche Medievali e Moderne nel Mediterraneo, que contou com a participação de vários investigadores da UNIARQ neste evento internacional de grande relevância no campo da ceramologia arqueológica. Carolina Grilo participou no congresso como co-autora da comunicação A catastrophe exposed through ceramics. Ceramic contexts from the mid-18th century in Lisbon, inserida numa delegação do Teatro Romano do Museu de Lisboa e como co-autora do poster "Storage methods in times of crisis: ceramic pots from the second half of the 18th and 19th centuries in Lisbon" produzido pela equipa do Teatro Romano. Yasmina Cáceres Gutiérrez, apresentou o poster "Los ataifores/jofainas de la Alcazaba de Almería: evolución cronotipológica" e como co-autora da comunicação Lo que cuentan los candiles: una aproximación a la economía local de Albalat. Manuel Fialho e Victor Filipe participaram no evento com a apresentação do poster The Last Supper” before the Christian conquest. Ceramics consumption in Lisbon’s western suburb.
O XIV Congresso AIECM3 Ravenna 2024 teve a participação de mais de três centenas de especialistas, abrangendo um amplo espaço geográfico desde Lisboa a Moscovo, com destaque para a cultura material oriunda do universo mediterrânico, nos períodos medieval e moderno.
Manuel Fialho
INVESTIGAÇÃO NA UNIARQ
Pedro Caria - Bolseiro de Doutoramento FCT (2022.1317.BD)
Dinâmicas de Povoamento durante a Idade do Bronze no Centro da Estremadura Portuguesa: O Litoral Atlântico Entre as Serras d’Aire e Candeeiros e de Montejunto
Este trabalho, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e com início em Fevereiro de 2023, visa sistematizar os dados arqueológicos relativos à Idade do Bronze para a região central da Estremadura, de modo a compreender os processos históricos o seu faseamento interno (Fig. 1).
A sua origem partiu da conclusão da minha dissertação de mestrado, centrada no estudo tipológico da coleção cerâmica da Idade do Bronze do Castro de Pragança, Cadaval (Caria, 2021). Partindo da base constituída por esse estudo, pretende-se ampliar o escopo de análise na região enquadrante da Serra de Montejunto, partindo, a sul, da área meridional do município de Torres Vedras, até, a norte, ao limite sudoeste da Serra D’Aire e Candeeiros e o município de Alcobaça. A escolha deste tema decorreu da escassez de sínteses dos dados relativos a esta região, contrastando com outras zonas da Estremadura, nomeadamente as mais próximas ao Estuário do Tejo. Ao concentrar as atenções no território enquadrado pelos dois principais pontos de referência visual na região, procura-se entender com maior precisão as atividades humanas decorridas neste território, a sua relação com a paisagem e, eventualmente, o seu papel nos contactos inter-regionais com a Beira Litoral, com o Alto Ribatejo e o sul da Estremadura. |
O plano de trabalhos para o desenvolvimento deste projeto prevê quatro fases fundamentais: 1. revisão da bibliografia existente; 2. análise e tratamento dos acervos materiais e documentais disponíveis; 3. campanhas de prospeção destinadas à reavaliação de sítios previamente identificados e localização de novos núcleos de ocupação; 4. por fim, a análise dos dados recolhidos e elaboração da respetiva síntese.
Após um ano e meio de investigação, a atenção foi dividida entre a revisão bibliográfica disponível, a produção do capítulo teórico do Estado da Arte e o estudo de algumas coleções armazenadas em instituições como o Museu Nacional de Arqueologia (Figs. 2 e 3), o Museu Municipal Leonel Trindade (Torres Vedras) e a reserva do Mosteiro de Alcobaça.
Os trabalhos futuros passarão pela continuação do estudo de materiais em tais acervos seguindo-se o Museu Geológico, o Museu Arqueológico do Carmo, o Museu Municipal do Bombarral e o Museu Municipal do Cadaval. Além disto, prevê-se a realização de prospeções nas proximidades de alguns dos sítios selecionados, potencialmente durante o Verão do ano de 2025.
Após um ano e meio de investigação, a atenção foi dividida entre a revisão bibliográfica disponível, a produção do capítulo teórico do Estado da Arte e o estudo de algumas coleções armazenadas em instituições como o Museu Nacional de Arqueologia (Figs. 2 e 3), o Museu Municipal Leonel Trindade (Torres Vedras) e a reserva do Mosteiro de Alcobaça.
Os trabalhos futuros passarão pela continuação do estudo de materiais em tais acervos seguindo-se o Museu Geológico, o Museu Arqueológico do Carmo, o Museu Municipal do Bombarral e o Museu Municipal do Cadaval. Além disto, prevê-se a realização de prospeções nas proximidades de alguns dos sítios selecionados, potencialmente durante o Verão do ano de 2025.
Bibliografia geral:
CARIA, P. (2021) – A Ocupação da Idade do Bronze no Castro de Pragança (Cadaval, Portugal): uma leitura através do espólio cerâmico. Dissertação de Mestrado em Arqueologia, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. hdl.handle.net/10451/51279
CARIA, P. (2021) – A Ocupação da Idade do Bronze no Castro de Pragança (Cadaval, Portugal): uma leitura através do espólio cerâmico. Dissertação de Mestrado em Arqueologia, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. hdl.handle.net/10451/51279
Julie Bachellerie - Pós-doutoranda da Fundação Fyssen na UNIARQ; Membro associado do Laboratório TRACES, UMR 5608, Toulouse, France. [email protected]
"Territoriality and socio-economic organization of Recent Solutrean Groups in Southwestern Europe. A Multidisciplinary study of Heat Treatment of Silica Rocks in the Iberian Peninsula"
Julie Bachellerie é pós-doutoranda da Fundação Fyssen na UNIARQ desde outubro de 2024 e durante os próximos dois anos. Trabalha sobre a questão da inovação técnica no contexto do Paleolítico Superior e, em particular, sobre as tradições técnicas líticas solutrenses. O tecnocomplexo solutrense é marcado pelo aparecimento de um equipamento de pedra original e diverso; associado a inovações técnicas, como o tratamento térmico do sílex. A sua tese realizada no laboratório TRACES (UMR 5608), em Toulouse (França) sob a direção de Caroline Renard e François Bon, destacou a complexidade deste processo no sudoeste de França.
Dando continuidade ao seu trabalho de doutoramento, o seu projecto de pós-doutoramento intitulado “Territoriality and socio-economic organization of Recent Solutrean Groups in Southwestern Europe. A Multidisciplinary study of Heat Treatment of Silica Rocks in the Iberian Peninsula” visa clarificar a nossa compreensão dos sistemas técnicos solutrenses e comparar o lugar da inovação técnica entre diferentes contextos regionais.
Este trabalho de investigação envolve, assim, a observação de diversas séries líticas solutrenses da Península Ibérica em busca de indícios de tratamento térmico. Parte do seu trabalho de pós-doutoramento será realizado em séries portuguesas (por exemplo: Gruta do Caldeirão, Vale Almoinha, Buraca Grande, Casal do Cepo), mas também espanholas (nomeadamente Parpalló, Caverna Ambrosio, Chufín, Aitzbitarte IV). A abordagem que utiliza combina tecnologia lítica, experimentação e análises arqueométricas.
Este projecto de pós-doutoramento visa comparar os métodos de gestão da produção entre as diferentes zonas regionais identificadas no Solutrense Superior. Ao caracterizar as tradições técnicas solutrenses, podem ser identificadas informações sobre os métodos de ocupação territorial destes grupos, bem como sobre as interacções sociais dos grupos solutrenses recentes.
Dando continuidade ao seu trabalho de doutoramento, o seu projecto de pós-doutoramento intitulado “Territoriality and socio-economic organization of Recent Solutrean Groups in Southwestern Europe. A Multidisciplinary study of Heat Treatment of Silica Rocks in the Iberian Peninsula” visa clarificar a nossa compreensão dos sistemas técnicos solutrenses e comparar o lugar da inovação técnica entre diferentes contextos regionais.
Este trabalho de investigação envolve, assim, a observação de diversas séries líticas solutrenses da Península Ibérica em busca de indícios de tratamento térmico. Parte do seu trabalho de pós-doutoramento será realizado em séries portuguesas (por exemplo: Gruta do Caldeirão, Vale Almoinha, Buraca Grande, Casal do Cepo), mas também espanholas (nomeadamente Parpalló, Caverna Ambrosio, Chufín, Aitzbitarte IV). A abordagem que utiliza combina tecnologia lítica, experimentação e análises arqueométricas.
Este projecto de pós-doutoramento visa comparar os métodos de gestão da produção entre as diferentes zonas regionais identificadas no Solutrense Superior. Ao caracterizar as tradições técnicas solutrenses, podem ser identificadas informações sobre os métodos de ocupação territorial destes grupos, bem como sobre as interacções sociais dos grupos solutrenses recentes.
PEÇA DO MÊS
Mandíbula esquerda de cão (Canis familiaris) anão
Proveniência: Antigos Armazéns Sommer (Lisboa, Portugal)
Cronologia: Romano Imperial
Direcção dos trabalhos: Intervenções de 2014 a 2017, direcção de Nuno Neto, Paulo Rebelo, Ricardo Ribeiro e Bruno Rocha, da empresa de arqueologia Neoépica, Lda.
Descrição: Foram recuperados diversos restos faunísticos no decorrer desta intervenção, estando em estudo os elementos de época Romana no decorrer do meu doutoramento sobre as faunas de Olisipo.
De entre os vários restos faunísticos registaram-se vários ossos de cães miniatura ou anões, como a mandíbula exposta.
Comentário: É durante o período Romano que começam a surgir cães pequenos e gráceis, através de selecção artificial. A motivação para tal pode ter sido estética ou de suporte emocional, para serem animais de companhia, os “lap dogs” (cães de colo).
Com esta selecção surgem também os cães anões, sendo a distinção entre estes e os cães miniatura (os cães de colo), bastante clara. Os cães anões apresentam um encurtamento e engrossar dos ossos longos, incluindo curvatura e expansão das epífises, enquanto os cães miniatura têm uma anatomia proporcional, de cabeça pequena, de pernas e focinho mais curtos (semelhantes aos actuais bulldogs) (Baxter, 2010).
Em termos veterinários, ambos se reflectem em dois tipos de nanismo, causados por mutação genética. O nanismo hipofisário (mutação do gene LHX3) que origina um cão de menores dimensões, mas todo ele proporcional (Plover, 2018), os designados cães em miniatura; e o nanismo associado à condrodisplasia (mutação do gene FGF4), que afecta o comprimento dos ossos longos, com as epífises a fundirem no início do desenvolvimento, produzindo ossos encurtados com uma aparência curva, assim como síndrome braquicefálico, que provoca o encurtamento do focinho e do próprio crânio, (Koch et al., 2003; Parker et al., 2009; Ekenstedt et al., 2020).
É o segundo tipo de nanismo que temos presente na mandíbula da foto, onde há inclusive a sobreposição de dentes e a falta de outros. Este indivíduo teria cerca de 25 cm de altura ao garrote.
Há mais sítios de período Romano com exemplares de cães miniatura ou anões, como em São Miguel de Odrinhas (Davis e Gonçalves, 2017) e Mérida (Bustamante et al., 2021).
Cronologia: Romano Imperial
Direcção dos trabalhos: Intervenções de 2014 a 2017, direcção de Nuno Neto, Paulo Rebelo, Ricardo Ribeiro e Bruno Rocha, da empresa de arqueologia Neoépica, Lda.
Descrição: Foram recuperados diversos restos faunísticos no decorrer desta intervenção, estando em estudo os elementos de época Romana no decorrer do meu doutoramento sobre as faunas de Olisipo.
De entre os vários restos faunísticos registaram-se vários ossos de cães miniatura ou anões, como a mandíbula exposta.
Comentário: É durante o período Romano que começam a surgir cães pequenos e gráceis, através de selecção artificial. A motivação para tal pode ter sido estética ou de suporte emocional, para serem animais de companhia, os “lap dogs” (cães de colo).
Com esta selecção surgem também os cães anões, sendo a distinção entre estes e os cães miniatura (os cães de colo), bastante clara. Os cães anões apresentam um encurtamento e engrossar dos ossos longos, incluindo curvatura e expansão das epífises, enquanto os cães miniatura têm uma anatomia proporcional, de cabeça pequena, de pernas e focinho mais curtos (semelhantes aos actuais bulldogs) (Baxter, 2010).
Em termos veterinários, ambos se reflectem em dois tipos de nanismo, causados por mutação genética. O nanismo hipofisário (mutação do gene LHX3) que origina um cão de menores dimensões, mas todo ele proporcional (Plover, 2018), os designados cães em miniatura; e o nanismo associado à condrodisplasia (mutação do gene FGF4), que afecta o comprimento dos ossos longos, com as epífises a fundirem no início do desenvolvimento, produzindo ossos encurtados com uma aparência curva, assim como síndrome braquicefálico, que provoca o encurtamento do focinho e do próprio crânio, (Koch et al., 2003; Parker et al., 2009; Ekenstedt et al., 2020).
É o segundo tipo de nanismo que temos presente na mandíbula da foto, onde há inclusive a sobreposição de dentes e a falta de outros. Este indivíduo teria cerca de 25 cm de altura ao garrote.
Há mais sítios de período Romano com exemplares de cães miniatura ou anões, como em São Miguel de Odrinhas (Davis e Gonçalves, 2017) e Mérida (Bustamante et al., 2021).
Bibliografia:
BAXTER, I. L. (2010) – Small Roman Dogs. Alexandria Archive, 901, p. 1–9.
BUSTAMANTE-ÁLVAREZ, M.; HERAS MORA, F. J.; DETRY, C. (2021) – Ritualidad y magia en el suburbio funerario de Augusta Emerita (Mérida, Badajoz). RUIZ OSUNA, A. B. (coord.) – Morir en Hispania: novedades en topografía, arquitectura, rituales y prácticas funerarias. Universidad de Sevilla. p. 175-198.
DAVIS, S.; GONÇALVES, A. (2017) – Animal remains from the 4th–5th century AD well at São Miguel de Odrinhas, Sintra, Portugal: tiny sheep and a dwarf dog. Revista Portuguesa de Arqueologia. Lisboa. 20, p. 139-156.
EKENSTEDT, K. J.; CROSSE, K. R.; RISSELADA, M (2020) – Spontaneously arising Disease: Mini Review – Canine brachycephaly: anatomy, pathology, genetics and welfare. Journal of Comparative Pathology. 176, p. 109-115.
KOCH, D. A.; ARNOLD, S.; HUBLER, M.; MONTAVON, P. M. (2003) – Brachycephalic Syndrome in Dogs. Compendium. 25:1, p. 48-55.
PARKER, H. G.; VONHOLDT, B. M.; QUIGNON, P.; MARGULIES, E. H.; SHAO, S.; MOSHER, D. S.; SPADY, T. C.; ELKAHLOUN, A.; CARGILL, M.; JONES, P. G.; MASLEN, C. L.; ACLAND, G.M.; SUTTER, N. B.; KUROKI, K.; BUSTAMANTE, C. D.; WAYNE, R. K.; OSTRANDER, E. A. (2009) – An Expressed Fgf4 Retrogene Is Associated with Breed-Defining Chondrodysplasia in Domestic Dogs. Science. 325, p. 995-998.
PLOVER, A. N. (2018) – Canine Pituitary Dwarfism. Clinico pathologic Conference, January 26th.
BAXTER, I. L. (2010) – Small Roman Dogs. Alexandria Archive, 901, p. 1–9.
BUSTAMANTE-ÁLVAREZ, M.; HERAS MORA, F. J.; DETRY, C. (2021) – Ritualidad y magia en el suburbio funerario de Augusta Emerita (Mérida, Badajoz). RUIZ OSUNA, A. B. (coord.) – Morir en Hispania: novedades en topografía, arquitectura, rituales y prácticas funerarias. Universidad de Sevilla. p. 175-198.
DAVIS, S.; GONÇALVES, A. (2017) – Animal remains from the 4th–5th century AD well at São Miguel de Odrinhas, Sintra, Portugal: tiny sheep and a dwarf dog. Revista Portuguesa de Arqueologia. Lisboa. 20, p. 139-156.
EKENSTEDT, K. J.; CROSSE, K. R.; RISSELADA, M (2020) – Spontaneously arising Disease: Mini Review – Canine brachycephaly: anatomy, pathology, genetics and welfare. Journal of Comparative Pathology. 176, p. 109-115.
KOCH, D. A.; ARNOLD, S.; HUBLER, M.; MONTAVON, P. M. (2003) – Brachycephalic Syndrome in Dogs. Compendium. 25:1, p. 48-55.
PARKER, H. G.; VONHOLDT, B. M.; QUIGNON, P.; MARGULIES, E. H.; SHAO, S.; MOSHER, D. S.; SPADY, T. C.; ELKAHLOUN, A.; CARGILL, M.; JONES, P. G.; MASLEN, C. L.; ACLAND, G.M.; SUTTER, N. B.; KUROKI, K.; BUSTAMANTE, C. D.; WAYNE, R. K.; OSTRANDER, E. A. (2009) – An Expressed Fgf4 Retrogene Is Associated with Breed-Defining Chondrodysplasia in Domestic Dogs. Science. 325, p. 995-998.
PLOVER, A. N. (2018) – Canine Pituitary Dwarfism. Clinico pathologic Conference, January 26th.
Ana Beatriz Santos
AGENDA
VII Feira do Livro Arqueológico UNIARQ
2 a 6 de Dezembro Faculdade de Letras de Lisboa Lista de livros disponíveis AQUI |
I Curso de Introdução às Línguas e Epigrafias Paleo-hispânicas
4 e 5 de Dezembro FLUL Mais informação e inscrições AQUI |
III Côa Symposium:
Alteração Climática e Adaptação Humana 5 e 6 de Dezembro Museu do Côa |
Conferência
Encuentros de Lenguas y Culturas... por María José Estarán Tolosa 6 de Dezembro | 14h00 Biblioteca da FLUL |
"Entre maciços: novas abordagens ao estudo do Paleolítico na Estremadura Portuguesa"
7 de Dezembro Museu de Leiria Mais informação AQUI |
Lançamento vols. 22 e 23 de Estudos & Memórias
10 de Dezembro Anfiteatro II (C130) da FLUL |
Conferência
Archaeology Stinks!... por Rose Malik 11 de Dezembro Biblioteca da FLUL |
Lançamento do vol. 8 da Revista Ophiussa
17 de Dezembro | 18h30 Biblioteca da FLUL |
Aula Aberta / Conferência
Liberdade e Tecnologia: a ciência e a arqueologia no século XXI por Artur Ribeiro 18 de Dezembro | 18h30 Online (Zoom) Inscrições AQUI |
Participações em Congressos, Colóquios e Conferências
World Neolithic Congress 2024
Participação de Alexandre Varanda, Ana Rosa, Andrea Martins, César Neves, Filipa Rodrigues, João Zilhão, Luis Gomes, Mariana Diniz, Miguel Almeida, Mónica Corga e Thierry Aubry 4 a 8 de Novembro | Sanliurfa (Turquia) Exposição "Reflejos del pasado: arte, ciencia y arqueología a través de la historia del vidrio"
«Reflejos del Passado» Conferência de Jorge de Juan Ares 5 de Novembro | Madrid (Espanha) II Congreso Internacional de Urbanismo Protohistórico "Santuarios Litorales y de Interior"
Participação de Ana Margarida Arruda, Elisa de Sousa e Francisco B. Gomes 7 e 8 de Novembro | Huelva (Espanha) "Ciência no Património Cultural: Trabalhos de Doutoramento no Património Cultural, I.P."
Organização de Ana Costa e Ana Sofia Gomes Participação de Miguel Rodrigues e Raquel Granja 11 de Novembro | CNANS, Lisboa Ciclo de Conferências em Metodologias de Investigação Histórica, no âmbito da Unidade Curricular "Metodologias de Investigação em História", do 1º ano do Mestrado em História
«Paisagens da escravidão e memória social - um trabalho com as comunidades contemporâneas do Rio Cacheu, Guiné-Bissau» Conferência de Sara Simões 14 de Novembro | Universidade do Minho, Braga Workshop Internacional "Producción y Uso de Cerámicas en Áreas de Influencia de Cartago. Realidades y Nuevas Perspectivas desde el Occidente Mediterráneo (ss. V-II a. C.)"
«O final da Idade do Ferro no Extremo Ocidente Atlântico: contextos materiais do território algarvio» Comunicação de Elisa de Sousa 14 e 15 de Novembro | Cartagena (Espanha) |
XIV Congresso AIECM3
Participação de Carolina Grilo, Manuel Fialho Silva, Victor Filipe e Yasmina Cáceres Gutiérrez 18 a 23 de Novembro | Ravena (Itália) Arqueologia em Construção 9: Sessão #5
Participação de Edgar Fernandes e Mónica Corga 19 de Novembro | Faculdade de Letras de Lisboa International Conference "Women and Writing in the Roman West"
Organização de Amílcar Guerra e Javier Herrera Rando Participação de Sara Reis e Sílvia Teixeira 21 e 22 de Novembro | FLUL e Palácio Pimenta, Lisboa I Congresso da Associação Brasileira para a Arqueologia Histórica
Participação de Francisco Silva Noelli, Marianne Sallum, Rui Gomes Coelho e Sara Simões 25 a 29 de Novembro | Minas Gerais (Brasil) I Congreso Internacional "Producción y Consumo en el Calcolítico y la Edad del Bronce de la Península Ibérica"
Participação de Ana Catarina Sousa, Ana Rosa, Andrea Martins, Catarina Costeira, César Neves, Cleia Detry, Francisco B. Gomes, João Luis Cardoso, Mariana Diniz, Nelson J. Almeida e Patricia Jordão 27 a 29 de Novembro | Granada (Espanha) Encontro "Animais e Plantas na Lusitânia Romana"
Participação de Amílcar Guerra, Ana Beatriz Santos, Carlos Fabião, Cláudia Oliveira, Cleia Detry e Mariana Nabais 28 de Novembro | Faculdade de Letras de Lisboa 50 anos de Arqueologia em Grândola
Participação de Joaquina Soares e Cleia Detry 29 de Novembro | Cineteatro Grandolense |
Publicações em Acesso Aberto no Repositório da UL
Pimenta, J. (2024). Monte dos Castelinhos e as dinâmicas da conquista romana da Península de Lisboa e Baixo Tejo. Vol. I. Lisboa: UNIARQ/FLUL.
hdl.handle.net/10400.5/95552 Pimenta, J. (2024). Monte dos Castelinhos e as dinâmicas da conquista romana da Península de Lisboa e Baixo Tejo. Vol. II. Lisboa: UNIARQ/FLUL.
hdl.handle.net/10400.5/95553 |
Tereso, J. P., & Detry, C. (Eds.). (2024). Animais e Plantas na Lusitania Romana. Lisboa: UNIARQ/FLUL.
hdl.handle.net/10400.5/95722 |
Provas Académicas
Tese de Mestrado "A Variabilidade Tecno-Tipológica dos Machados de Mão de Capangombe – Santo António"
por Carlos Filipe Henriques de Mendonça e Silva
9 de Dezembro | 9h30 | Online (Zoom)
por Carlos Filipe Henriques de Mendonça e Silva
9 de Dezembro | 9h30 | Online (Zoom)
Tese de Mestrado "A cerâmica comum da 2.ª Idade do Ferro no Castelo de Castro Marim (Algarve, Portugal)"
por Miguel Filipe Bernardo da Silva
12 de Dezembro | 10h30 | Online (Zoom)
por Miguel Filipe Bernardo da Silva
12 de Dezembro | 10h30 | Online (Zoom)
Tese de Doutoramento "Deposições, esqueletizações e concreções da Gruta do Escoural (Montemor-o-Novo, Évora): os vivos, os mortos e as práticas mortuárias no Neolítico peninsular ibérico"
por Raquel Ambrósio Alcobia Granja
19 de Dezembro | 10h15 | Auditório do Edifício do Departamento de Ciências da Vida, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Pólo I, Unviersidade de Coimbra
por Raquel Ambrósio Alcobia Granja
19 de Dezembro | 10h15 | Auditório do Edifício do Departamento de Ciências da Vida, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Pólo I, Unviersidade de Coimbra
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